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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Calma, galera. Foi só o terceiro jogo do Atlético

"Há atleticano capaz de vaiar um time em reconstrução e no seu terceiro jogo. Pra esses, só a terapia salva. Acorda, baby, foi só o terceiro jogo e amanhã tem mais"


postado em 01/02/2020 06:00 / atualizado em 01/02/2020 08:12

O mesmo Atlético que atropelou o Tupynambás foi ineficiente na partida seguinte ao empatar com o Coimbra(foto: Bruno Cantini/Atlético)
O mesmo Atlético que atropelou o Tupynambás foi ineficiente na partida seguinte ao empatar com o Coimbra (foto: Bruno Cantini/Atlético)

Antes de mais nada, eu e minha família agradecemos às centenas de mensagens de solidariedade que nos chegaram durante toda a semana, em razão da coluna publicada neste espaço sábado passado. Obrigado, de verdade, aos que nos escreveram e aos que emanam boas energias — o amor cura. De coração, obrigado.

Vamos, pois, ao futebol, essa coisa que não é só futebol. No interregno das nossas agruras, eu agradeço a Deus pelo ópio do povo. A nossa morfina, o nosso Rivotril. Há outros, claro, advindos de laboratórios diversos. Mas o tarja preta (e branca) pra valer é o Atlético. Sorte de quem o tem, dispensado que está do psicólogo, do psiquiatra e dos check ups de coração.

Transcorre calmo e modorrento, enquanto agoniza aqui e alhures, o campeonato estadual. Não importa, o atleticano doente, este pleonasmo, já torceu pela Miss Brasil e a campeã do BBB, ambas obviamente atleticanas. O Galo, meus amigos, é antes de tudo o nosso navio de cruzar deserto. “Sempre a mesma batalha, por um cigarro de palha, navio de cruzar deserto.” Toca Raul!

No domingo passado, o cigarro foi do bom. Em meio ao dilúvio que nos castiga, o navio atravessou soberano, a castigar os Tupynambás como um bandeirante vindo de São Paulo, esse genocida homenageado em estradas e estátuas, pobres de nós. Descontada a expulsão prematura no escrete adversário, foi bacana ver o Galo golear no Horto, com um time renovado e rejuvenescido, um técnico promissor à beira do campo. Pode dar tudo errado? Pode. Mas não há dúvida de que este é o mais auspicioso início de temporada da gestão de Sette Peles.

Foi bacana ver Mailton na lateral-direita. Há mais de uma década pelejamos com Patric, que assim como Levir é um cara legal, mas, infelizmente, precisamos de um lateral e não de um amigo para todas as horas. Trouxemos Guga, porém, desconfio que sua tez europeia venha lhe garantindo mais espaço ao sol (use protetor, Guga!) do que propriamente o seu futebol. Tivesse Cazares a fuça de um Roger Guedes, e imagine o clamor popular pela renovação de seu contrato. Êh, Brasilzão velho de guerra, terra miscigenada e cordial, afinal “o primo do cunhado do meu genro é mestiço, racismo não existe, comigo não tem disso”. E viva os Racionais!

Pois veio a quarta-feira, e não bastasse o céu a cair sobre as nossas cabeças, teve o acréscimo do balde de água fria. 'Empatizim' caído esse com o Coimbra, não? É o time do Ricardo Guimarães, mas a gente tinha de atropelar apenas porque seu nome, na origem, homenageia Zico, o Arthur Coimbra, aquele flamenguista. Pô, Ricardo, vamo arrumar um outro CNPJ, ou muda o nome fantasia para Wright. Coimbra não dá.

E que pelada desanimadora, não? Sem ninguém para armar o jogo, o atleticano sonhava com um meia habilidoso, um camisa 10 clássico. Alguém assim como... Cazares! Pelamordedeus, Sette Peles, renova com o Cazares. Senta o menino e explica pra ele que, pela primeira vez, agora ele corre o risco de ter um técnico. Prometa o Barcelona num futuro qualquer. Minta. Prometa mundos e (cheques sem) fundos, mas não me venda o Cazares, seu bolsominion. Valeu pelo Arana, presidente.

Diante do Coimbra, Dudamel viu a realidade de frente: há muito trabalho a fazer, e sem Cazares a empreitada será em dobro. Viu também a realidade de costas: há atleticano capaz de vaiar um time em reconstrução e no seu terceiro jogo. Pra esses, só a terapia salva. Além do supracitado Raul: “Baby, essa estrada é comprida, ela não tem saída, é hora de acordar, pra ver o Galo cantar, pro mundo inteiro escutar”. Acorda, baby, foi só o terceiro jogo e amanhã tem mais.

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