(none) || (none)

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Falta de equilíbrio entre ataque e defesa é problema no Galo de Turco

O problema de Turco Mohamed é sua semelhança com o filhote de panda. Fosse um pitbull escroto, era mais simples que se desejasse vê-lo pelas costas


11/06/2022 07:55 - atualizado 11/06/2022 07:57

O técnico do Atlético, Turco Mohamed, sofre pressão de todos os lados, principalmente após a derrota para o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro, em que o time mostrou muitas falhas no setor defensivo
O técnico do Atlético, Turco Mohamed, sofre pressão de todos os lados, principalmente após a derrota para o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro, em que o time mostrou muitas falhas no setor defensivo (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

O problema de Turco Mohamed é sua semelhança com o filhote de panda. Fosse um pitbull escroto, era mais simples que se desejasse vê-lo pelas costas, mas o desgraçado do Turco é fofinho como um golden retriever. Veja o caso oposto, o de Bolsonaro: não demanda esforço desejar ao Rabo de Seta o impublicável. É um vilão caricato, desenhado para despertar no público, pelo menos nas pessoas normais, os instintos mais primitivos. Turco é o contrário – queremos niná-lo num berço que balança.

Um amigo me lembra a impressionante semelhança entre Turco e Expedito, o grande fazedor de churrascos aqui da vila em que me encontro exilado, fazendo a proteção da nossa costa e armando a guerrilha revolucionária enquanto me disfarço de turista bebedor de caipirinha. Expedito é apropriadamente conhecido por Espeto, mas a graça que melhor lhe cabe é Pepeto. Ainda que Pepeto nos engambelasse com um acém disfarçado de picanha, seria impossível conclamar as massas a um Fora Pepeto.

Da mesma forma, é preciso um coração de pedra pra pedir a saída de seu sósia argentino. No entanto, é aquela coisa: sin perder la ternura jamás, hay que endurecerse – Fuera Turco!

Durante os jogos, nosso golden retriever é um cão que não ladra – mas também não morde, ainda que tenha tentado avançar sobre um adversário no intervalo do jogo contra o Fluminense. O papel não lhe caiu bem, falta-lhe a marra do brigador de rua, um panda não quer guerra com ninguém. E o segundo tempo foi aquele desastre.

Antes do Cuca, o Galo de Sampaoli era eficiente no ataque e uma peneira na defesa.

Quando equilibramos o time, ganhamos tudo. Com o Turco, a zaga voltou a ser essa mãe acolhedora que tudo deixa passar. Por falar em mãe, me intrigava o fato de Nathan Silva, vindo da mesma fôrma do Werley, ser tão radicalmente melhor que o irmão. Que engano, hein, pessoal.

Vai se criando um clima terrível, e a história se repete como tragédia: a gente também achou que o Werley fosse um grande zagueiro. Os dirigentes do Grêmio idem, tanto que trocaram o Víctor naquele perna-de-pau. Ao fim e ao cabo quem tinha razão era o geraldino breaco que propôs o desafio de deixar um jabuti sob a guarda de Werley – e apostou suas fichas na fuga do jabuti. O bêbado era o mais lúcido de todos. Bingo!

Sem querer inaugurar a ladainha ao estilo Flamengo e Jorge Jesus, mas já inaugurando, penso que Cuca deveria ser consultado sobre um possível retorno. Depois de 6 meses, não é possível que ele não tenha conseguido resolver o problema pessoal que motivou sua saída, a não ser que se trate de um homicídio. Se bem que Cuca é demorado mesmo: depois de décadas de uma condenação por estupro, segue achando que um vídeo com filha e esposa é capaz de limpar sua barra. Bem, deixa o Cuca pra lá.

Ainda bem que o Flamengo se apressou em buscar o Dorival Júnior, o que já livra o Galo dessa cilada. Particularmente, gostaria de ver Fernando Diniz com um elenco da qualidade do nosso. E pode parecer loucura, mas o Lisca Doido também merece a mesma chance. Pena que terá de esperar pelo rebranding da marca, porque é improvável que alguém em sã consciência contrate um Doido para o seu projeto milionário.

Cinco na corcova foi por demais desanimador. Acabou o Rivotril Litrão, ao que parece – agora, cada qual que lide com seus problemas sem o nosso remedinho. Azar no jogo, sorte no amor, let’s do it, let’s fall in love! Aproveita enquanto o Nathan está na área e o Turco não deu linha. Galo sempre!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)