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Lasanha foi o caminho encontrado por contrarregra para enfrentar a pandemia

Com o cancelamento das agendas nacional e internacional do Grupo Corpo em 2020, Alê Vasconcelos encontrou na gastronomia a forma de ocupar o tempo ocioso


31/01/2021 04:00

O contrarregra do Grupo Corpo recorreu ao caderno de receitas da família para se manter ativo durante a pandemia(foto: Hélio Costa/Divulgação)
O contrarregra do Grupo Corpo recorreu ao caderno de receitas da família para se manter ativo durante a pandemia (foto: Hélio Costa/Divulgação)

Alexandre Vasconcelos
Contrarregra

Gastronomia é uma das características marcantes da família de Alexandre Vasconcelos, de 57 anos. Mineiro do Serro e parente de dona Lucinha, o ex-bailarino do Grupo Corpo tem lembranças dos tempos em que era criança e ajudava a mãe, Maria Murta Vasconcelos, na cozinha. Mas nunca levou a atividade a sério. Já adulto, tomou gosto pela tapeçaria, ofício que sempre ocupou suas horas vagas, que, até antes da pandemia, eram raríssimas.

Alexandre dançou no Grupo Corpo por 10 anos, entre 1988 e 1999, quando trocou o palco pelo bastidor. Desde o início deste milênio, ele é a figura querida pelos bailarinos. Alê, como é carinhosamente chamado pela trupe, cuida de todos os detalhes do figurino para que estejam sempre perfeitos e bem cuidados. Nos ensaios, ele está com olhar atento às botas e sapatilhas do elenco.

Veio a pandemia e, com ela, o fim da rotina a que estava acostumado. As turnês nacionais e internacionais foram canceladas. Ele conta que está começando a organizar o figurino de Lecuona, espetáculo que estaria na programação de aniversário do Grupo Corpo, quando tudo parou. "Foi muito assustador. Eu sempre fui muito ativo, sempre com muito trabalho, muita viagem pelo Brasil e pelo exterior", comentou, em referência à agenda da companhia de dança mineira, que tinha apresentação agendada para outubro passado com a Filarmônica de Los Angeles regida por Gustavo Dudamel, na sede da orquestra.

Para driblar dias ociosos, o ex-bailarino decidiu dar uma organizada geral no acervo dos figurinos de todos os balés no depósito da companhia. Tarefa que ele desempenhou durante os meses de agosto e setembro. Foi aí que ele decidiu encarar um curso de comida italiana. O resultado foi um sucesso. Os primeiros pedidos foram dos vizinhos do prédio onde mora, no Anchieta, depois os sobrinhos, os amigos e a turma do Corpo.

No cardápio, a lasanha à bolognesa é sensação. Nos próximos dias, a de frango será a novidade. Alexandre vai recorrer ao livro das delícias da família, de onde pretende tirar a receita da tia Geslaine. "Não tem igual. É de outro mundo", elogia.

Como não entendia nada do negócio, no início, Alexandre estava vendendo barato demais o seu produto. Até que um vizinho, Mauro Horta, deu orientações administrativas para o empreendimento funcionar melhor. Para atender a clientela, ele faz entregas duas vezes por semana. São até 30 pedidos de lasanha para duas, quatro, oito ou 15 pessoas.

A produção é pequena e funciona bem no apartamento. Mas, para o futuro, Alexandre não descarta a possibilidade de ampliar os negócios com o irmão, que tem um espaço em uma cozinha industrial. Por enquanto, ele se divide com o Corpo, que começou a voltar de forma gradativa com ensaios dos bailarinos, e sua produção culinária. A certeza de Alê é que a vacina é o caminho.

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