
De acordo com a antropóloga Rosana Pinheiro Machado, os “masculinistas” acreditam que mulheres são objetos que servem apenas à reprodução humana. Eles buscam reafirmar a virilidade masculina perdida em função de uma suposta “ditadura feminista”. Por esse motivo, cultivam o ódio às mulheres e acreditam que elas deveriam ser, literalmente, caçadas.
Estamos assistindo à chamada “crise do macho”. Em função dos avanços conquistados a duras penas por meio da luta feminista, boa parte dos homens ainda se vê dentro do padrão comportamental definido pelo sexismo e não aceita a perda de privilégios. A maneira de ser do homem foi colocada em xeque. Violência, controle e agressividade são comportamentos que foram historicamente ligados ao masculino e que hoje tem sido combatidos. Nesse sentido, para muitos homens a identidade viril masculina foi perdida pela imposição do “politicamente correto”.
As conquistas das mulheres e de sujeitos antes oprimidos transformaram a condição masculina, é verdade. Para haver avanços de grupos sociais minorizados, é preciso que os grupos privilegiados abram mão dos seus ganhos sobre a opressão do outro. Entretanto, o pensamento conservador e reacionário masculino mais extremista traz a ideia de que a “natureza” dos homens precisa ser resgatada por meio da violência e o feminismo, combatido.
A estética do “masculinismo” pode trazer elementos vikings, ligados aos índios norte-americanos e até aos espartanos. Tudo para simbolizar um elogio ao confronto físico, à guerra e a um senso de honra baseado na fúria. No Brasil, a representação do combate aos ideais feministas e progressitas não está necessariamente na ostentação de chapéus de chifre ou peles de animais. A nossa “estética da virilidade” está na representação fálica da arma. Interpretada por Freud na psicanálise como um símbolo de poder, a arma é o principal símbolo do ódio na estética brasileira do radicalismo masculino.
A situação se agravada ainda mais pela crise econômica. Diante do desemprego e da impossibilidade de ser provedor, o homem de classe média brasileiro se vê incapaz de cumprir a sua principal função social. Muitos desses homens culpam o feminismo pela sua perda de protagonismo e privilégios, mas não conseguem enxergar que o feminismo não é só uma luta para empoderar mulheres, mas também para libertar os homens da prisão do sexismo. A incompreensão sobre o feminismo é um projeto que serve à manutenção do capitalismo, do patriarcado e da opressão feminina.
A estética bélica presente tanto no “masculinismo” americano quanto nos grupos brasileiros de direita representam um risco real de violência contra as mulheres e de repressão as suas conquistas. Em um país onde as mulheres já são quase 67% das vítimas de agressão física, de acordo com o Mapa da Violência de Gênero, o machismo é estimulado politicamente e o resultado é o entendimento do feminicídio e do estupro como formas de reaver a honra masculina e controlar mulheres.
Nossa sociedade está doente. Nós mulheres, não queremos nos igualar aos homens no seu poder destruidor. Queremos apenas ser livres e viver em uma sociedade onde ninguém precise viver em estado de ódio para reafirmar o seu gênero. O feminismo é a esperança para a libertação masculina das amarras do patriarcado.
As conquistas das mulheres e de sujeitos antes oprimidos transformaram a condição masculina, é verdade. Para haver avanços de grupos sociais minorizados, é preciso que os grupos privilegiados abram mão dos seus ganhos sobre a opressão do outro. Entretanto, o pensamento conservador e reacionário masculino mais extremista traz a ideia de que a “natureza” dos homens precisa ser resgatada por meio da violência e o feminismo, combatido.
A estética do “masculinismo” pode trazer elementos vikings, ligados aos índios norte-americanos e até aos espartanos. Tudo para simbolizar um elogio ao confronto físico, à guerra e a um senso de honra baseado na fúria. No Brasil, a representação do combate aos ideais feministas e progressitas não está necessariamente na ostentação de chapéus de chifre ou peles de animais. A nossa “estética da virilidade” está na representação fálica da arma. Interpretada por Freud na psicanálise como um símbolo de poder, a arma é o principal símbolo do ódio na estética brasileira do radicalismo masculino.
A situação se agravada ainda mais pela crise econômica. Diante do desemprego e da impossibilidade de ser provedor, o homem de classe média brasileiro se vê incapaz de cumprir a sua principal função social. Muitos desses homens culpam o feminismo pela sua perda de protagonismo e privilégios, mas não conseguem enxergar que o feminismo não é só uma luta para empoderar mulheres, mas também para libertar os homens da prisão do sexismo. A incompreensão sobre o feminismo é um projeto que serve à manutenção do capitalismo, do patriarcado e da opressão feminina.
A estética bélica presente tanto no “masculinismo” americano quanto nos grupos brasileiros de direita representam um risco real de violência contra as mulheres e de repressão as suas conquistas. Em um país onde as mulheres já são quase 67% das vítimas de agressão física, de acordo com o Mapa da Violência de Gênero, o machismo é estimulado politicamente e o resultado é o entendimento do feminicídio e do estupro como formas de reaver a honra masculina e controlar mulheres.
Nossa sociedade está doente. Nós mulheres, não queremos nos igualar aos homens no seu poder destruidor. Queremos apenas ser livres e viver em uma sociedade onde ninguém precise viver em estado de ódio para reafirmar o seu gênero. O feminismo é a esperança para a libertação masculina das amarras do patriarcado.
