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Mundo discute até onde vai a liberdade sentimental e a união entre gays

Casamento entre casais homossexuais tem abordagens parecidas em diversos países


24/03/2021 04:00 - atualizado 24/03/2021 09:24

Daniel Pegoraro, diretor de produto, estilo e imagem, afirma que a decoração de seu apartamento retrata 'o amor e a identidade' que tem com seu parceiro(foto: REVISTA VOGUE/DIVULGAÇÃO)
Daniel Pegoraro, diretor de produto, estilo e imagem, afirma que a decoração de seu apartamento retrata 'o amor e a identidade' que tem com seu parceiro (foto: REVISTA VOGUE/DIVULGAÇÃO)

Assunto que percorre o mundo com a mesma constância que a pandemia, a união entre gays tem abordagens parecidas em diversos países. A coluna reuniu quatro opiniões bem legais:

• Primeiro caso: Quando Andjela se ajoelhou e pediu Sanja em casamento há dois anos, em Belgrado, não podia imaginar que um dia poderia se casar com o amor de sua vida. O casal espera dar esse passo graças a um projeto de lei que reconhece a união civil entre pessoas do mesmo sexo, uma vitória para a comunidade LGTB contra a homofobia.

Na Sérvia, a primeira-ministra é assumidamente gay, mas, como acontece em muitas sociedades patriarcais dos Bálcãs, a comunidade LGBT vive, em geral, com medo.

Andar de mãos dadas em público? Algo impensável para a maioria dos casais do mesmo sexo. Em pesquisa publicada em 2020 pelas ONGs de defesa dos direitos humanos IDEAS e GLIC, quase 60% das pessoas LGTB afirmam ter sofrido violência física ou emocional no período de 12 meses.

• Segundo caso: Prevista para ser aprovada na primavera, a lei concederia aos casais gays avanços em questões como herança, plano de saúde ou compra de propriedades, mas não no direito de adoção. Nos Bãlcãs Ocidentais, apenas Croácia e Montenegro têm leis semelhantes.

Há muito tempo, a poderosa Igreja Ortodoxa Sérvia influencia as questões LGBT, chegando a classificar o Orgulho de Belgrado de "marcha da vergonha". A instituição parece, no entanto, também estar evoluindo. Seu novo chefe, o patriarca Porfirije, se distanciou do tradicional discurso discriminatório, declarando sua empatia pela comunidade, apesar de a Igreja não considerar a união de homossexuais como matrimônio.

• Terceiro caso: O Vaticano esclareceu que para a doutrina da Igreja Católica a homossexualidade é "um pecado" e que os padres não podem abençoar essas uniões, em texto divulgado pela Congregação para a Doutrina da Fé.

A instituição encarregada de preservar o dogma católico abordou a questão por meio de uma pergunta que muitos católicos fazem: "A Igreja tem o poder de conceder a bênção a uniões de pessoas do mesmo sexo?" A resposta foi direta e clara: "Negativo".

Num documento assinado pelo cardeal Luis Ladaria, prefeito da Congregação, conhecida no passado como Santo Ofício da Inquisição, constata-se que "em alguns ambientes eclesiais, projetos e propostas de bênçãos para união de pessoas do mesmo sexo estão sendo difundidos".

O documento lembra que, para a Igreja, "Deus nunca cessa de abençoar seus filhos", mas "não abençoa e não pode abençoar o pecado", insiste a entidade. O texto foi aprovado pelo papa Francisco, cuja posição sobre a homossexualidade é menos contundente.

Há cinco meses, Francisco disse em uma entrevista que "as pessoas homossexuais têm o direito de estar dentro de uma família" e que devem ter o direito de ser cobertas legalmente, o que gerou polêmica. Mais tarde, o próprio Vaticano especificou que o papa não questionou o dogma do casamento entre um homem e uma mulher e que estava se referindo às leis adotadas pelos Estados.

• Quarto caso: Daniel Pegoraro e Bruno Maduro. O último réveillon marcou o primeiro aniversário de casamento de Daniel Pegoraro, diretor de produto, estilo e imagem da Breton, e o publicitário Bruno Maduro. Teria sido celebrado no Nordeste – um plano cautelosamente deixado de lado devido ao recrudescimento da pandemia. Nem por isso a virada se fez menos especial para eles, que acabaram comemorando a data em seu lugar preferido no mundo: o apartamento de quase 240 metros quadrados em que moram há pouco mais de um ano, na capital paulista. Se o imóvel da década de 1970 nos Jardins despertou interesse à primeira vista, os motivos falam por si.

"São apenas 13 apartamentos no prédio, um por andar. Não há porteiro. É tudo eletrônico, o que favorece muito nossa privacidade", enumera Daniel. No fim de 2019, os então namorados mergulharam na empreitada de preparar o espaço a fim de abraçar uma rotina sob o mesmo teto, com décor capaz de acolher os gostos de cada um. "Bruno adora preto e eu, cinza. Então, criamos nossos 50 tons de cinza!", brinca. "Juntamos as duas cores nos acabamentos, no mobiliário e nos objetos."

O arquiteto Jayme Bernardo, amigo de Daniel, ajudou na missão de conciliar as preferências do casal e dar vida ao novo lar. "Nossa casa retrata nossa união", resumem. "É para onde queremos voltar, mesmo depois de estar em um destino maravilhoso ou luxuoso. É aqui que conforto e aconchego se traduzem em amor e identidade."

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