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Combustível na política

Já que a economia continua no meio do caminho das notícias de ontem, o aumento do salário será de R$ 42


postado em 16/04/2019 06:00 / atualizado em 16/04/2019 07:30

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

O mundo chora o incêndio milenar, quase milenar, porque faltam “apenas” dois séculos para atingir esta marca a Catedral de Notre Dame. Sediada em Paris, ela foi construída em 1.163. Mesmo com o esforço dos bombeiros, por muito tempo a fumaça ainda podia ser vista porque duas torres dos sinos também foram atingidas pelo fogo.

Já aqui no Brasil, havia combustível suficiente na política nacional para que o ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Onix Lorenzoni, convocasse os ministros da área econômica e os palacianos para tentar uma saída por causa da decisão medrosa que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tomou por temer uma nova greve dos caminhoneiros. Tanto que, por videoconferência, também foram convocados a participar – como não poderia deixar de ser – ainda o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy. Ou seja, toda a economia em peso do governo federal.

Falar nisso, já que tinha vídeo, o governo diz ser contra regra de cinemas, aqueles que prestam apoio à produção na montagem e desmontagem de cenários e mudança de figurino de espetáculos, programas, telenovelas, entre outros... Cinematográfica, no entanto, é a notícia de fato, brincadeiras à parte. Afinal, faz bem o governo ao informar ser contrário à regra de os cinemas proibirem o cliente de consumir produto de outra loja.

Já que a economia continua no meio do caminho das notícias de ontem, o aumento será de R$ 42. É isso mesmo, só que o detalhe, a novidade, é que, pela primeira vez o salário-mínimo ultrapassará a centena e chegará a milhar. Vai atingir R$ 1.040. A propósito, os preços dos alimentos essenciais subiram, em março, em 16 das 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

E além disso, não haverá ganho real, aquele que fica acima da inflação. Mesmo que fosse pouco, já ajudaria, mas piorou ainda mais. A medida vai valer para os próximos os dois anos. Uai, o próprio governo não espera que a economia do país possa crescer de forma a dar um reajuste acima da inflação? Haja pessimismo ou, talvez, seja apenas um jogo de cena para fazer o seu comercial depois.

Sendo assim, melhor voltar ao início e lamentar, diante da declaração do porta-voz André Finot já devidamente avisando sobre a Catedral de Notre Dame: “Está tudo queimando, nada restará da estrutura, que data do século XIX de um lado e do XIII do outro”. Já que se trata de uma catedral vale o registro de Jesus na cruz: “Tudo está consumado”.

 

 

Homenagem rejeitada
O Museu Americano de História Natural, em Nova York, nos Estados Unidos, anunciou ontem que não sediará evento organizado pela Câmara de Comércio Brasil-EUA para homenagear o presidente Jair Bolsonaro (PSL). A cerimônia, que vai premiar Bolsonaro como “Pessoa do Ano”, estava marcada para 14 de maio em um dos salões do museu, mas o local será alterado pelos organizadores. “Com respeito mutuo pelo trabalho e objetivos das nossas organizações, nós concordamos que o museu não é o local ideal para o jantar de gala da Câmara de Comércio Brasil-EUA. Esse tradicional evento vai acontecer em outro local na mesma data e horário”, diz o comunicado na tarde deontem. Em 2018, o então juiz Sérgio Moro foi escolhido “Pessoa do Ano” pela Câmara de Comércio. Em 2017 o escolhido foi o então prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB). Também já receberam a premiação o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e o ex-ministro Henrique Meirelles (MDB).

O báratro
Ele falou assim mesmo, usou “báratro” em seu discurso. Leia o trecho: “Esse Senado não pode brincar de faz de conta e ignorar o que se fala nas esquinas deste imenso Brasil. Há na população uma sede de justiça e a gente tem a obrigação de ir ao encontro dessa vontade, sob o risco de desmoralização, de báratro, de precipício, de abismo desta casa, que começou a melhorar de imagem”. Já que o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) não traduziu, a coluna que também não sabia, ensina: é o inferno ou o abismo. Ele usou o termo ao discusar sobre o aumento da aprovação popular do Congresso em recente pesquisa deste ano.

Mexe não!
Que as mulheres petistas unidas jamais serão vencidas. Ainda mais se no meio do caminho tem as as ameaças de morte pelo ainda atual Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL). E fizeram questão de divulgar nota de apoio e solidariedade à colega deputada federal Alê Silva (PSL-MG). E a publicação foi em ordem alfabética: Benedita da Silva (PT-RJ), Erika Kokay (PT-DF), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Luizianne Lins (PT-CE), Margarida Salomão (PT-MG), Maria do Rosário (PT-RS), Marília Arraes (PT-PE), Natália Bonavides (PT/RN), Professora Rosa Neide (PT-MT), Rejane Dias (PT-PI). Brigar com elas é fria.

 

 

Vou descansar
E nada a declarar, não insistam. Fora da agenda oficial do Palácio do Planalto, o ex-ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez foi lá “dar tchau” ao presidente Jair Bolsonaro (PSL). E limitou-se a acrescentar apenas a dizer “Vou descansar. Não dou declarações”. Combustível para isso ele certamente terá. Afinal, Bolsonaro o atendeu durante a reunião que tratava exatamente da política de combustíveis, leia-se o diesel dos caminhoneiros, que tanta confusão ainda está dando.

 

 

PINGA FOGO

“Em nome dos brasileiros, manifesto profundo pesar pelo terrível incêndio que assola um dos maiores símbolos da cultura e da espiritualidade cristã e ocidental, a catedral de Notre-Dame, em Paris. Neste momento sombrio, as nossas orações estão com o povo francês”.

A frase é do presidente Jair Bolsonaro (PSL), mas já que ele se referia ao incêndio na igreja de Paris, melhor ele tratar de ser também um bombeiro por aqui mesmo no Brasil. Afinal, as reformas que ele pretende fazer estarão quentes, bem quentes mesmo no Congresso.

Se precisa de exemplo quentinho, quentinho, os integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados conseguiram inverter a pauta e votar antes o projeto do Orçamento impositivo. Quanto à Previdência, também na pauta, melhor esperar. Sentado de preferência…

Bem, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que é favorável a ela, ressaltou que “foram 100 dias com turbulência, mas o avião já passou”. É, pode ser, mas terá que combinar direitinho com o Centrão. Cadê meus cargos?

Se tem orçamento impositivo, aquele que o governo é obrigado a liberar as emendas parlamentares, o melhor a fazer é esperar para ver o que acontece. Ainda mais com a Petrobras monopolizando as notícias.

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