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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Ernesto Araújo diz à CPI da COVID que nunca quis ofender a China

Ex-ministro das Relações Exteriores irrita senadores com declarações negacionistas em seu depoimento na comissão


19/05/2021 04:00 - atualizado 19/05/2021 07:52

Senador Randolfe Rodrigues denuncia à PF ameaçadas sofridas por integrantes da CPI(foto: EDILSON RODRIGUES/AGÊNCIA SENADO)
Senador Randolfe Rodrigues denuncia à PF ameaçadas sofridas por integrantes da CPI (foto: EDILSON RODRIGUES/AGÊNCIA SENADO)
 
 
“É com profundo pesar à nossa democracia que esse tipo de ameaças às legítimas atividades parlamentares aconteçam. Contudo, não podemos nos curvar aos arroubos autoritários desses tempos hodiernos, tomando todas as medidas jurídicas cabíveis para fazê-los cessar.” O registro partiu do vice-presidente da CPI da COVID-19, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Ele pediu providências da Polícia Federal (PF) ou da Polícia Legislativa do Senado.

Ao vivo, durante o dia inteiro, ontem, a CPI da COVID-19 interrogou o ex-ministro Ernesto Araújo. Na CPI, Ernesto Araújo disse que nunca provocou atrito com a China. Ressaltou desconhecer existência de ‘gabinete paralelo’ sobre COVID.

A senadora Kátia Abreu (PP-TO) enquadrou Ernesto Araújo. Só que ele foi mal-educado e se recusou a pedir desculpas à parlamentar por tê-la acusado de atuar em favor dos interesses da China nas negociações de infraestrutura que envolve o 5G.

A senadora não perdeu a caminhada e pegou pesado: “Você estava para defender os brasileiros e não a sua posição ideológica. O senhor atacava fortemente a China. Vocês não eram parceiros do governo americano, e sim do Trump. O senhor não entendeu que não somos amigos de presidente, e sim das nações”.

O tweet que ela postou fala por si: “Ernesto Minion, com sua dupla personalidade, aproveitou minha ausência para me atacar pelas costas com a repetição de uma calúnia. Típico dos fracos e covardes. Agora é a hora da verdade”. Nem precisou.

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), foi na mesma toada, só que se referindo sobre a crise no Amazonas. “Ernesto Araújo confessa que não se mexeu pra garantir oxigênio em Manaus. Deixou o povo manauara sem respirar, não pediu ajuda e quando a Venezuela demonstrou solidariedade enviando oxigênio, sequer agradeceu. A doença dessa gente é a ideologia da morte!”

Já que tem ideologia, vale o registro que o ex-chanceler foi leal ao presidente da República, Jair Messias Bolsonaro. Chamou para si a declaração que tratou sobre a orientação para que o governo brasileiro tivesse sido o único a apoiar declarações do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Foi fiel ao Bolsonaro, mesmo tendo sido demitido. Diante disso, nada mais é necessário acrescentar. Afinal, a semana está cheia diante da CPI. Dificilmente os demais convocados vão agir da mesma forma, muito antes pelo contrário.

Os inquilinos

“O país não suporta mais ser enxovalhado e rotulado de vilão ambiental por conta de erros cometidos no passado na ocupação da Amazônia, habilmente orquestrados por grupos políticos e econômicos a quem convém manter o Brasil acossado, na defensiva, tentando justificar suas ações na região, como se fôssemos maus inquilinos da propriedade alheia.” A declaração é do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão.

São predatórios

Ele participou, já que preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal, da abertura do simpósio sobre a floresta, organizado pelo Instituto Federalista, o Instituto Sagres e a Frente Parlamentar da Amazônia. O general Mourão fez questão de citar sobre a época da ditadura militar: “À própria sorte e à mercê de grileiros, posseiros e grandes latifundiários, gerando assim uma ocupação predatória da região”.

E tem o STJ

Em meio a um dia monopolizado pela CPI da COVID-19, o procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou à comissão parlamentar de inquérito um levantamento das investigações em curso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre gastos dos estados envolvendo a pandemia. Em Minas Gerais, o alvo foi o governador Romeu Zema (Novo), envolvendo o hospital de campanha no Expominas. E tem ainda o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). No caso dele, trata-se de respiradores e vacinas contra o coronavírus. Nos dois estados, ainda não há inquéritos, mas procedimentos em estágio inicial que podem definir investigações formais.

Pé na estrada

CPI? COVID? Que nada. Minha vida é andar por este país… É a trilha sonora. Melhor dar a notícia de uma vez: o programa vai incluir ações para melhoria de infraestrutura rodoviária, regulação e serviços de apoio, financiamento específico para os trabalhadores e ações para melhoria de qualidade de vida. O fato é que foi batizado de “Gigantes do Asfalto”. Participaram do lançamento o presidente da República, Jair Bolsonaro, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

Será vice?

Oficialmente, ninguém confirma, mas a história pode ajudar. Afinal, o empresário José Alencar integrou a chapa vitoriosa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já tinha perdido três eleições seguidas. O fato novo é que parlamentares petistas têm trabalhado para convencer Josué Alencar Gomes da Silva, o filho do ex-vice-presidente, a integrar a chapa na eleição do ano que vem. Só que, pelo menos por enquanto, ele não admite a possibilidade. Melhor esperar para ver e crer, não é mesmo?

PINGA FOGO

  • Lideranças petistas acreditam que Josué Alencar dá sinais cada vez mais claros sobre seu interesse, mas, por enquanto, também nada querem antecipar. Melhor esperar para ver e crer. Afinal, muita água ainda vai rolar até o ano que vem.
  • Em tempo, sobre Mourão: a culpa, de acordo com ele, se deu diante do abandono do projeto de integração feito na ditadura, já que assentamentos próximos de rodovias abertas pelo governo federal foram deixados à própria sorte e à mercê de grileiros, posseiros e grandes latifundiários.
  • Mais um, desta vez vem do STJ: os pedidos de informação dirigidos ao Ministério Público Federal fazem parte da estratégia de senadores governistas para tentar respaldar ações do presidente Jair Bolsonaro na gestão pandemia e tentar desviar o foco da CPI, que vai pegar fogo esta semana.
  • E tem ainda mais um registro sobre os caminhoneiros. Os principais eixos do programa serão a infraestrutura, regulamentação de serviços, incentivos e qualidade de vida, que serão coordenados de maneira interministerial, ou seja, vários ministérios à disposição.
  • Sendo assim, melhor pegar a estrada e encerrar por hoje. A semana ainda promete, com CPI e tudo, está apenas começando. FIM!
 
 

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