Este período eleitoral, embora o voto não seja obrigatório, ao contrário do Brasil, que desde a Constituição de 1946, a disputa nos Estados Unidos, que está em sua reta final, tem motivado de forma inédita os eleitores. A votação é terça–feira.
Para se ter uma ideia, já votaram 90 milhões de norte-americanos. A expectativa é que haja um pleito capaz de trazer um recorde histórico. A previsão é de que ultrapasse a marca de 150 milhões. Se for consumado, será pela primeira vez na história que isso acontece. Mas tem um porém.
O fenômeno antecipa o alto comparecimento e um possível atraso na contagem. O que tem tudo para alimentar a possibilidade de os norte-americanos irem dormir no dia 3 de novembro sem saber quem ganhou.
Afinal, a incerteza sobre quem venceu de fato é um material explosivo em um país com os ânimos acirrados. Ainda mais com um presidente como Donaldo Trump, que, óbvio, atiça e repete acintosamente, sem qualquer fundamento, o fantasma da fraude.
Votar antecipadamente evita eventuais aglomerações na boca da urna e outros possíveis riscos de contágio pelo coronavírus. A pandemia é um dos motivos para a alta procura por essa modalidade de participação eleitoral. A votação antecipada favorece o candidato democrata, Joe Biden.
O democrata está à frente do atual presidente, o republicano Donald Trump, nas pesquisas. Se houver algum fato novo que faça os eleitores de Biden mudar de ideia, aqueles que já depositaram seus votos não terão como alterá-lo. Ainda mais que o ex-presidente Barack Obama, que é popular, entrou na parada e pela primeira vez neste final da campanha.
Melhor tratar do Dia D. Calma aí, nada a ver com a maior operação aeronaval da história na época da Segunda Guerra Mundial, com o desembarque na Normandia e que permitiu iniciar a derrocada nazista na Europa. O fato é outro e muito mais interessante.
O Instituto Moreira Salles promoveu ontem, em São Paulo, mais uma edição do Dia D–Dia de Drummond. É isso mesmo, é um evento para celebrar o aniversário do escritor mineiro, o itabirano Carlos Drummond de Andrade, que completaria 118 anos.
Uma das atividades foi conduzida pelo professor e músico José Miguel Wisnik. Basta um trecho: “como exemplos ocorridos no Brasil, ou seja, realidade bastante próxima, podem ser citados os episódios que prejudicaram as populações de Mariana e Brumadinho (MG), que, devido à sua magnitude, ganharam repercussão internacional.”
O Rio? É doce. A Vale? Amarga. Ai, antes fosse. Mais leve a carga de Drummond. Basta por hoje.
É preocupante
O 1º vice-presidente da Assembleia Legislativa (ALMG), deputado Antonio Carlos Arantes (PSDB) demonstrou grande preocupação com a rotina vivida pelos produtores de café do Sul e Sudoeste de Minas. Ele alega que os produtores passam por momentos “caóticos e de grandes dificuldades por causa do atraso na quitação de dívidas com instituições financeiras, situação que só pode ser resolvida com a ajuda dos governos federal e estadual”. Em seis meses, as duas regiões têm uma produção de café de aproximadamente 300 mil hectares, o que equivale a 10 milhões de sacas de café e representa uma supersafra.
A propósito
“Com a seca fora da realidade, começa a viver um colapso, o que aponta uma redução enorme de produção. As lavouras estão morrendo e não há boas previsões de colheitas para o próximo ano”, alerta Arantes. Ele lamenta que o clima foi um grande inimigo dos produtores que nada deverão ter para entregar no ano que vem. E deu o tom político, como não poderia deixar de ser. Antonio Carlos Arantes já encaminhou pedidos aos governos federal e estadual, além de entidades ligadas à agricultura para facilitar a quitação das dívidas.
My name is
Sean, Sean Connery. “Um dia triste para todos que conheciam e amavam meu pai e uma triste perda para todas as pessoas ao redor do mundo que gostaram do maravilhoso presente que ele tinha como ator”. His name is Bond. James Bond. O ator escocês Sean Connery (foto), mais conhecido por ter sido o primeiro James Bond nas telas de cinema, morreu ontem aos 90 anos. Jason Connery, seu filho, disse que ele não estava bem de saúde fazia tempo. Thomas Sean Connery nasceu em Edimburgo, na Escócia, em 25 de agosto de 1930. Seu pai foi operário de fábrica e a mãe uma doméstica.
A internação
O Ministério da Saúde não deu maiores informações sobre o estado do ministro Eduardo Pazuello. O general, que foi diagnosticado com a COVID–19 há 10 dias, deu entrada no hospital particular DF Star, em Brasília, e continua internado, já que esteve desidratado. Ele estava, desde sexta-feira, cumprindo isolamento em um hotel de trânsito dos oficiais, no Setor Militar Urbano. Pazuello havia sentido febre e dor de cabeça. Só para lembrar, o ministro costumava comparecer a eventos públicos sem máscara antes de contrair o coronavírus. Detalhe internacional: foi no mesmo dia em que os Estados Unidos registraram 99.000 infecções, um recorde pelo segundo dia consecutivo.
O rompimento
É preciso lembrar da barragem mineira de Mariana. “Neste dia em que todos têm na memória de todos os que perderam suas vidas e que também, com profunda tristeza, se relembra a maior tragédia ambiental do país, venho a público para registrar e dizer ao povo de Mariana e a todas as pessoas que tiverem acesso a este manifesto, um pouco da luta vivenciada, dia a dia, nestes últimos cinco anos”. E descreve a tragédia. O fato político é que o prefeito Duarte Eustáquio Gonçalves encerra o seu mandato neste ano e não é candidato nas próximas eleições.
Pingafogo
- Em tempo, entre seus personagens vale destacar: Sean Connery foi William von Baskerville, o protagonista do prestigiado longa–metragem “O nome da rosa”, de 1986, uma adaptação para o cinema da obra literária de Umberto Eco.
- Sobre o escritor, em seu último trabalho, “Número Zero” (2015), o autor critica o mau jornalismo e a manipulação dos fatos. Daí o seu interesse, na obra, pelas teorias conspiratórias para o ambiente da redação de um jornal de Milão, em 1992. Umberto Eco morreu em Milão, em 2016
(foto: David Protzner/ALMG 2/7/19) - Quem entrou de pés e cabeça na campanha eleitoral da candidata do seu partido, o PSDB, foi o deputado estadual João Leite (foto). Ele está quase sempre junto com Luísa Barreto nos compromissos de campanha, aparecendo agora na TV durante o horário eleitoral gratuito.
- O primeiro–ministro britânico, Boris Johnson, determinou ontem, em pleno sábado, que a Inglaterra retome o lockdown nacional depois de o Reino Unido ter ultrapassado a marca de um milhão de casos da COVID–19.
- O motivo é que os cientistas alertaram que o “pior cenário” de 80 mil mortos diários pode crescer e uma segunda onda de infecções ameaça sobrecarregar o serviço de saúde. Ah! Foi em entrevista coletiva convocada às pressas em Downing Street depois que a notícia vazou à imprensa. Fim!
