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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Argentina no caminho e essa 'esquerdalha'

"Melhor então mudar de assunto bem rapidinho, embora seja muito arriscado, o risco será andar nas estradas. O governo pode acabar com os radares móveis"


postado em 13/08/2019 06:00 / atualizado em 13/08/2019 09:52

(foto: Antonio Cruz/Agencia Brasil)
(foto: Antonio Cruz/Agencia Brasil)
“Prezado jornalista, estou assustado com o viés ideológico de suas últimas colunas. Os ataques a Bolsonaro e à revolução tornaram-se a tônica de seus comentários. O que me impressiona é que sobre a segunda, nenhum comentário sobre policiais e militares mortos por guerrilheiros, deixando órfãos e viúvas. Eu conheci vários. Atenciosamente, Marco Antonio Soares.”
 
E teve ainda o Rolling Stone Flávio Jagger Simões. Continuo assinando o EM só para rir da sua coluna, meu caro... Em breve “colunistas de política ou seja, esquerdalhas rumo à aposentadoria por completa falta de verba estatal para sustentar sua corja.”
 
Quem ficou assustado de fato, viu Marco e Flávio, foi o seu próprio queridinho presidente Jair Bolsonaro (PSL): “Povo gaúcho, se essa esquerdalha voltar aqui na Argentina, nós poderemos ter, sim, no Rio Grande do Sul, um novo estado de Roraima. E não queremos isso: irmãos argentinos fugindo pra cá, tendo em vista o que de ruim parece que deve se concretizar por lá caso essas eleições realizadas ontem se confirmem agora no mês de outubro”.
 
Para deixar claro, o amiguinho de Bolsonaro é Mauricio Macri, o atual presidente da Argentina, e patina nas pesquisas “Não se esqueçam que aqui mais ao Sul, na Argentina, o que aconteceu nas eleições de ontem. A turma da Cristina Kirchner, que é a mesma da Dilma Rousseff, que é a mesma de (Nicolás) Maduro e Hugo Chávez, e Fidel Castro, deram sinal de vida aqui”.
 
Melhor então mudar de assunto bem rapidinho, embora seja muito arriscado. É isso mesmo, o risco será andar nas estradas. O governo federal pode acabar com os radares móveis nas estradas, mesmo diante dos índices de acidentes mortais nas rodovias país afora. “A partir da semana que vem, não teremos mais essa covardia de radares móveis no Brasil.” Bolsonaro terá coragem de comparecer a todos os enterros que esta medida pode provocar? Aumentar – e muito – ainda mais a matança em acidentes pelas estradas país afora, que já é assustadora?
 
Bem, melhor voltar ao início, ao “viés ideológico”, já que o presidente Bolsonaro, no Rio Grande do Sul, passou recibo: “Povo gaúcho, se essa esquerdalha voltar aqui na Argentina, nós poderemos ter, sim, no Rio Grande do Sul, um novo estado de Roraima. Não queremos isso: irmãos argentinos fugindo para cá, tendo em vista o que de ruim parece que deve se concretizar por lá”.

O recordista
 
(foto: Marcos Brandão/Senado Federal)
(foto: Marcos Brandão/Senado Federal)
Respirando por aparelhos e aplausos, muitos aplausos. Sessão ontem à tarde com o plenário lotado para homenagear o general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas. E bateu o recorde, como registrou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) (foto), ao ressaltar que a sessão registrou “o maior quórum em uma audiência pública em plena segunda-feira para reverenciar o general Villas Bôas”. E tem um outro detalhe interessante. “Gostaria de convidar todos para, em posição de respeito, acompanharmos a execução do Hino Nacional do Brasil e do Hino do Exército, executados pela banda do Regimento de Cavalaria de Guarda do Exército Brasileiro”. O detalhe é: o Hino foi cantado inteiro, não só com a primeira parte, que é mais comum.

Para encerrar
“Parabéns aos companheiros Alberto Fernández e Cristina Kirchner pelo expressivo resultado nas primárias argentinas”, escreveu Lula no Twitter. E subiu no seu próprio palanque: “É preciso dar esperança ao povo, trazer dias melhores e cuidar de quem mais precisa. Forte abraço do amigo Lula. “Muchas gracias, querido amigo @LulaOficial. Como bien decís, debemos darle esperanza a nuestro pueblo y cuidar de quienes más lo necesitan. Te mando un fuerte abrazo que espero poder darte pronto”, agradeceu Alberto Fernández, que está no segundo turno da eleição na Argentina.

Afastamento
Nos próximos dias, a deputada Ana Paula Siqueira (Rede) ficará afastada da Assembleia Legislativa (ALMG) para ter seu filho. Como o Regimento Interno da Casa dispõe sobre o chamamento de suplente quando ocorre o afastamento por mais de 120 dias e a lei da licença à gestante é atualmente de 180 dias para servidores públicos, fica em suspense se a Assembleia convocará o suplente Nei Chicarelli (Rede). Ele é ex-prefeito de Vieiras, cidade localizada na Zona da Mata mineira.

Para lembrar…
… Vale dar o devido registro maternal sobre a licença-maternidade que os bebês, claro, merecem todo carinho. Este é o segundo caso de uma deputada mamãe na Assembleia Legislativa (ALMG). Quem inaugurou e puxou a fila foi a ex-deputada Elbe Brandão (PSDB), que, em 2009, também usufruiu do benefício do afastamento para se dedicar à maternidade.

Cofre cheio?
Sábado: “Investir? Ela não vai comprar a Amazônia. Vai deixar de comprar a prestação a Amazônia. Pode fazer bom uso dessa grana. O Brasil não precisa disso”. Não é necessário? Então toma: a BBC News informou em valores o tamanho do prejuízo: O Ministério do Meio Ambiente da Alemanha confirmou ontem ter decidido congelar investimentos de até 35 milhões de euros ou nada menos que R$ 156 milhões em projetos de preservação ambiental no Brasil. E registrou o argumento: “A política do governo brasileiro na Amazônia traz dúvidas se o país ainda busca uma redução consistente nas taxas de desmatamento”. Meio tucanado, mas as cifras falam por si.

pingafogo

Só para lembrar, Mauricio Macri, não compareceu à posse de Bolsonaro em 1º de janeiro, embora, depois de muita negociação, foi o primeiro a visitar o brasileiro já no cargo. E Hugo Chávez e Fidel Castro já morreram.

Faltou só uma letra, mas viralizou com força: “Foi o tom do meu último peido”, escreveu o procurador da República Deltan Dallagnol, que muito provavelmente, pelo contexto, queria dizer “pedido”. Nada a acrescentar.

“A única certeza que eu tenho é de que nós não vamos retomar a CPMFna Câmara em hipótese nenhuma.” Só um trecho. Nada mais é necessário deixar tão claro o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Para encerrar, melhor deixar o ministro do Supremo Edson Fachin (foto) fazer o resumo: “Ulysses Guimarães nos falou em um discurso muito citado, em 5 de outubro de 1988: ‘A Constituição não é perfeita, mas ela é uma resposta ao Estado de exceção que saímos, às tentações totalitárias’”.

Sendo assim, é melhor mesmo evitar as tentações ditatoriais que andam rondando em discursos no país. E nem precisa dizer os seus autores. E olha que a semana está só começando… O que mais ainda estava por vir?


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