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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Síndrome de Robin Hood jamais abandona o Atlético

Como em outros Brasileirões, nosso Galo não pode ver uma desigualdade na tabela que quer doar seus pontos aos adversários


26/06/2021 04:00 - atualizado 26/06/2021 00:47

O alvinegro já tropeçou diante de equipes sem grande tradição nacional, como a Chapecoense, Fortaleza e Ceará(foto: RAMON LISBOA/EM/D.A PRESS)
O alvinegro já tropeçou diante de equipes sem grande tradição nacional, como a Chapecoense, Fortaleza e Ceará (foto: RAMON LISBOA/EM/D.A PRESS)

Certamente sensibilizado pelo avanço da pobreza e da fome, o Atlético decidiu dar o exemplo: faz-se necessário tirar dos ricos e entregar aos pobres, pilhar os poderosos e empoderar os descamisados. É um Galo comunista! Aquela crista vermelha nunca me enganou. 13 é Galo, 13 é PT. Che Guevara também levava na boina a estrela solitária. De Éder a Bernard, sempre privilegiamos a esquerda em detrimento da direita. Só não vê quem não quer.

Diz-se que aquele que se curva aos poderosos mostra a bunda aos oprimidos. Não há a menor chance de isso se aplicar ao Atlético: aqui se curva aos oprimidos, e com o benefício de não deixar o traseiro ao bel-prazer dos poderosos. É como a política externa dos comunistas da Ursal: um leão com os Estados Unidos, um gatinho com a Bolívia.

O Galo não pode ver um rebaixado, que já se apresenta para uma mãozinha capaz de resgatá-lo do poço. Contra o fantasma do rebaixamento não há reza mais eficiente do que chamar por essa Madre Teresa do futebol mundial – nóis. Nem o arquifreguês escapa a esse estado de coisa, vide a derrota no Mineiro deste ano. Em compensação, não perdemos do São Paulo em casa há 30 anos, e, se o Flamengo tem um inimigo nacional, é o Galo desde sempre, essa pedra na chuteira.

Criciúma, Goiás, Portuguesa, São Caetano e Botafogo devem menções honrosas ao Galo. E de nada adianta que, a despeito da nossa ajuda, tenham todos descido ao subsolo, saindo do nosso caminho graças a Deus. Porque à medida que desaparece um, aparece outro, como é o caso do Fortaleza e, a ver, do Ceará. Há que se temer muito mais o Bahia na Copa do Brasil do que o Boca na Libertadores. Como todo comunista, o Galo ama o Nordeste.

A síndrome de Robin Hood é um flagelo contra o qual não encontramos remédio. Muda o time, muda o técnico, muda uma geração inteira, e lá estamos nós no exercício de combater a desigualdade, senão do país, pelo menos da tabela do Brasileirão. Havia, no passado, uma piada do tipo aquelas do Joãozinho: “O que vem de baixo não me atinge”, dizia um. “Pois sente então em um formigueiro”, retrucava o outro. Estamos sentados no formigueiro desde 1908.

Há variadas desculpas para quando se abate sobre nós esse sentimento cristão da opção pelos pobres. No momento atual, meio time tem COVID, o outro meio está tentando pegar a doença enquanto serve às seleções de seus países. A vacina contra isso era o “elenco”. Mas tanto neste ano como em 2020, seus atores mostraram-se verdadeiros canastrões. É de se pensar se tal elenco não estaria menos para uma produção de Hollywood e mais para uma novela da Record. Ou a vacina é uma espécie de Covaxin: 1000% mais cara, com zero de eficiência comprovada. A ver.

Para o domingo estamos tranquilos, afinal temos o Santos em São Paulo – se bem que este se encontra apenas em 10º lugar, o que já desperta em nós toda uma generosidade e compaixão. Difícil, quase impossível, é o Dragão cuspindo fogo na gente na quinta-feira próxima. Deus me livre de um Atlético Goianiense em casa! Se tiver desfalcado então, como estavam Ceará e Fortaleza, aí será um Deus nos acuda, e dificilmente Madre Teresa se furtará de sua missão.
Há algum tempo, fiquei feliz ao descobrir que uma nova liderança popular se chamava Galo. Trata-se do líder dos entregadores, comunista, obviamente. Não podia ter alcunha mais apropriada. Galo entrega objetos e refeições diversas. O nosso Galo trabalha apenas no ramo da paçoca e da rapadura. Dureza.

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