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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

O recado dado pelo presidente Bolsonaro para o mercado financeiro

Se o Brasil for mal, todo mundo vai mal, afirmou o chefe do Executivo do país


30/09/2020 04:00 - atualizado 30/09/2020 08:02

"O cara não tem mais como vender a sua água, o seu sorvete na arquibancada do seu time de futebol", disse Bolsonaro (foto: FACEBOOK/DIVULGAÇÃO)

O recado presidencial teve endereço certo: o mercado financeiro. Só que fez questão de avisar: “Se o Brasil for mal, todo mundo vai mal”. As declarações do presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) foram feitas ao sair do Palácio da Alvorada, sua residência oficial, para os apoiadores que sempre o esperam aparecer. E deitou falação.

“Quando tiver que criticar alguém, não é o presidente. É quem destruiu o emprego de 20 milhões de pessoas. O cara não tem mais como vender a sua água, o seu sorvete na arquibancada do seu time de futebol”, ele acrescentou. Política e futebol não se deve discutir, melhor então não brigar, só que tem mais.

Bolsonaro ainda declarou quando deixou o palácio: “A questão da praia, o biscoito Globo também quebrou no Rio de Janeiro, o cara não vende mais churrasquinho de gato na rua. Começou a aparecer um ou outro ambulante na rua. Precisamos de uma solução para isso”.

A fábrica do biscoito Globo, localizada na Rua do Senado, no Centro da cidade, está momentaneamente fechada, sem previsão de reabertura. O duplo sentido das declarações, mesmo que de forma extraoficial, tem alvo certeiro. A força de querer despistar não cola na novela política. Foi de propósito mesmo.

E teve o grand finale. “Nós temos que ter uma alternativa para isso, senão os problemas sociais serão enormes. Agora, tudo que o governo pensa, ou gente ligada ao governo, ou líderes partidários pensam, isso aí se transforma em críticas monstruosas contra nós. Agora, quero ver alternativa. Porque se esperar chegar 2021 para ver o que vai acontecer, podemos ter problemas sociais gravíssimos no Brasil.” Recado dado, melhor mudar de assunto.

Nem tanto, já que “podemos atestar que ele cumpre os requisitos constitucionais, nomeadamente o notável saber jurídico e reputação ilibada, conforme tem sido demonstrado em sua atuação como advogado-geral da União e ministro da Justiça e Segurança Pública”.

Feito esse registro, melhor deixar claro. O fato é que o ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, ganhou ontem o apoio da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) na corrida por uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). E foi por meio de um ofício endereçado ao presidente Jair Bolsonaro.

Diante da aposentadoria anunciada do ministro Celso de Mello, decano do STF, um segmento dos evangélicos foi rápido. Há outros nomes no caminho, mas quem sai na frente pode beber água limpa. Prudência, no entanto, é requisito necessário. Melhor esperar o desfecho.

O Brizolinha

Assim ele é chamado na intimidade. Melhor começar com a notícia: “O que me causa perplexidade é o fato de alguns vereadores, que votaram a favor do prefeito Marcelo Crivella, já condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), fazerem parte do Conselho de Ética da Câmara Municipal da Cidade do Rio de Janeiro”. Quem está perplexo é o vereador Leonel Brizola Neto (foto) (Psol-RJ), presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

E continua:

“A minha conduta não foi contra a Câmara nem contra o povo carioca. Sou contra as milícias e o uso de denunciá-las não é falta de ética. Quer dizer que usar dinheiro público para contratar jagunços para intimidar jornalistas e cidadãos, como fazia o grupo conhecido como ‘Guardiões do Crivella’, não é falta de ética, mas chamar jagunços de milícia, como fiz, fere a ética da Casa? Não vou me intimidar.” Brizolinha, como é tratado, foi denunciado pelo Conselho de Ética da Câmara Municipal por 21 vereadores para processá-lo, por quebra de decoro parlamentar.

Rádio Câmara

Informa: a Comissão Mista de Orçamento (CMO) é composta por 40 titulares, sendo 30 deputados e 10 senadores, escolhidos pelos líderes partidários. O fato é que sua instalação foi adiada para terça-feira que vem. Quando voltar, as votações serão de forma remota. Culpa da COVID-19. A pandemia que dispensa apresentações. Melhor tratar do que interessa de fato. Quando a comissão voltar, a primeira matéria a ser tratada deve ser o valor a ser pago pelo Renda Cidadã – programa que mudou de nome só de picuinha. Isso mesmo, o Bolsa-Família.

Dose dupla

O presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), avisou ontem ter decidido cancelar a reunião de instalação da Comissão Mista de Orçamento (CMO). O motivo: “Para evitar conflito”. E tem mais, para que fique bem claro. No meio do caminho está uma convocação para hoje. O motivo é fazer uma sessão do Congresso Nacional, às 10h, para tratar da desoneração que envolve a folha de pagamentos de 17 setores econômicos que empregam mais de seis milhões de pessoas. Daí Alcolumbre acrescentar: “De fato, há um sentimento da maioria do Parlamento, tanto da Câmara quanto do Senado, de derrubar o veto, mas isso a gente vai aferir na hora da votação”.

Agora é assim?

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, deixou claro e objetivo, ontem, que o agricultor do Pantanal está tendo prejuízos com as queimadas que atingem a região e defendeu a destinação de mais recursos para o combate e a prevenção a esses incêndios. “Será que o produtor do Pantanal, o homem pantaneiro que eu conheço tão bem, está feliz com esses incêndios que estão acontecendo lá? Será?” Resposta rápida, melhor esperar para ver e crer. Ah! Ela mesmo ressaltou e fez questão de defender mais recursos para ações de prevenção. Para registro, ela foi líder da bancada ruralista. Nada a acrescentar.

PINGA FOGO

  • E teve apelo, que veio do deputado José Airton Félix Cirilo (PT-CE): “É um projeto importante, que inclui diversas categorias profissionais, como pescadores, marisqueiras, salineiros, agricultores, produtores culturais, artísticos e diversas outras categorias. Infelizmente, o governo vetou”.
  • Depois, em outras declarações, o deputado petista José Airton fez questão de fazer alerta que faz um certo sentido: “Parece-me que a sociedade está um pouco anestesiada com essa situação que o Brasil está vivenciando”.
  • Em tempo: para que fique claro, os registros feitos por Alcolumbre foram terceirizados. Tanto que ele próprio informou que o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), está construindo isso. E acho que com o aval da equipe econômica. O jeito é ver para crer.
  • O senador Marcio Bittar (MDB-AC) garantiu que não vai recuar. “O texto irá como o combinado”, afirmou, em entrevista ao Correio Braziliense. “O Orçamento está muito enxuto e precisamos achar espaço para respeitar o teto de gastos sem criar despesas e essa foi a única saída”, concluiu.
  • Nada a comentar! Basta apenas anunciar, também de forma solene, que basta por hoje. Um bom dia a todos, se der, nesta temporada de pandemia.

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