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De novo, Bolsonaro na direção da Câmara

Falar em arpão e mares revoltos, é grave a crise na Educação. Mais de 2,7 mil bolsas de mestrado e doutorado nas universidades federais foram bloqueados


postado em 05/06/2019 06:00 / atualizado em 05/06/2019 10:29

É a segunda semana consecutiva que o presidente vai pessoalmente à Câmara dos Deputados e andando no trecho entre o Palácio do Planalto e o Congresso. Na semana passada, Bolsonaro decidiu, de última hora, acompanhar parte de uma sessão em homenagem ao humorista Carlos Alberto de Nóbrega. Melhor passar ao motivo de ontem.

“É um projeto que parece que é simples, mas atinge todos do Brasil. Porque todo mundo é motorista ou anda de uma forma ou de outra em um veículo automotor”. Se engana, presidente, porque nem todo mundo é motorista. Meu caso, por exemplo. Já que não sei dirigir automóvel, prefiro, de uma forma ou de outra, algumas palavras ao senhor.

Aliás, eu não. O cacique Raoni cuidou disso antes: “Queremos dialogar com o governo, mostrar a ele que nós, indígenas, não aceitamos o que Bolsonaro pensa sobre nós...” É óbvio que se trata da Floresta Amazônica, aquela que os ruralistas querem porque querem usar na agricultura e tem ainda os garimpeiros.

Se tem gente querendo dialogar, há quem teria preferido ficar em silêncio, mas não teve jeito. Convite, ele não aceitou. Então, foi convocado. Neste caso, não tinha como escapar. Era obrigado a comparecer na audiência pública na Câmara dos Deputados. O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi e levou Moby Dick no bolso do colete.

“O Brasil é uma baleia ferida que foi arpoada várias vezes até parar de se mover. Temos que retirar os arpões, consertar o que está equivocado. Não tem direita e nem esquerda. Precisamos reerguer a economia brasileira”. É, de fato, Moby Dick, a personagem, afundou diversos navios. Guedes, pelo jeito, pegou carona e alegou que só assim vai pôr “o país para andar”, sem navegar em outros mares mais revoltos.

Falar em arpão e mares revoltos, é grave a crise na Educação. Mais de 2,7 mil bolsas de mestrado e doutorado nas universidades federais foram bloqueados. Nem precisava detalhar, mas é o tal contingenciamento dos recursos que deveriam ser repassados a elas pelo Ministério. O vaivém deve continuar. Afinal, é a segunda vez que o MEC tenta diminuir o seu orçamento, já tinha recuado uma vez.

Sendo assim, melhor encerrar por aqui. Afinal, o senador Major Olímpio (SP), que é líder do PSL, o mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro, pretende suspender o recesso parlamentar de meio de ano. “O líder do PSL acredita ser essa a melhor alternativa para que se cumpra o cronograma de votação já construído entre o governo e os partidos que já declararam apoiar à proposta”, terceirizou Major Olímpio, sem assinar o próprio nome na nota.

Rota do dinheiro
No último ano, o Brasil rastreou e bloqueou US$ 222 milhões no exterior (81% ligado à Operação Lava-Jato), mas só US$ 32 milhões foram repatriados, segundo o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça. A demora se deve à velocidade dos trâmites judicias. Só depois de esgotados todos os recursos judiciais é possível repatriar os bens. Para debater estratégias de tornar mais rápido e eficiente o combate à corrupção e a recuperação do dinheiro desviado, Krikor Kaysserlian, do Instituto Brasileiro de Rastreamento de Ativos, participa do 1º Congresso Internacional Iwirc Brasil no Tribunal de Justiça (TJMG), que reunirá, hoje e amanhã, desembargadores e juízes.

É difícil!
Dois terços das punições estabelecidas hoje no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) são graves ou gravíssimas, ficou muito fácil chegar aos 20 pontos. Eu hein, meu caro ministro dos Transportes, Tarcísio Gomes de Freitas! Se com 20 pontos são gravíssimas, que palavra superlativa o senhor vai usar como argumento? Se ele acrescenta que alguns podem pensar que isso aumenta a impunidade, mas é uma avaliação errada, ele próprio já respondeu em seu argumento. Quem sabe ele muda de opinião, já que terá de voltar à Câmara dos Deputados em outra reunião.

Global Greens
“Nós do Partido Verde, juntamente com o governo alemão, sabemos que premiar invasores legais desvia a verba da importante missão de promover projetos propositivos e sustentáveis para a região amazônica”. É claro que envolve o desmatamento da Amazônia para fazendeiros criarem pastagens. Nem vou entrar no mérito, basta repetir o aviso. Na hora em que o mundo civilizado decidir internacionalizar a Floresta Amazônica, não venham reclamar que falta de aviso não foi houve. Os Global Greens ressaltam mais uma vez que “não combater o desmatamento, teria efeito negativo mundial”.

O cafezinho

(foto: PDT/Divulgação )
(foto: PDT/Divulgação )

A bancada mineira teve encontro ontem à noite para tratar da questão envolvendo a “reforma da cafeicultura” com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) nas palavras do anfitrião e também integrante da mesa diretora da Câmara, Mário Heringer (foto) (PDT-MG). O cafezinho não foi a bebida preferida, mas Maia não perdeu a caminhada e aproveitou para pedir o apoio à reforma da Previdência. E olha que Heringer não se meteu na discussão, embora seja, como bom pedetista, contrário a ela. Seguindo orientação do partido.

Feminicídio
O advogado Michel Salim Saud até que tentou, embora esteja preso desde outubro de 2013 e ainda vai a júri popular em São Gonçalo (RJ) sob acusação de ser o mandante do homicídio da mãe de sua ex-mulher, da enteada e do noivo dela, em agosto daquele ano. Só que o ministro e relator do caso, Gilmar Mendes, negou, óbvio, alegando que as decisões proferidas pelas instâncias de origem para negar diligências complementares requeridas pela defesa não apresentam ilegalidade. O crime foi motivado por desavenças de Saud com a ex-mulher.

PINGAFOGO

Devem estar desolados os diplomatas com a decisão do Ministério de Relações Exteriores de fechar duas embaixadas nas paradisíacas ilhas de Dominica e Antígua e Barbuda, no Caribe. E outros três países caribenhos estão em processo de encerramento de suas atividades.

Quem avisou foi o ministro Ernesto Araújo, o que ficou encarregado de dar a má notícia de que ela é necessária para “adequar as necessidades da política externa à realidade de recursos humanos e financeiros”, em suas próprias palavras.

Necessidade de melhorar a articulação para combater as quadrilhas do crime organizado. É claro que todos os 10 candidatos ao cargo de procurador-geral da República concordaram em número e grau de que é preciso aprimorar as investigações que o envolvem.

Os procuradores discutiram fake news, manifestações em redes sociais, proteção ambiental, papel do Tribunal do Júri e prevenção à corrupção. Resta saber como ficará a atual procuradora-geral Raquel Dodge. Não está na lista, mas pode ser a escolhida diretamente pelo presidente Bolsonaro.

Sendo assim, melhor procurar notícias mais agradáveis na política hoje e não entrar em nenhuma lista, seja de candidatos à PGR ou da Odebrecht. Um bom dia a todos, já que ir ao Caribe custa caro, muito caro.

 

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