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Estado de Minas EM DIA COM A POLíTICA

Países ricos não querem gastar e o Brasil peca na luta pelo meio ambiente

Ano termina como o segundo mais quente desde 1880, sem que as nações desenvolvidas façam a sua lição de casa, assim como o governo federal, que repassa a culpa


postado em 17/12/2019 04:00 / atualizado em 16/12/2019 23:32

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, diz que os países ricos não querem abrir seus mercados de créditos de carbono. Exigem medidas e apontam o dedo para o resto do mundo(foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado - 6/6/19)
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, diz que os países ricos não querem abrir seus mercados de créditos de carbono. Exigem medidas e apontam o dedo para o resto do mundo (foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado - 6/6/19)

Novembro de 2019 foi o segundo mês mais quente já registrado na Terra desde 1880. Só perdeu, e nem tanto assim, para o mesmo mês em 2015. O anúncio foi feito ontem pela Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), confirmando outro ano de recordes de calor.

Melhor voltar no tempo, nem tanto assim, só quatro anos. O espírito construtivo visto em 2015 na COP21, que conseguiu fazer o Acordo de Paris, mostrou-se enfraquecido. Antigos vilões climáticos, como Estados Unidos e Austrália, voltaram a atrapalhar as negociações.

Por que tudo isso então? É que juntou-se a eles um novo vilão: o Brasil de Jair Bolsonaro, o chefe do ministro que chefia a pasta do Meio Ambiente, Ricardo Salles. “Países ricos não querem abrir seus mercados de créditos de carbono. Exigem medidas e apontam o dedo para o resto do mundo, sem cerimônia, mas na hora de colocar a mão no bolso, eles não querem”, afirmou pelo twitter o “ambientalista” Salles.

Melhor dar a palavra ao presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP): “os países desenvolvidos – e aí notadamente Estados Unidos, Japão, Austrália – e países florestais como o Brasil não estão fazendo a sua lição de casa”. Ressaltou o parlamentar socialista, por outro lado, que “um número muito grande de pequenas nações, estados, municípios e localidades estão fazendo o seu papel”.

Para encerrar esse assunto, um último registro, deste mês: “a organização meteorológica mundial informou, no começo de dezembro, que 2019 estaria entre os três anos mais quentes registrados desde 1850 e que encerra uma década de calor excepcional”.

Afinal, tomou papudo!!! “Paulo não é isso. Paulo não é nenhum demônio que veio à Terra. Pelo contrário, Paulo veio à Terra para pacificar o mundo”. A frase é da viúva de Paulo Freire endereçada a Bolsonaro. O presidente disse que ele era um “energúmeno”.

A relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Direito à Educação, Koumbou Boly Barry, ano passado, enviou carta à sociedade brasileira parabenizando pela manutenção do nome do educador Paulo Freire como patrono da educação. “Estou muito feliz por saber que o lugar de Paulo Freire como patrono da educação brasileira permanece intacto, respeitando seu legado”.

Registro final, diante disso: Paulo Reglus Neves Freire foi educador e filósofo brasileiro. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. É também o Patrono da Educação Brasileira.


Veto à COP-25

Para lembrar, é aquele episódio que constrangeu a diplomacia brasileira na Espanha, diante do aviso de que o país poderia ser cobrado pelo desempenho ambiental do Brasil e deixar de receber recursos internacionais. O motivo, a explosão do desmatamento e da violência contra povos indígenas, como registraram as agências de notícias internacionais na época. Por que isso então? É que “eu não aceitei. Fui eu que decidi. Estariam fazendo um carnaval aqui no Brasil”, fez questão de deixar claro o presidente Jair Bolsonaro ontem ao dizer o motivo de ter vetado a realização da COP-25 no país.


Clima mineiro

Como tudo passa por Minas Gerais, o deputado Zé Vitor (PL-MG), que também participou da Conferência do Clima, ressaltou que o Brasil volta do encontro com a bagagem cheia de novidades e responsabilidades. Mesmo sem resultados concretos, as discussões, segundo ele, deixaram claro o que é questão ambiental e o que são interesses comerciais. E ressaltou a cobrança feita pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sobre compensações financeiras dos países ricos. O detalhe é melhor: Zé Vitor lembrou também que o uso do etanol como combustível e práticas de conservação do solo são parte da solução para combater as mudanças climáticas.

Cláusula pétrea

“O artigo 60 da Constituição obstaculiza a votação de proposta de emenda que atenta contra garantia individual. E essa é uma das maiores garantias”, começou assim. “Por meio de PEC não poderia, pois é cláusula pétrea”, leia-se é um artigo da Constituição Federal que não pode ser alterado, acrescentou o ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). “Dizer que a Lava-Jato quebrou empresas é uma irresponsabilidade”, tuitou o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa do Ministério Público Federal no Paraná e da Operação Lava-Jato.


É oficial

O governo está em busca de alternativas para incluir policiais presos no benefício do indulto natalino que o presidente Jair Bolsonaro deve assinar até o fim deste ano. Quem confirmou foi o próprio porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, em entrevista coletiva de imprensa, como sempre, com jornalistas no Palácio do Planalto. Mas, até no início da noite o martelo ainda não tinha sido batido. Esforço é certo que terá.


Pinga-fogo

Ora quem diria. O dólar comercial encerrou ontem a R$ 4,063, com queda de R$ 0,045 (-1,1%). Fazia um bom tempo que isso não acontecia. Não foi tanto assim, mas a moeda norte-americana está no menor nível desde 5 de novembro, quando era vendida a R$ 3,993.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) acompanha, com preocupação, o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), no qual a maioria dos ministros considera crime passível de prisão a falta de pagamento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS).

“Trata-se de avaliação despropositada. O fato de a empresa deixar de pagar os tributos não significa, na maioria dos casos, fraude, omissão ou falsidade nas informações prestadas ao Fisco. Significa que a empresa enfrenta dificuldades financeiras”, afirma o presidente da CNI, Robson Andrade.

Diante de tantas dificuldades, o melhor a fazer é encerrar por hoje. Quem sabe a curva econômica consiga trazer melhores notícias. Pelo jeito, no entanto, só pedido ao Papai Noel mesmo. Ihh! Chega mesmo!!! Esta doeu…

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