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Estado de Minas Em Dia com a Política

Peixe frito no Palácio da Alvorada em dia de luto na COVID-19

O jeito então, antes de mais nada, é mudar o cardápio, levantar voo e seguir o exemplo que foi feito com as empresas aéreas


09/08/2020 04:00 - atualizado 08/08/2020 20:14

(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Melhor começar com o detalhe. Os cinco empresários que ontem visitaram o Palácio da Alvorada e foram recebidos pelo presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido), acompanhados de suas respectivas mulheres. Nem todas. A primeira-dama Michele Bolsonaro, que se recupera da COVID–19, guarda isolamento

Registro feito, com as devidas melhoras a ela, o fato é que o presidente da República recebeu cinco empresários liderados por Afrânio Barreira, da Coco Bambu, uma rede de restaurantes. Os demais são seus sócios. 

Quem agendou a comilança foi a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), ex-líder do governo no Congresso Nacional e amiga do presidente. Foi ela que apresentou o empresário cearense ao Bolsonaro. Sobre o cardápio de pescados, só um registro: “Eu só como peixe frito”, avisou o presidente. 

O jeito então, antes de mais nada, é mudar o cardápio, levantar voo e seguir o exemplo que foi feito com as empresas aéreas, aquele garantido pelo governo para que nenhum estado ficasse sem pelo menos uma ligação aérea, mesmo diante da redução nos voos. 

A notícia nova são os projetos de lei que determinam o socorro às empresas de transporte público coletivo por causa, como não poderia deixar de ser, dos impactos negativos da pandemia de COVID-19.

Se forem aprovados, o que é certo, pode escrever, serão destinados R$ 4 bilhões para os sistemas de ônibus e metrô em regiões metropolitanas e municípios com mais de 300 mil habitantes.

Em todos os casos, o dinheiro da União só será liberado por meio de termo de adesão a ser firmado pelas concessionárias. O jeito então: navegar é preciso e ficar vivo, já que também está na pauta o projeto que trata da Política Nacional para a Conservação e o Uso Sustentável do Bioma Marinho Brasileiro, englobando o mar territorial, a zona costeira e áreas como dunas e mangues.

E ele traz um detalhe interessante, já que o projeto é do deputado Alessandro Molon (PSB–RJ) e o ex-deputado Sarney Filho (PV–MA). Só que ele continua em sua praia. O filho do ex-presidente José Sarney (MDB) atualmente é o secretário de Estado do Meio Ambiente do Distrito Federal (DF). 

Já que o ambiente nada saudável da COVID–19 recebeu diversas manifestações de políticos, ministros e por aí vai, com direito a lutos oficiais pelos presidentes do Congresso, da sociedade, que foram da Anistia Internacional (#100MilMortos #FrentePelaVida #LutoPelas100MilVidas) à União Nacional dos Estudantes (UNE) e por aí vai, só resta encerrar por hoje.


Luto e luta


“Minas Gerais não seria fiel a si mesma caso não prestasse todo respeito ao drama da nação, afinal, o sentimento de coletividade é a força da nossa gente. Regenerados pelo sofrimento, o momento é de luta contra essa pandemia. O luto não nos impedirá de lutarmos pela vida”. A frase é do presidente da Assembleia Legislativa (ALMG), Agostinho Patrus (PV).


Triste marca 


Momentos diferentes, desafios grandiosos. Com o tom de união de esforços e coletividade, inspirado no “Manifesto dos Mineiros” de 1943 e na tradição histórica mineira, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Agostinho Patrus (PV), se pronunciou quanto à triste marca de mais de 100 mil óbitos pela COVID–19 no Brasil alcançada ontem.

Pelo twitter, ele prestou solidariedade às famílias e decretou luto institucional de três dias, proibiu comemorações na ALMG e determinou que as bandeiras fiquem hasteadas em meio-mastro pela memória e o respeito às vítimas.

O vírus voou

(foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil )
(foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil )


“Ótima notícia! Fiz novo teste para COVID–19 e estou NEGATIVO, recuperado e pronto para voltar ao trabalho presencial pelo país. Gostaria de agradecer muito a todos vocês pelas mensagens de carinho e pelas orações para pronta recuperação. Muito feliz em saber que milhares de pessoas mandaram uma energia positiva neste momento”.

É o tweet do ministro de Ciência, Tecnologia e, Inovações (MCTI), Marcos Pontes. Só que vale acrescentar, extra-oficialmente, que o ministro astronauta da Missão Centenário de 2006 mandou para o espaço o novo coronavírus. E que ele afirmou ainda que está recuperado e agora voltará ao trabalho presencial.


Era urgente



Só que as comissões, uma coleção delas, não foram instaladas, o que obriga o projeto a ser votado diretamente no plenário. E olha que o texto da proposta da deputada Perpétua Almeida (PcdoB-AC) tinha a chancela de regime de urgência.

Ela destaca que o “isolamento social é a forma mais eficaz de evitar a contaminação pelo vírus, e que qualquer infecção grave pode comprometer a evolução da gestação além de aumentar o risco de prematuridade”. Ou seja, a comunista torna obrigatório que a gestante fique longe do trabalho presencial enquanto durar o estado de calamidade pública.


Curriculum vitae


Aliado dos últimos três governos, o senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI) afirmou apoiar a reeleição de Jair Bolsonaro em 2022. “Hoje, acredito que 90% do partido apoiaria a recondução. Não tem como governar sem esses partidos”.

O atual mandato dele explica o motivo: começou em 2019 a vai até 2027. Se ele tem a Odebrecht em seu currículo na Lava Jato, deixa para lá. Um detalhe fala por si: “Tenho certeza o procurador-geral da República, Augusto Aras não quer prejudicar a Lava Jato, desde que as coisas sejam feitas de forma correta”. Ficamos assim, então!

Em tempo, ainda sobre o bioma marinho do texto da coluna: os objetivos das propostas são promover o uso sustentável dos recursos naturais, garantir a conservação da biodiversidade e prevenir impactos negativos em, pelo menos, 10% das áreas marinhas e costeiras.

Mais um, já que falamos de restaurantes, o cardápio político deve ter ficado de fora. Se teve bobó de camarão feito com o crustáceo refogado no azeite de dendê, com tomate, cebola, pimentões, misturados com purê de mandioca e por aí vai, no Palácio da Alvorada, chega de política por hoje.

A informação foi divulgada pela Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria e enlutece muita gente pelo país afora. Dom Pedro Casaldáliga foi um bispo católico espanhol, radicado no Brasil desde 1968. 

Ao chegar no Araguaia, o religioso fez um trabalho contra o regime militar e em defesa da população desfavorecida na luta pela posse da terra. Tratado por ter sido um pé no sapato da ditadura. Combatia sem “nada possuir, nada carregar, nada pedir, nada calar e nada matar”. 

(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)


“Dom Pedro marcou sua vida pela solidariedade em relação aos mais pobres e sofridos, fazendo de seu ministério, sua poesia e sua vida um canto à solidariedade.” Melhor então encerrar com o registro mineiro, do presidente da CNBB, Dom Walmor Oliveira de Azevedo.

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