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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

#PrayforAmazonas e a coleção de vetos

O presidente, no entanto, mostrou sensibilidade: 'É um crime, o governo não está insensível para isso. Mas temos uma guerra no mundo contra o Brasil, a guerra da informação'


postado em 22/08/2019 04:00 / atualizado em 22/08/2019 08:40

O presidente Jair Bolsonaro diz que ONGs sentem falta do dinheiro do exterior e podem estar colocando fogo na Amazônia (foto: EVARISTO SÁ/AFP)
O presidente Jair Bolsonaro diz que ONGs sentem falta do dinheiro do exterior e podem estar colocando fogo na Amazônia (foto: EVARISTO SÁ/AFP)
“When Notre Dame was burning the world stopped. Billionaires and politicians emptied their pockets to help rebuild. Meanwhile the amazon has been burning for three weeks. The difference is, we don't get to build a new earth. When it's gone, it's gone.” Em tradução livre, quando a catedral de Notre Dame estava queimando, o mundo parou. Os empresários fizeram questão de financiar a reconstrução. Enquanto isso, a Amazônia está queimando há várias semanas. A diferença é que não dá para construir um mundo novo. O que está feito, já está feito.

Nesta quarta-feira (ontem) a #PrayforAmazonas foi o assunto mais comentado do mundo na rede social Twitter. Só rezando mesmo. Quando se fala em internacionalização da maior riqueza nacional, que é a Amazônia, o governo brasileiro fala em “pode estar havendo, sim, pode, não estou afirmando, ação criminosa desses 'ongueiros' para chamar a atenção contra a minha pessoa, contra o governo do Brasil”.

Melhor o próprio presidente Jair Bolsonaro (PSL) detalhar: “O crime existe, e isso aí nós temos que fazer o possível para que esse crime não aumente, mas nós tiramos dinheiros de ONGs. Dos repasses de fora, 40% ia para ONGs. Não tem mais. Acabamos também com o repasse de dinheiro público. De forma que esse pessoal está sentindo a falta do dinheiro”. O presidente, no entanto, mostrou sensibilidade: “É um crime, o governo não está insensível para isso. Mas temos uma guerra acontecendo no mundo contra o Brasil, a guerra da informação”. Já chega mesmo, melhor é batalhar por melhores notícias.

Só que elas andam difíceis. Teve sessão do Congresso, destinada à deliberação dos vetos nº 15 a 28 de 2019, do Projeto de Lei do Congresso Nacional nº 5 de 2019, do Projeto de Resolução do Congresso Nacional nº 3 de 2019 e dos Projetos de Lei do Congresso Nacional nºs 6, 7 e 8 de 2019. Nada de muito importante, durou de 11h50min às 13h23min. Menos de duas horas.

Melhor só ressaltar o detalhe mineiro. O deputado Mário Heringer (PDT-MG) fez breve comunicação e depois comandou a sessão, integrante da mesa diretora que é. E ainda entre os presentes Reginaldo Lopes (PT-MG) e Enéias Reis (PSL-MG).

Se teve carona, quem pegou mesmo foi o senador Jorge Kajuru (Patriota– GO): “Herança escravocrata, falta de investimentos em infraestrutura, educação pública deficiente, sistema tributário regressivo, patrimonialismo concentrador de renda, corrupção, são, entre outros, muitos os fatores que têm levado o Brasil a ser o campeão mundial de desigualdade social”.

(foto: MICHEL JESUS/CÂMARA DOS DEPUTADOS)
(foto: MICHEL JESUS/CÂMARA DOS DEPUTADOS)
Sessão solene
 
O requerimento foi do deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG) em homenagem ao Dia do Historiador e ele aproveitou a sessão para contar parte da história de sua própria família. “A figura do José Bonifácio cresce e se agiganta após seu retorno ao Brasil e no processo de independência. Ao lado do jovem príncipe dom Pedro I, ele coordenou todo o processo de independência”, lembrou Lafayette de Andrada (na foto, primeiro à esquerda), que é descendente de José Bonifácio.  E trouxe de volta o ex-deputado Aldo Rebelo, que presidiu a Câmara: “José Bonifácio foi um homem completo, talvez a inteligência maior e mais culta de sua época”.
 
Aprovados
 
Em sessão extraordinária na Assembleia Legislativa (ALMG), ontem de manhã, diversos projetos foram votados dando um “alívio” na pauta, que andava carregada. Entre os de maior destaque está o que dispõe sobre aproveitamento de armas de fogo apreendidas em operações realizadas pelas p-olícias Civil e Militar de Minas Gerais durante operações de busca e prisões de bandidos. O autor foi o deputado Bruno Engler (PSL). Como a aprovação foi por unanimidade em primeiro turno, certamente vai só cumprir o segundo turno para ir à sanção.

E teve mais
 
Já o projeto de lei do deputado Cássio Soares (PSD) foi aprovado em segundo turno e vai à sanção do governador Romeu Zema (Novo). A proposta dá direito ao gozo de férias-prêmio ao marido ou esposa, companheiro ou companheira ou parente em linha reta, colateral por afinidade, até o segundo grau, de pessoa diagnosticada com neoplasia maligna. E teve derrubada de veto do projeto que tratava da remuneração mínima a ser paga a estudantes estagiários em órgão e entidade da administração pública. Comprar briga por que Zema? O valor é de R$ 754,57.

Sem prisão
 
Pelo menos, por enquanto. O juiz Luiz Antonio Bonat, da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, a que trata da Operação Lava Jato da Polícia Federal (PF) junto com o Ministério Público Federal (MPF) determinou que o ex-ministro de Lula e Dilma Rousseff, ambos petistas, Guido Mantega, passe a usar tornozeleira eletrônica. Foi na Operação Carbonara Química, mais uma fase da Lava-Jato, deflagrada ontem. No meio do caminho está a Odebrecht e a delação de seus principais executivos que colaboram com a Justiça. Mantega não poderá se contatar com nenhum dos demais investigados e fica proibido de mudar de endereço sem fazer a devida comunicação às autoridades.

Por fim...
 
Se o deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) aprovou requerimento para um debate com o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, sobre o setor postal brasileiro e, na justificativa registrou que “é essencial que o Parlamento tenha conhecimento pleno dos planos do governo para um setor essencial”, melhor ficar por aqui. Se tem essencial e essencial em uma frase só… Deve ser importante mesmo. Melhor então seguir o conselho, já que torna essencial a hora de encerrar por aqui.

PINGAFOGO

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, convida a imprensa para a abertura do Seminário de Gestores Estaduais sobre Educação de Surdos, Surdocegos e Deficientes Auditivos. Será hoje no auditório do Anexo I do Ministério da Educação.

O ministério informa que o evento vai tratar da “formulação de políticas públicas para a formação de professores bilíngues. Na ocasião, também será abordada a Nova Política Nacional de Educação Especial”. Será que vão ensinar como se soletra o nome do ministro?

O projeto era de autoria de Aécio Neves e foi aprovado quando ele era senador. Trata-se da proposta que amplia as punições às infrações à ordem econômica estabelecidas na Lei de Defesa das Concorrências Públicas.

Entre as novas medidas previstas estão o pagamento de indenizações em valor até duas vezes maior ao prejuízo causado e a ampliação de três para cinco anos do prazo para ingresso de ações judiciais de reparação de danos. O relator foi o deputado Amaro Neto (ES).

Por fim, o governo apresentou oficialmente a lista de privatizações que pretende fazer. Entre elas, estão dos Correios ao Serviço Federal de Processamento de Dados, o Serpro. Diante disso, melhor deixar de processar mais notícias. Já basta, né?

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