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Labirintite e diabetes: o que as duas enfermidades têm em comum?

Mesmo com crises de hipoglicemia controladas, uma vez ou outra elas podem bater no labirinto e aí é preciso recorrer a tratamentos modernos para reconquistar a estabilidade


postado em 10/10/2019 04:00 / atualizado em 09/10/2019 18:41

E cá estou eu mais uma vez enfrentando o computador, como fazia nos áureos tempos em que esse progresso chegou ao jornal e me entregaram o primeirão para ver como é que eu me saía. Aposentei até as máquinas de escrever antigas, duas que achei recentemente numa razzia que promovi nos guardados sem rumo, de armários abarrotados. Melhor que voltar, é estar firme nos calços por obra e graça de um craque, Humberto Afonso Guimarães, otorrino que trata de distúrbios de movimento, a quem recorro toda vez que os pés não acompanham a cabeça (porque já cansei de falar aqui, é a cabeça que manda nos pés).

O ataque de labirinto foi, até aqui, liquidado em uma ou duas seções de manipulação da cabeça. Um tratamento que só quem já fez pode avaliar como é. Com todo o cuidado, o médico manipula sua cabeça em algumas posições e, quando retoma uma posição X, é a mesma coisa que você estar mergulhando num poço sem fundo. A sensação é a mesma, penso às vezes que é assim que deve se sentir quem pula bem do alto em busca do descanso eterno. No vira a cabeça pra cá, vira a cabeça pra lá, o dr. Humberto confere como é que as pupilas estão se movimentando. E com sua sabedoria, vê claramente como é que o labirinto reagiu à manipulação. As pupilas rodam, mostrando o estado do labirinto lá dentro da cabeça. Parece até coisa de mágico, se não fosse uma apurada técnica médica.

Essa história de labirinto tem várias conotações e uma delas, que todos conhecem, é que é o resultado de um excesso de preocupação, tensão e outros males da vida moderna. Pode ser até que seja, e muitas vezes é, mas, agora, descobri outra causa, e não gostei nada dela. Quando tinha uma crise e corria para ter meu equilíbrio estabelecido por Humberto Guimarães, as manipulações nunca passavam de duas. Algumas com resultado violento, precisava acompanhamento para chegar em casa, mas no mesmo dia tudo chegava nos eixos.

Essa crise nova foi uma canseira só, para mim e para o médico, que não conseguia obter o resultado tradicional – e esperado. E lá fomos nós, numa sequência de sete dias de manipulação. Até que um dia, quando o resultado foi melhor, ele resolveu avaliar comigo a demora do tratamento. E completou que o labirinto não estava tão “prestativo” como devia estar por uma outra razão influenciadora direta: o diabetes, que carrego há anos e anos (30), tratado pelo dr. Walter Caixeta com o maior sucesso. Mas os dois pobres médicos que me atendem não podem dominar a marcha do tempo. E, ao chegar na idade em que estou, é claro que o organismo se ressente de problemas que, em outros tempos, passavam de leve. E mesmo tendo as crises de hipoglicemia controladas, uma vez ou outra elas batem lá no labirinto e pronto – é difícil uma manipulação dar conta do recado.

Com a novidade, Humberto Guimarães me enviou para outra craque da estabilidade, Angela Bessa, que atualmente só cuida do assunto, não só por aqui como também em vários países. Angela, que já conheço desde os tempos em que começou sua vida de fisioterapeuta, carreira que completa brilhantemente com vários períodos de estudos nos craques do mundo, tem o que parece que ninguém mais tem por aqui: uma série de aparelhos que, uma vez colocados em sua cabeça e que têm controles eletrônicos, registram exatamente o que acontece por dentro dela. Junto com o resultado dos exames feitos por Angela, que são entregues no mesmo dia, Humberto Guimarães confirmou seu diagnóstico: o diabetes está combinando com o labirinto. Por enquanto, estou firme e forte – de alta nas manipulações. Se o problema continuar, conto aqui o que é que vai ocorrendo. Porque não devo ser a única com essa chatice me impedindo de trabalhar.

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