(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas EM MINAS

Zema assume negociações para estreitar laços na Assembleia

A insatisfação dos deputados se reflete até mesmo em dificuldades para garantir o quórum mínimo de 39 parlamentares no plenário


14/10/2023 04:00 - atualizado 14/10/2023 12:31
709

Ilustração com mãos entrelaçadas em frente a obra de Amilcar de Castro na ALMG
(foto: Arte Paulo Miranda)
O governador Romeu Zema (Novo) e o secretário de Governo, Gustavo Valadares (PMN) estão desenvolvendo nova estratégia para fortalecer os laços com os deputados estaduais da base.

O chefe do Executivo enfrenta uma série de desafios no que diz respeito ao diálogo com os parlamentares que o representam na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Além do jantar agendado para a próxima terça-feira, Zema pretende retomar as discussões sobre os acordos firmados no encerramento da última legislatura, como as indicações de emendas e cargos em superintendências, gerências e coordenadorias regionais.

A insatisfação dos deputados se reflete até mesmo em dificuldades para garantir o quórum mínimo de 39 parlamentares no plenário, o que impacta diretamente na eficácia do governo.

Em meio à tramitação das propostas para revogar a exigência constitucional de um referendo popular antes de privatizar a Cemig e a Copasa, assim como a adesão do estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), Zema e o vice-governador Matheus Simões vão assumir as negociações com os parlamentares.

O objetivo da estratégia é aproveitar a pauta para afinar o discurso com a base do Executivo no Legislativo mineiro. Isso porque, sendo uma proposta de emenda à Constituição (PEC), requer maioria qualificada, ou seja, o voto de 48 dos 76 deputados estaduais. Apesar de o governo ter conquistado 52 votos para aprovar a PEC que transferiu o Detran para a Secretaria de Planejamento e Gestão, a proposta para abolir o referendo é considerada impopular.
(Ana Mendonça)

Governador x segurança pública

A relação do governador Romeu Zema com os deputados da base bolsonarista também não está completamente estabilizada na Assembleia Legisltiva. Um dos críticos mais vocais do chefe do Executivo mineiro é o deputado Sargento Rodrigues (PL).

Além da questão do reajuste salarial para as forças de segurança pública, Rodrigues tem destacado a ação impetrada no Supremo Tribunal Federal (STF) que busca a suspensão do aumento dos salários do governador, do vice e do secretariado. Ajuizada pela Confederação das Carreiras Típicas de Estado (Conacate), a medida argumenta que o reajuste não está em conformidade com os parâmetros legais, especialmente a Lei de Responsabilidade Fiscal. (AM)

Perda salarial

Na visão do deputado Sargento Rodrigues, a argumentação da Conacate está absolutamente correta, visto que um aumento de vencimento em 298% sem previsão orçamentária e sem avaliação do impacto financeiro não é razoável. O argumento do parlamentar é que o reajuste pelo salário do governador é injusto, já que os servidores da segurança pública têm enfrentado uma perda salarial de 35% ao longo dos últimos seis anos. (AM)

Turbulência com ICMS

Houve outra turbulência com a base bolsonarista -com o deputado estadual Bruno Engler (PL), cotadíssimo para disputar a Prefeitura de BH em 2024, tendo como principal cabo eleitoral o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele foi removido da vice-liderança do governo após votar contra a proposta de Zema para reintroduzir a cobrança de uma alíquota adicional de dois pontos percentuais de ICMS sobre produtos considerados supérfluos. (AM)

Isolado

Outro deputado estadual que também votou contra o projeto do governo mineiro que elevou a alíquota de ICMS de produtos “supérfluos” é Zé Laviola, que integra o Novo, partido de Romeu Zema, mas está se sentindo isolado após a aproximação entre o governador e o deputado Enes Candido (Republicanos). (AM)

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)