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Estresse e ansiedade podem influenciar negativamente pele e cabelo

Excesso de tensão provoca alterações hormonais diversas no corpo e libera algumas substâncias na corrente sanguínea


01/04/2021 04:00

Queda de cabelos e problemas no couro cabeludo podem estar ligados a problemas emocionais(foto: vencendoacalvicie.com/reprodução da internet)
Queda de cabelos e problemas no couro cabeludo podem estar ligados a problemas emocionais (foto: vencendoacalvicie.com/reprodução da internet)

Os leitores desta coluna já devem ter lido aqui que pela sobrevivência e pela idade minha casa transformou-se em casa matriz da família. E como não somos muito obcecados pelas notícias terríveis que envolvem o mundo, tenho sempre um ou outro parente comigo. Agora, por exemplo, tive por uma semana o filho de um sobrinho, que trabalha na carteira de aplicações do Itaú, e que está em regime de home office, apesar de sua sede ser em São Paulo. Passa o dia trabalhando para o banco e à noite estudando, porque quer ir para os Estados Unidos fazer MBA.

Além disso, por causa da idade e da curiosidade sobre medicina, sou uma espécie de informante das dúvidas de todos. A última e mais constante é em relação à queda de cabelo, uma vez que esta é outra praga paralela da COVID. Tenho recomendado um santo remédio, massagens de óleo de rícino no couro cabeludo, que tem dado muito resultado. No último domingo, um sobrinho-neto, preocupado com o aumento da linha da cabeleira na testa, que começou a usar o rícino todos os dias, com a tradicional massagem, me mostrou os fios que estão nascendo. E não são poucos.

“Essa queda de cabelos faz parte do excesso de tensão, que provoca alterações hormonais diversas no corpo e libera algumas substâncias na corrente sanguínea. Isso causa queda na imunidade e torna o corpo mais vulnerável a infecções e outros problemas”, explica Paola Pomerantzeff, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Conheça 7 problemas comuns que o estresse e a ansiedade podem desencadear:

• Acne: Os cravos e espinhas, tão comuns na adolescência, podem surgir na fase adulta como resultado do excesso de tensão. A dermatologista diz que a primeira recomendação é não cutucar os cravinhos e as espinhas, pois os micro-organismos presentes nas unhas podem causar um processo inflamatório na acne. “Para tratar o quadro, porém, o médico deve investigar toda a parte hormonal, os hábitos de vida, a alimentação e as situações de estresse”, afirma.

• Alergias: Urticária, psoríase, dermatite seborreica, herpes... Todos esses problemas podem ser desencadeados pelo estresse emocional. “A urticária nervosa pode trazer sintomas como coceira intensa em todo o corpo. Esses sintomas acontecem em pessoas que já têm predisposição para a urticária, e o estresse emocional acaba por exacerbar a situação”, diz a médica. A psoríase é uma doença de base genética, também agravada pelo estresse. Quanto à dermatite seborreica, segundo a médica, são lesões descamativas que podem atingir o couro cabeludo e o rosto, principalmente na zona T (região que compreende a testa, o nariz e o queixo). Elas aparecem na forma de vermelhidão, com ou sem coceira. No couro, é a popular caspa. Por fim, o herpes: “É uma infecção causada por um vírus presente em cerca de 90% da população, mas é ativado apenas em algumas pessoas, principalmente em situações de estresse”.

• Pele mais frágil: A médica explica que nos casos mais alarmantes de estresse a pele pode ficar mais fina e frágil. No entanto, segundo ela, está mais visivelmente associada à síndrome de Cushing – doença provocada pela alta concentração do hormônio cortisol e que traz diversos outros sintomas, como depósitos de gorduras no corpo, estrias, cicatrização lenta e acne.

• Prejuízo à cicatrização: “O estresse e a ansiedade podem tornar mais difícil a cicatrização de ferimentos, já que mudanças no nível de cortisol influenciam na rapidez com que as feridas cicatrizam. Os tratamentos estéticos também podem ser prejudicados, pois a pele pode ter uma dificuldade de se regenerar”, detalha Paola.

• Olheiras: Quem já passou uma noite maldormida, ou costuma ter sono conturbado, sabe que, além do cansaço, sono e fadiga durante o dia, as olheiras também se acentuam de maneira significativa. Têm origem genética, mas podem também ter causas extrínsecas, como o estresse.

• Linhas finas e rugas: “O estresse e a ansiedade prejudicam as células da pele e seu processo de renovação, já que encurtam os telômeros (capas protetoras dos cromossomos que têm como função preservar o DNA). A consequência disso é a aceleração do envelhecimento. Tabagismo, baixo consumo de água, falta de uso de hidratantes, dieta rica em açúcares e gorduras e exposição à poluição também propiciam os sinais”, diz.

• Problemas no couro cabeludo e queda de cabelo: Muitas vezes confundida com a calvície ou atribuída à falta de cuidado com os cabelos, a perda dos fios e a saúde do couro cabeludo também podem estar ligadas a problemas emocionais. Entretanto, Paola diz que não necessariamente ocorre perda de cabelo de um dia para o outro. “No caso do eflúvio telógeno (condição que altera a saúde do couro cabeludo e o ciclo natural dos fios), a queda de cabelo excessiva pode acontecer em até três meses após um evento estressante. Em condições normais, 85% dos cabelos estão na fase anágena, quando os fios crescem”, completa. Outra consequência do estresse nos cabelos é o aparecimento dos indesejáveis fios brancos.

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