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Mineira Sônia Gomes é a terceira convidada do projeto Joia de Artista

Artista fará trabalho para o programa da Talento Joias. O broche de Sônia será lançado hoje em São Paulo


postado em 27/11/2019 04:00 / atualizado em 26/11/2019 18:38

(foto: Curta!/Divulgação)
(foto: Curta!/Divulgação)

Depois da criação do colar de águas-marinhas desenhado pela arquiteta Lina Bo Bardi (2016), do bracelete de Regina Silveira (2017) e do colar-anel de Valeska Soares (2018), o Projeto Joia de Artista, da Talento Joias, lança hoje broche criado pela mineira Sônia Gomes. A convidada da quarta edição do projeto é natural de Caetanópolis, na Região Central de Minas Gerais, e nome de grande importância nas artes brasileiras. Há quatro anos, ela foi a única representante do Brasil na Bienal de Veneza e, no ano passado, ganhou individual no Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Mas em Belo Horizonte, por enquanto, não há nada previsto. “O Palácio das Artes me convidou logo depois da Bienal de Veneza, mas não aconteceu. Então, aguardo os próximos convites”, diz a artista, que recebe convidados no coquetel oferecido esta noite na Mendes Wood DM, em São Paulo. Em entrevista à coluna, Sônia reconhece a importância de Luis Márcio Ferreira de Carvalho e Pedro Mendes em sua carreira. Marcinho e Pedro foram os primeiros a apostar no talento de Sônia Gomes.

No livro editado pela Talento Joias, que marca o lançamento da peça, Jacques Rodrigues Júnior enaltece a obra de Sônia. “A maior parte do trabalho dela são esculturas concebidas em tecidos antigos torcidos, costurados e bordados, esbarrando em uma herança afetiva e em um jogo que envolve passado, presente e futuro. O tempo das coisas está explícito na matéria-prima, que guarda memórias de outras vidas e é manuseada para ter uma nova existência, perpetuada em museus e galerias.” Joia de Artista tem curadoria de Waldick Jatobá.


COM A PALAVRA

Sônia Gomes
Artista 

Como foi o processo criativo para a criação da sua joia?
A joia surgiu a partir de um desenho que fiz de uma gaiola, inspirado por esculturas minhas já existentes.

Quais os significados presentes na joia (a gaiola em ouro, a filigrana, o topázio imperial bruto, o alfinete...)? 
As minhas gaiolas geralmente são abertas, mas neste trabalho decidi por deixá-la fechada. Não tive uma intenção em deixar a pedra no interior da gaiola presa, mas, sim, guardada. A pedra no interior é bruta, o precioso para mim é a originalidade da pedra, a sua brutalidade.

A senhora sentiu alguma diferença entre o processo de criação de uma joia se comparado ao processo de uma obra de arte? 
O processo e a preocupação são os mesmos, eu sou artista.

Regina Silveira e Valeska Soares foram as convidadas das edições anteriores. De alguma forma o seu trabalho dialoga com o delas neste projeto da Talento? A senhora conheceu as joias delas? O que achou?
São artistas que gosto e respeito muito. Acho que os nossos trabalhos estão em lugares diferentes, obedecendo aos seus diferentes processos. Somos artistas, cada uma com a sua linguagem.

A senhora consegue fazer uma relação entre arte e moda? O que cada uma tem em comum ou pode oferecer à outra? 
São formas de expressão que se complementam em vários momentos.

O que Caetanópolis, uma cidade onde a economia gira em torno de produção de tecido, contribuiu para sua formação artística? 
Sou artista, independentemente do lugar. Acho que todo lugar pode me inspirar, lá eu tive o contato com uma cultura popular muito forte, o que obviamente vai refletir no meu trabalho.

O que a levou a deixar o direito para se dedicar à criação artística?
O fato de eu ser uma artista.

Qual a importância de nomes como Luis Márcio Ferreira de Carvalho e Pedro Mendes em sua trajetória?
O Marcinho teve grande importância na minha vida, me respeitou como pessoa e como artista, o trabalho dele me proporcionou abrir a minha produção artística para o Brasil, e Pedro, Matt e Felipe para o mundo.

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