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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

O bullying da xará de Dilma Rousseff

Só que a Justiça negou mais uma vez que a outra Dilma mudasse o nome para Manuela. E olha que a novela vem desde maio do ano passado


postado em 03/09/2019 06:00 / atualizado em 03/09/2019 16:59

Dilma Rousseff não teve expressão nos combates, mas seu bom amigo, sim(foto: JAIR AMARAL/EM/D.A PRESS)
Dilma Rousseff não teve expressão nos combates, mas seu bom amigo, sim (foto: JAIR AMARAL/EM/D.A PRESS)

“O Brasil está no fundo do poço dado aos economistas, e não ao capitão Jair Bolsonaro, pergunta para o Paulo Guedes, eu não manjo nada de economia. Nada. Zero!” As frases são do presidente, ontem, na saída do Palácio da Alvorada, a residência oficial em Brasília. E ressuscitou, mais uma vez, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT): “Quem manjava, a tal de Dilma Rousseff, arrebentou o Brasil”.

A ex-presidenta deve ter adorado, voltou a ter evidência e vinda do comandante-em-chefe das Forças Armadas. Para quem lutou na luta armada é praticamente um elogio. Mas Dilma não teve expressão nos combates, mas seu bom amigo, sim.

O ex-governador Fernando Pimentel (PT), encrencado como só ele, que o diga. Este sim participou na linha de frente. O assalto bem-sucedido a um carro pagador, em Canoas, Rio Grande do Sul fala por si, quando integrava a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Mas notícia nova envolve mesmo é a ex-presidente.

É que: “Continuo sofrendo bullying. Sei que o impeachment já aconteceu e a Dilma (Rousseff) aparece menos no noticiário. Mas não posso falar meu nome sem que pessoas deem risada. Não quero mais este nome”. Só que a Justiça de São Paulo negou mais uma vez que a outra Dilma mudasse o nome para Manuela. E olha que a novela vem desde maio do ano passado. Melhor deixar para lá.

Afinal, teve pesquisa quentinha em plena segunda-feira. “São ciclos diferentes, agora é um ciclo muito polarizado, não dá para comparar com o início do governo Dilma aonde ela pegou todo o crédito do presidente Lula”. A frase é do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre a pesquisa Datafolha de ontem.

Maia acrescentou ainda que o resultado ruim para o governo e que deve sim ser uma preocupação, mas não dele. O motivo, óbvio e ululante, “porque eu não sou governo”. Detalhe: foi em restaurante do Rio de Janeiro, em debate na Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig). Pelo jeito, o almoço não foi atrapalhado pela imprensa e nem a relação do governo com o Congresso, como Maia registrou. Ou tucanou o político democrata, melhor dizendo.

Por fim, voltando ao início, ao presidente Bolsonaro e pedir para Paulo Guedes responder: é que o ministro da Economia, ao contrário do que reza a proposta de Orçamento da União para o ano que vem, que é um déficit de R$ 124,1 bilhões, havia dito que zeraria o rombo nas contas em 2020. E, óbvio, não foi bem assim. Melhor ficar por aqui.

Guerra cultural

Sexta-feira e sábado, mesmo no Dia da Pátria, a capital mineira será palco do 1º Simpósio Conservador BH que trará à cidade nomes como Miguel Nagib, fundador do movimento Escola Sem Partido; professora Paula Marisa, uma das mais influentes youtubers da atualidade e José Carlos Sepúlveda, analista político e participante do Canal Terça Livre. O tema de estreia é “Guerra Cultural”. Durante dois dias, os participantes terão palestras e um bate-papo com os convidados. O evento pretende inaugurar uma série de discussões sobre o atual momento brasileiro, além de trazer informações relevantes que contribuam para o amadurecimento e o confronto de ideias.

Cenário nacional

De acordo com o professor Thomas Magnum, um dos organizadores do evento, o que se pretende é oferecer a oportunidade de compartilhar experiências.“Queremos formar uma nova mentalidade nas pessoas para que o debate seja saudável e produtivo. O objetivo é fazer possíveis reflexões sobre os embates existentes no campo cultural, sobre o conservadorismo e suas implicações no atual cenário brasileiro”. O evento ocorre na empresa G7, no bairro Floresta.Saci e Boi Tatá.

Antes tarde…

… do que nunca. Mas não dá para deixar de lado a simplicidade do Papa Francisco. “Um aplauso ao serviço dos bombeiros”, pediu e, como não poderia deixar de ser, foi imediatamente atendido pela multidão que estava em Roma no domingo. E teve mais: “Tenho que pedir desculpas por chegar tarde. Fiquei preso em um elevador durante 25 minutos por um corte de energia, mas depois os bombeiros chegaram”. E olha que o Papa ficou 25 minutos antes de ser resgatado. E as emissoras de TV italianas que exibem o Angelus ao vivo informaram que era um incidente quase inédito. Hein! Quase inédito, faltou o quê?

Acredite...

(foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil - 15/5/19)
(foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil - 15/5/19)

Um ministro que desqualifica pesquisa de opinião acaba sempre sendo mal-educado. “Tem gente que acredita em Saci Pererê, em Boi Tatá e em Mula sem Cabeça, e tem gente que acredita no Datafolha”. Se é Abraham Weintraub (foto), o da Educação, fica pior ainda. Em números, o motivo: 66% são contra posse de armas, e 70% rejeitam flexibilizar porte. E inclua ainda as complicadas notícias envolvendo a indicação de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a embaixada em Washington, além das intervenções no Ministério da Justiça e Polícia Federal para proteger Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

Será amanhã

Vão aparecer? Todos eles? Os ministros da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro; da Educação, Abraham Weintraub; da Cidadania, Osmar Terra; e da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para conhecer a experiência de sucesso da Islândia pelo diretor do programa Juventude, o  “Youth In Iceland”, Jón Sigfússon. Ele vai mostrar como a taxa de meninos de 15 e 16 anos que consumiam grande quantidade de álcool caiu de 42% em 1998, para 5% em 2016 e o índice dos que tinham fumado maconha passou de 17% para 7%, e dos fumantes diários de cigarro de 23% para 3%.
 

Pinga-fogo 

(foto: Antônio Cruz/Agência Brasil - 14/5/14)
(foto: Antônio Cruz/Agência Brasil - 14/5/14)

R$ 35 mil e uns quebrados. Foi o que conseguiu encontrar a operação Carbonara Chimica, um braço da Operação Lava-Jato da Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público Federal, em busca na casa do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega (foto).

Pouco adiantou. A Lava-Jato pretendia encontrar R$ 50 milhões em suas contas bancárias. Claro que nada acharam. Eles devem estar devidamente colocados em paraísos fiscais. Como a sua praia era a economia, tanto de Lula quanto de Dilma, o caminho das pedras ele conhecia.

É grande o risco que tomou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). É que ele mandou comprar mais algemas para os seguranças dela. O colunista Lauro Jardim dá os números: 286 algemas e o mesmo número de porta–algemas. Serão suficientes? Deixa para lá.

Afinal, tem a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação do Ministério da Educação (MEC). E nada educado foram os cortes feitos pelo governo federal. São nada menos que 5.613 bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado no Brasil a partir deste mês.

Diante de um governo que briga com a educação mexe com o futuro do país. Isso mesmo, não olha para o futuro. Se pode piorar, vamos lá: Ao todo, a Capes vai deixar de oferecer cerca de 11 mil bolsas e não serão aceitos novos pesquisadores neste ano.
 

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