(none) || (none)

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas ANNA MARINA

Quer fugir dos analgésicos para combater a enxaqueca? Saiba como

Tratamentos não medicamentosos para doença incluem dieta equilibrada e que evite alimentos que desencadeiam as crises, como bebidas alcoólicas


09/09/2022 04:00 - atualizado 09/09/2022 02:33

mulher com as mãos na cabeça simulando enxaqueca
Enxaqueca é uma das quatro doenças crônicas mais incapacitantes, segundo a OMS (foto: Gerd Altmann/Pixabay)


Já sofri muito com enxaqueca. Cheguei a ir a cada 15 dias ao pronto-atendimento para receber medicamentos na veia porque nada fazia a dor diminuir. Há anos consegui estabilizar o problema com ajuda da neurologista Renata Lysia Farneze. Com base em relatórios diários, exames e tentativas de medicações, chegamos ao tratamento preventivo certo, graças a Deus. O importante é evitar ao máximo o uso de analgésicos, porque, quanto mais usamos, mais o organismo pede. E depois que fiz a cirurgia bariátrica melhorou mais ainda.

Na coluna de ontem (8/9), falei da rinoplastia funcional, que ajuda neste problema, e depois vi este material, enviado também pelo médico Paolo Rubez, cirurgião plástico e membro da Sociedade de Cirurgia de Enxaqueca (EUA). Achei importante compartilhar com os leitores, uma vez que muitas pessoas sofrem desse mal.

A enxaqueca crônica é coisa séria e muito sofrida. O problema já foi apontado como uma das quatro doenças crônicas mais incapacitantes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os tratamentos mais comuns incluem o uso de medicamentos, geralmente de uso contínuo e que podem causar efeitos colaterais. Segundo Rubez, o abuso de analgésicos pode ser responsável também por dores de cabeça. Pacientes que apresentam uma frequência grande de crises de enxaqueca são candidatos a fazer tratamento preventivo para que possam ter uma melhor qualidade de vida.

Mas o tratamento não é apenas medicamentoso, envolve também mudanças no estilo de vida, como alimentação equilibrada, boa qualidade de sono e prática de atividades físicas regulares, além de evitar os possíveis gatilhos para as dores. Agora existe também o tratamento cirúrgico e os injetáveis para pacientes que não conseguem um controle adequado do quadro com medicações e alterações comportamentais.

Segundo o médico, existem diversos gatilhos para as crises de enxaqueca e muitas pessoas têm dores, dependendo de como se alimentam. Uma dieta equilibrada e que evite alimentos que desencadeiam as crises, como, por exemplo, bebidas alcoólicas, auxilia no controle da doença e em uma melhor qualidade de vida.

O botox é um dos tratamentos para pacientes que têm enxaqueca crônica. Segundo estudo publicado na Plastic and Reconstructive Surgery, um corpo crescente de evidências apoia a eficácia das injeções de toxina botulínica na redução da frequência das crises de enxaquecas crônicas. O tratamento com a toxina botulínica foi autorizado pela Anvisa em 2011 e já foi alvo de diferentes pesquisas científicas no Brasil e no exterior, comprovando a eficácia do método. As aplicações são feitas em diferentes áreas da cabeça e do pescoço e agem como um bloqueador, impedindo a contração muscular e, por consequência, a compressão dos nervos sensitivos periféricos, devendo ser aplicada a cada três meses. A resposta é muito individual. Existem pacientes que se beneficiam e outros que não têm boa resposta.

Uma outra novidade que Rubez conta, sem muita comprovação de eficácia, é a lipoenxertia (enxerto de gordura) para aliviar os sintomas da dor. O fator de crescimento das células adiposas e o efeito regenerador das células-tronco derivadas do tecido adiposo promovem a formação de novos vasos e isso melhora a inflamação, além de estimular o reparo de nervos danificados. A gordura é do próprio paciente e é retirada anteriormente, por meio da lipoaspiração.

A cirurgia para enxaqueca é pouco invasiva, superficial e consiste na descompressão dos nervos que dão sensibilidade para a cabeça e o pescoço. De acordo com pesquisas, de 80% a 90% dos pacientes que operam apresentam sucesso com o tratamento, sendo que de 30% a 40% ficam totalmente livres de dores. A cirurgia hoje é realizada em diversos países, incluindo o Brasil. Existem sete tipos de cirurgia, sendo que alguns deles podem ser feitos com anestesia local.

(Isabela Teixeira da Costa/Interina) 

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)