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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Cardiologista Ludhmilla Hajjar recusou ministério por motivos éticos

Médica não concordou com exigências do presidente Bolsonaro para comandar a pasta da Saúde


16/03/2021 04:00 - atualizado 16/03/2021 07:08

Bolsonaro conversou com Ludhmilla Hajjar, mas não houve consenso(foto: EVARISTO SÁ/AFP)
Bolsonaro conversou com Ludhmilla Hajjar, mas não houve consenso (foto: EVARISTO SÁ/AFP)


Médica de vários parlamentares e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a cardiologista Ludhmila Abrahão Hajjar é tratada como uma unanimidade pelo alto escalão da Justiça e dos a política. Com ela no ministério, o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), certamente teria o apoio do Congresso e do Judiciário na condução da pandemia.
 
Só que não deu certo, muito antes pelo contrário. Ela não aceitou o cargo e manteve a sua postura. Afinal, Ludhmilla é favorável ao isolamento social como forma de combater o avanço do vírus e já condenou inúmeras vezes o uso da cloroquina, que é praticamente um mantra adotado pelo presidente Bolsonaro.
 
“Queria agradecer pela lembrança do meu nome. Ser lembrado, na carreira de médico, para assumir o cargo mais importante da sua carreira é realmente algo que merece todo o agradecimento e honraria. E eu fiquei muito honrada pelo convite do presidente Bolsonaro. Mas acho que não é o momento para assumir o Ministério da Saúde, por alguns motivos, principalmente técnicos.”
 
Educadamente, Ludhmilla Hajjar fez o resumo da atual situação da COVID-19 no país. Só trazer o detalhe de que ela foi alvo. Melhor ela própria relatar o que houve quando estava no hotel em Brasília: “Pessoas que diziam que estavam com o número do quarto e que eu estava esperando-os. Diziam que eram pessoas que faziam parte da minha equipe médica. Se não fossem os seguranças do hotel, não sei o que aconteceria”.
 
Quem deve ter lamentado é #Arthur Lira, o presidente da Câmara dos Deputados: “Espero e torço para que, caso nomeada ministra da Saúde, consiga desempenhar bem as novas funções. Pelo bem do país e do povo brasileiro, nesta hora de enorme apreensão e gravidade. Como ministra, se confirmada, estarei à inteira disposição”. Adiantou não, ela nem chegou a ser ex-ministra.
 
Já o comandante do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), frisou: “Considero que temos que buscar uma solução racional. Não me parece racional lockdown absoluto no país neste momento. Assim como não se pode negar a gravidade da pandemia, a necessidade da tomada de decisões. Caso a caso, a depender do município, do estado, que se possa evitar aquilo que se tem que combater desde o início, as aglomerações”. Uai, o parlamentar democrata subiu no muro? Mudou para o ninho tucano do PSDB?

Fim da novela

O presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o médico Marcelo Queiroga, aceitou o pedido do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (ainda sem partido), para comandar o Ministério da Saúde. “A conversa foi excelente, já o conhecia há alguns anos, então não é uma pessoa que tomei conhecimento há poucos dias”, fez questão de deixar claro o próprio presidente. E o próprio Bolsonaro fez questão de oficializar que a nomeação de Queiroga será publicada na edição desta terça-feira do Diário Oficial da União (DOU).

O visionário

“Convido os senadores para a próxima reunião, a ser realizada quinta-feira, dia 18, às 9 horas, para ouvir o ministro da Saúde, preste bem atenção, Eduardo Pazuello, ou ele, ou quem vier a substituí-lo, para debater o Plano Nacional de Imunizações, o cumprimento dos respectivos prazos bem como as medidas de combate à pandemia.” A premonição partiu do presidente da comissão, Confúcio Moura (MDB-RO). O fato é que estava prevista para ontem a participação de Pazuello na Comissão Temporária da COVID-19 no Senado.

Fala Guedes

A política do @Fiqueemcasa, “feche tudo destruiu milhões de empregos. A consequência está aí. Imagine se o homem do campo tivesse ficado em casa, não teria alimento para ninguém. Agora, todo mundo é responsável, quem é que está com essa política de ficar em casa? Não sou eu”. Algum economista deveria alertar o presidente Bolsonaro. Ou mesmo o seu ministro da Economia, Paulo Guedes. Quem sabe ele ensina que se trata da valorização do dólar por causa da exportação, já que o grão passou a ser mais vantajoso para os produtores mundo afora. A carne mais cara começou antes mesmo da COVID-19.

Solenemente

De forma remota do Congresso Nacional, os deputados e senadores, em sessão solene, promulgaram a emenda constitucional. O texto é aquela proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata do novo auxílio emergencial aos mais afetados pela pandemia da COVID-19. Para clarear, trata-se da medida que foi ratificada sexta-feira. É aquela da sessão que só terminou de madrugada. Vale o registro de que emendas constitucionais são promulgadas em conjunto pelas Mesas Diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado. Daí a sessão solene do Congresso.

Sem debate

O assunto foi julgado na sessão que se encerrou na noite de sexta-feira no plenário virtual. Nessa modalidade de julgamento, os ministros do Supremo Tribunal Federal (foto) têm uma janela de tempo para votar somente por escrito, sem debate oral. O detalhe é que nessa modalidade de julgamento ela é sem a presença dos ministros, do presidente e ainda de toda a equipe da corte.

PINGA FOGO

  • O documento já foi entregue ao consulado honorário da Federação da Rússia em Belo Horizonte. O fato é que o prefeito Alexandre Kalil (PSD) assinou, ontem à tarde, documento que prevê acordo com o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) para financiar o desenvolvimento da vacina.
  • Para deixar claro, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) formalizou que tem, de fato, interesse na compra de quatro milhões de doses da vacina russa Sputnik V. Além de BH, outras cidades da região metropolitana (RMBH) também anunciaram interesse na compra.
  • Será que desta vez vai? Pois é, está marcado no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados uma reunião hoje para apresentar o plano de trabalho do relator do processo, Alexandre Leite (DEM-SP), envolvendo a deputada Flordelis (PSD-RJ). Ô novela, sô, do jeito mineiro de ser.
  • Vale lembrar: a futura ex-deputada Flordelis (foto) foi acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, isso mesmo, há quase dois anos, em Niterói (RJ).
  • Por fim, resta saber se o novo ministro da Saúde terá o devido tato para convencer o presidente de que não há neste país apenas uma “gripezinha”. Sendo assim, basta por hoje. Afinal, a semana está apenas começando.
 
 

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