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Estado de Minas Em dia com a política

A defesa do consenso e da sustentabilidade no discurso de Bolsonaro

Para deixar clara a surpresa o fato é que o indicado para o STF tem histórico ecológico, isso mesmo, tem militância em diversos casos à causa ambiental


01/10/2020 04:00 - atualizado 01/10/2020 07:15

O presidente Jair Bolsonaro participou ontem de painel sobe biodiversidade na ONU e voltou a culpar ONGs por crimes ambientais (foto: Marcos Correa/PR)
O presidente Jair Bolsonaro participou ontem de painel sobe biodiversidade na ONU e voltou a culpar ONGs por crimes ambientais (foto: Marcos Correa/PR)
O melhor a fazer, não necessariamente na ordem do discurso, dar uma primeira observação: “Temos a obrigação de preservar nossos biomas e, ao mesmo tempo, precisamos enfrentar adversidades sociais complexas, como o desemprego e a pobreza, além de buscar garantir a segurança alimentar do nosso povo”. Se não foi recado, mudou de nome.

O fato é que o presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) defendeu, ontem à tarde, a necessidade de um consenso “para que saibamos combinar sustentabilidade com desenvolvimento, e preservação ambiental com inovação econômica”.
 
Ele discursou, de forma remota, óbvio, no 1º Encontro de Cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre biodiversidade, exploração racional e sustentável dos recursos da Amazônia. Ele destacou que, desde o ano passado, quando assumiu a Presidência, o governo brasileiro “vem adotando políticas de proteção ao meio ambiente de forma consciente”.

O presidente Bolsonaro manteve o tom do discurso feito na assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU), só que atualizando ao destacar que “na Amazônia, lançamos a Operação Verde Brasil 2, que logrou reverter, até agora, a tendência de aumento da área desmatada observada nos anos anteriores”.
 
Bastaria, mas é óbvio que o comandante brasileiro não deixaria de passar em branco o recado que já vem de longe: “Vamos dar continuidade a essa operação para intensificar ainda mais o combate a esses problemas que favorecem as organizações que, associadas a algumas ONGs, comandam os crimes ambientais no Brasil e no exterior”. Não precisava, mas deixa pra lá e o melhor a fazer é mudar de assunto.
 
Afinal, teve uma surpresa que envolve a mais alta corte de Justiça do país. Isso mesmo, alguns privilegiados, como os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli, dois ex-presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), foram consultados antes de o presidente Bolsonaro bater o martelo em favor do desembargador Kassio Nunes Marques como novo ministro do STF.
 
Para deixar clara a surpresa, o fato é que o indicado para o STF tem histórico ecológico, isso mesmo,  tem militância em diversos casos à causa ambiental e é contrário ao desmatamento. A Amazônia agradece.
E como não poderia deixar de ser, Kassio Nunes é católico. Bolsonaro sempre dizia que gostaria indicar alguém “terrivelmente evangélico”. Diante de tudo isso, só resta então ficar por aqui e torcer para que o ambiente, tanto o ecológico quanto o político, traga boas notícias.
 

A floresta

“Lamentável, Sr. Joe Biden, sob todos os aspectos, lamentável.” Foi o recado que o presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) mandou para o candidato à Presidência dos Estados Unidos Joe Biden. “Custo a entender, como chefe de Estado que reabriu plenamente a sua diplomacia com os Estados Unidos, depois de décadas de governos hostis, tão desastrosa e gratuita declaração”, publicou o presidente no Twitter. Tudo isso é porque Biden, no debate com Donald Trump, declarou: “Parem de destruir a floresta e, se não fizer isso, você terá consequências econômicas significativas”.

A ponte

“O déficit para o setor previdenciário estava previsto em R$ 20 bilhões e com a reforma caiu para R$ 16,2 bilhões”, foi o alerta do secretário do Planejamento e Gestão, Otto Levy. Já o secretário de Estado de Governo, Igor Eto, optou por fazer um comercial, digamos assim, ao ressaltar que o governo continua a contar com o apoio da Assembleia Legislativa (ALMG). “Temos certeza de que juntos vamos superar a crise e criar uma ponte para o futuro em Minas, com desenvolvimento, respeito social e empregos.” Ficamos assim, então. Mas vale a torcida, tá? O fato é que, para deixar claro, o governo Zema (Novo) enviou ontem o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021.

Uma fezinha

Antes de encerrar, o melhor é fazer uma fezinha e jogar na loteria. Quem explica é nada menos que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux: “Malgrado a atividade normativa seja da competência exclusiva, não obsta que atividade administrativa seja exercida pelas atividades federadas”.“A Constituição não prevê exclusividade na exploração pela União, não prevê a possibilidade de alguns estados manterem essas loterias, enquanto outros estão absolutamente proibidos”, disse Alexandre de Moraes. O fato é que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem, por unanimidade, que a exploração de loterias não é exclusividade da União.

Olhá lá, olha lá!

No placar! Foram 72 votos a favor e um contrário. Para detalhar, trata-se da alteração do Estatuto de Defesa do Torcedor para incluir, entre outras coisas, a interrupção das competições por motivo de surtos, epidemias e pandemias que possam comprometer a integridade física e o bem-estar dos atletas. Só que tem uma brecha: desde que aprovada pela maioria das agremiações participantes do evento. Ou seja, o Flamengo teve que jogar. Só que a novela deve continuar, porque o texto dos senadores volta para a Câmara dos Deputados diante das modificações.

Está em casa

O bioma pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta e sofre influência direta de três importantes biomas brasileiros: Amazônia, cerrado e mata atlântica. Feito esse registro, vale outro, é só um convite, ou seja, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, vai só se quiser. O fato é que a comissão temporária externa que acompanha as ações de enfrentamento aos incêndios no Pantanal quer saber quais são as devidas providências para prevenir as queimadas no bioma e se o ministro Salles as tomou. O requerimento, já que ela é de lá, foi feito pela senadora Soraya Thronicke (foto) (PSL-MS).

Pingafogo


  • A má notícia: a taxa de desemprego no país subiu e atingiu o recorde de 13,8% no trimestre encerrado em julho, atingindo 13,13 milhões de pessoas. Foram fechados nada menos que 7,2 milhões de postos de trabalho. E tudo isso em apenas três meses.
  • O motivo: ela reflete os impactos da pandemia de coronavírus da COVID–19, que, como não poderia deixar de ser, vêm, óbvio, e praticamente paralisou a maior parte da economia desde o fim de março. Os dados são do IBGE.
  • Em outro registro, o candidato democrata Joe Biden (foto) prometeu se juntar com outros países e oferecer US$ 20 bilhões (R$ 112 bi) para ajudar na preservação da Amazônia. Ah! Do you speak english? É que Bolsonaro reagiu – em português e em inglês – à declaração de Biden.
  • Por fim, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a União não tem monopólio para manter jogos lotéricos, que podem ser criados e explorados também pelos estados, desde que estejam de acordo com a regulamentação federal.
  • Quem relatou foi o ministro Gilmar Mendes, para quem o decreto-lei de 1967 não foi recepcionado pela Constituição de 1988, que não conferiu à União exclusividade alguma para a exploração de serviços públicos como as loterias. Melhor então fazer uma fezinha e encerrar por hoje.

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