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Estado de Minas EM DIA COM A POLíTICA

Avisem ao Ernesto Araújo que a guerra é aqui

Ministro Ernesto Araújo: ''Acreditamos que será possível concluir com os EUA, mas não quero antecipar. Mas é uma perspectiva muito animadora para nós''


postado em 06/03/2020 04:00 / atualizado em 06/03/2020 08:17

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, falou na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado sobre acordo militar com os Estados Unidos(foto: Marcos Correa/PR 16/5/19)
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, falou na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado sobre acordo militar com os Estados Unidos (foto: Marcos Correa/PR 16/5/19)
Chega a ser difícil acreditar no ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que fez questão de afirmar ontem que existe, de fato, a possibilidade de o Brasil firmar um acordo militar bilionário com os Estados Unidos. Melhor ele mesmo detalhar: “o acordo nos abriria a possibilidade de participar de fundos de investimento, muito vultosos nessa parte de tecnologia militar, que chegam a US$ 100 bilhões”.

Basta um dado de dois anos atrás, antes de tecer maiores comentários sobre Ernesto Araújo. “A violência no Brasil é um problema persistente que atinge direta ou indiretamente a população. O país tem níveis acima da média mundial no que se refere a crimes violentos, com níveis particularmente altos no tocante a violência armada e homicídios”.

Há praticamente três anos, uma pesquisa do Instituto Datafolha detalhou alguns dados: quase um em cada três brasileiros já teve um parente ou amigo que foi assassinado. Outra pesquisa do instituto registrou também que três em cada quatro brasileiros afirmam ter medo de serem assassinados. Em tradução simultânea, a guerra é aqui.

De volta ao ministro Ernesto Araújo, vale mais um trecho das declarações dele na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado: “acreditamos que será possível concluir com os EUA, mas não quero antecipar. Mas é uma perspectiva muito animadora para nós”. Tomara que a negociação não dê certo, mesmo com toda a animação do ministro. Só uma pergunta: US$ 100 bilhões em Bolsa-Família, quantos brasileiros pobres a mais conseguiriam ter?

Resposta rápida: “Parece que o governo federal está perseguindo o povo nordestino e da Região Norte. Tem mais de um milhão de famílias esperando para receber o benefício. Então queremos saber o que está acontecendo”, atacou, em suas redes sociais, o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE). No meio do caminho, o pedido da bancada petista de auditoria na concessão do Bolsa-Família no Nordeste.

O melhor a fazer então é esperar e trazer um pouco da história diplomática brasileira. Ela se pautava, nas palavras de Afonso Arinos, Araújo Castro e San Tiago e este último ressaltava: “estamos cada vez mais conscientes da nossa responsabilidade como protagonistas da vida internacional e sabemos que temos nossa contribuição a levar à causa da paz, a essa grande causa”.

Diante de tudo isso, o jeito é esperar que a política nacional consiga ser pacificada. Anda difícil, mas quem sabe seus principais atores sejam capazes, com um pouco de humildade, encontrar de a fato a paz.

Uma justa...

… homenagem às mulheres que se destacam ou se destacaram na área de Segurança Pública de Minas Gerais, lembrando o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de Março. Entre elas, está a major Karla Lessa, a piloto do helicóptero do Corpo de Bombeiros e que atuou nos resgates de corpos em meio a lama do rompimento da barragem em Brumadinho. Foi ela quem deixou a aeronave quase parada no ar para resgatar um corpo na lama. “Foi um dos dias mais difíceis de minha vida”, disse na época.

Mais uma...

… outra mulher em destaque é a sargento Marcilaine Rodrigues da Silva, do 49º Batalhão da Polícia Militar de Belo Horizonte, que retirou dos braços da mãe vítima de agressão doméstica o seu bebê que não parava de chorar, por fome. Marcilaine abriu sua farda e amamentou o bebê sempre sorridente. O fato ocorreu na Delegacia de Mulheres em Belo Horizonte. As justas homenagens serão prestadas, a pedido do deputado Sargento Rodrigues (PTB), em10 de março na Comissão de Segurança Pública.

450 dias

A proposta de emenda à Constituição (PEC) que acaba com o foro privilegiado de políticos e autoridades completou ontem 450 dias parada na Câmara dos Deputados. Os líderes do Podemos, o deputado federal Léo Moraes (RO) e o senador Álvaro Dias (PR), argumentam que o fim do foro faz parte do combate à corrupção e à impunidade, “mas parece que esta agenda não faz parte do Congresso”, ressalta Léo Moraes. Desde o ano passado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) já tinha confessado que a PEC já deveria ter sido pautada. “Já deveria ter ido a voto, né?”, admitiu. Resposta rápida: é.


A vã pernada

O deputado José Guimarães (PT-CE) até que tentou assumir a liderança da Minoria, leia-se, a oposição. Só que foi tudo em vão. Devidamente acionado, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), destituiu o petista do cargo até que seja feito um entendimento capaz de dar tempo para um acordo. Afinal, o próprio Maia havia acertado que a Minoria seria comandada por um deputado do PDT. O segundo-secretário da Câmara dos Deputados, Mário Heringer (PDT-MG) ressaltou: “os petistas tentaram dar uma pernada, só que foi em vão. O PT insiste em ser PT. Não aprendeu nada”.

Perdeu o sono

“Estou muito preocupado, não durmo tranquilo, não é normal um país como o Brasil crescer 1% ao ano. Claramente, isso causa frustração em vários segmentos da sociedade”. A declaração cabe direitinho aos ouvidos da maioria dos brasileiros, dos desempregados aos subempregados e por aí vai. Só que tem caráter oficial. O autor da frase é o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida. Vale registar: a missão da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) é gerir as contas públicas de forma eficiente e transparente, zelando pelo equilíbrio fiscal e qualidade do gasto público e a visão da STN trata da defesa da avaliação do gasto público e transparência fiscal.

Pinga-fogo

O líder do Democratas no Senado, Rodrigo Pacheco (MG), avisou ontem que vai solicitar, ao Instituto de Criminalística da Polícia Federal (PF), uma perícia para apurar sobre o baixo nível da Represa de Furnas, no Sul e Sudoeste de Minas Gerais.

Pretende saber se há um desvio da água do lago para ser usada no abastecimento da hidrovia Paraná-Tietê, em São Paulo. A decisão foi tomada pelo senador, que presidiu ontem audiência pública, diante da falta de respostas conclusivas dos representantes do setor elétrico sobre o tema.

A semana que não acabou. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), convocou mais uma sessão do Congresso para terça-feira que vem. Na pauta, 10 vetos do presidente Jair Bolsonaro e três projetos enviados pelo governo para mudar as regras da execução orçamentária deste ano.

É você que paga a conta, Os dados são do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A arrecadação com taxas, impostos, contribuições e multas atingirá R$ 500 bilhões assim que os relógios marcarem 8h20 de hoje.

Mas tem, se servir de consolo, um aspecto positivo. É que o déficit público vem caindo. Está agora, em janeiro, em 0,7% do PIB. Em janeiro do ano passado estava em 1,2%.
 

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