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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Insistência presidencial e o recado enigmático do general Braga Netto

Ministro da Defesa disse que as Forças Armadas brasileiras continuam focadas em suas 'missões constitucionais para superar os desafios de hoje e do futuro'.


09/05/2021 04:00 - atualizado 09/05/2021 07:10

Ao lado do presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, afirmou. em tom enigmático, que 'a'cobra fumou e ,se necessário, fumará novamente'(foto: Evaristo Sá/AFP - 19/10/20)
Ao lado do presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, afirmou. em tom enigmático, que 'a'cobra fumou e ,se necessário, fumará novamente' (foto: Evaristo Sá/AFP - 19/10/20)

O presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, insiste cada vez mais em deixar claro que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID tem o deixado bastante incomodado. “Continuo dizendo, só Deus me tira daquela cadeira. Não vai ser...”.

Ou será que tem medo? Aos seus apoiadores de plantão nos fins de semana, o presidente voltou também a defender o uso da cloroquina no tratamento contra o coronavírus e afirmou que vai fazer um vídeo esta semana com seus ministros falando se tomaram ou não o medicamento, que não tem eficácia comprovada contra a doença.

O mais grave, no entanto, foi outro registro. “Ontem eu estava retornando de Rondônia. No avião estavam alguns ministros. A gente vai fazer um vídeo nessa semana, 22 ministros, todos aqueles que tomaram hidroxicloroquina vão falar: eu tomei. É a alternativa no momento”. Haja insistência em não servir à ciência. É fim de semana sim, é outro fim de semana de novo com a mesma cantilena.

Ou será um recado? “Em 08 de maio de 1945, o mundo comemorou a rendição incondicional das forças inimigas do Eixo e o término da Segunda Guerra Mundial no continente europeu. Naquela, celebramos o Dia da Vitória, representando o marco final do amplo esforço aliado na defesa dos ideais democráticos”.

O registro partiu do ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, na sexta–feira, em mensagem da ordem do dia. “Hoje retratamos a vitória dos valores da democracia, da justiça e da liberdade. A história se sucede de fatos e de ensinamentos. A cobra fumou e, se necessário, fumará novamente”.

Meio enigmático, mas ele acrescentou: “após anos de história, a nossa Marinha, o nosso Exército e a nossa Força Aérea se modernizaram e desenvolveram doutrina própria. As Forças Armadas brasileiras continuam focadas em suas missões constitucionais para superar os desafios de hoje e do futuro”. Melhor assim o registro do general que foi interventor federal no Rio de Janeiro.

Lembrou-se? Se não, vale um último registro: “não há bem mais importante ou patrimônio material que equivalha à nossa liberdade, à nossa soberania, aos nossos valores patrióticos e à fé em nossa democracia”. É ainda Braga Netto com o registro em que ele afirma “Viva o Dia da Vitória!”

E ele trouxe ainda Comandante da Marinha do Brasil, Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, o Comandante do Exército Brasileiro, General Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e ainda o Comandante da Força Aérea Brasileira, Tenente–Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Júnior. Com xará e tudo, basta por hoje. Aproveite o domingão.

Antes tarde

Mas vale o registro: “Com o sentido de prioridade, entende o Senado Federal que, no momento em que o Brasil tem sido afetado de forma contundente de proliferação de variantes do vírus, torna-se necessário, mais do que nunca, o aprimoramento da parceria de grande qualidade que tem caracterizado nossas relações bilaterais”, escreveu o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM–MG). Ele destacou a “importância do relacionamento relevante e construtivo com a República Popular da China”.

A propósito

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deverá começar a fabricar a vacina da Oxford–AstraZeneca contra a COVID–19 com o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) produzido no Brasil em 15 de maio. A previsão foi feita pelo vice–presidente da instituição, Mario Moreira, em entrevista coletiva do Ministério da Saúde, em Brasília, na sexta-feira. E destacou a “importância do relacionamento relevante e construtivo com a República Popular da China”.

O prejuízo

O Palácio do Planalto deveria prestar mais atenção, já que envolve uma boa grana. Para que fique claro, o fato é que a ministra das Relações Exteriores da Espanha, Arancha González Laya, pediu ao Brasil mais compromissos no combate ao desmatamento na Amazônia, para desbloquear o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul. O fato é que o processo de ratificação está desacelerando. Óbvio que por causa do aumento dos incêndios e do desmatamento na Amazônia desde que o presidente da República, Jair Bolsonaro, assumiu o poder em 2019.

A tortura

O deputado federal Dr. Mário Heringer (PDT–MG) apresentou projeto de lei para incluir a discriminação de sexo, orientação sexual ou identidade de gênero entre as motivações para o crime de tortura. Ele ressalta a defesa diante da discriminação da mulher só por ser mulher. Heringer defende que a legislação seja atualizada. De acordo com o deputado, a proposição vai ao encontro da busca pela dignidade e do respeito às pessoas torturadas por causa de sua condição biológica, sexual ou de gênero.

Amor de mãe

“Usem máscara”. Quem diz é Déa Lúcia, a mãe do ator e humorista Paulo Gustavo, que morreu depois de lutar 52 dias contra a COVID–19. Ela se manifestou, ontem, pela primeira vez, depois da morte do filho, registrando a máscara com um apelo emocionado. O post no instagram foi publicado ontem, onde agradece “pelas orações e carinho”. A repercussão fala por si: a morte de Paulo Gustavo repercutiu em jornais importantes como o New York Times, o The Guardian, o Le Figaro e por aí vai mundo afora.

Pinga-fogo

A semana vai começar quente. O senador Renan Calheiros (MDB–AL), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, avisou que o ex-ministro da Saúde e general Eduardo Pazuello usa o Exército como um biombo para não depor.

“Não vamos investigar militares, esse não é nosso papel, eles não precisam ter nenhum receio. Quem tem que continuar com receio são os aliados da pandemia, do vírus, que vão ter de responder por tudo isso”. Renan fez questão deixar claro: temos respeito muito grande pelo Exército.

Em números sobre o prejuízo destacado na nota: o acordo, concluído em 2019 depois de mais de nada menos que duas décadas de negociações, atinge um mercado de 750 milhões de consumidores entre os 27 países da União Europeia e os quatro do Mercosul, ou seja, Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

Em tempo: o senador mineiro Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, também mencionou a necessidade de um diálogo “mais intenso e aprimoramento constante da coordenação política e diplomática”. O fato é que a lentidão no envio dessas substâncias tem dificultado o andamento da imunização no Brasil.

Mais um, desta vez sobre a nota da Tortura: “Dados do SUS revelam que, nada menos que um LGBT é agredido no Brasil a cada hora”, diz. Os dados são oficiais. Em 2020 foram1.685 casos denunciados pelo Disque 100.
 

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