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Estado de Minas

O incômodo da enxurrada de e-mails sem sentido

Em tempos de informações variadas, agências disparam conteúdos que vão de anúncios e produtos para pênis até ofertas de vinhos de forma desproporcional


postado em 11/09/2019 04:00



Que os leitores desculpem minha ignorância, mas não sei quanto é que faturam essas agências que colocam de um tudo nos e-mails. O meu, no jornal, chega todos os dias a receber praticamente umas 300 informações variadas, que são deletadas totalmente – com raras, raríssimas exceções. Duas delas são especialmente constantes e a cada dia que passa se tornam mais explícitas, as informações vão ganhando até um vocabulário mais para o factual. Anunciam tudo que existe no comércio, tudo que é possível fazer para reformar, reforçar, modificar, dar força e constância ao pênis. Pode? Será que quem envia esses e-mails não imagina que jornal não é canal de escoamento desse tipo de informação? Pela quantidade, imagino que o retorno será negativo, uma vez que se for prontamente atendido o estoque dos produtos anunciados acaba em todos os pontos de comércio.

Não consigo entender como é que a vida sexual ganhou essa força nesse tipo de informação e as mensagens, que me recuso a registrar aqui, se prendem a um princípio curioso: as mulheres andam penando no setor, por falta de comparecimento dos parceiros. Os produtos anunciados vão de pílulas e unguentos, de pomadas a supernovidades, lançadas aqui, nos Estados Unidos, sabe mais Deus onde. O número de mensagens é tão grande que, se for avaliado, pode até indicar que as coisas não andam muito boas para os homens brasileiros. Fico sempre imaginando qual é a linha de informação publicitária que provoca esse tipo constante, diário e farto de divulgação. O retorno que as agências recebem não deve ser pequeno.

Outro volume grande de e-mails é o do comércio de vinhos. Depois que a bebida chegou à mesa do brasileiro com mais constância, a divulgação de vinhos tornou-se uma tempestade. Gosto de me lembrar do tempo em que os brasileiros gostavam daquele vinho português Mateus Rosé, que era o máximo por aqui e uma bebida de segunda em Portugal. A garrafinha de vidro escuro, com as duas alcinhas, era uma atração naquele tempo em que o vinho, mesmo o português, não era conhecido por aqui. Os e-mails que chegam, pelo que anunciam, parecem serem destinados a quem quer comprar qualquer vinho, o que não é pecado e pode ser um princípio de educação do paladar, mas vamos lá. Precisam ser tantos?

Quem é que perde tempo de sair de casa em busca de vinho anunciado a R$ 25 a garrafa? Qualquer mercearia ou padaria vende vinhos nesse preço, melhores ou piores. O certo é que as ofertas diárias em diversos pontos de venda de vinhos lotam qualquer e-mail. E tem um detalhe curioso: os vinhos nacionais, alguns até com boa saída e boa qualidade, não fazem parte dessa divulgação.

BAZAR SOLIDÁRIO 

De hoje até sexta-feira (13), está sendo realizado o 4º Bazar Solidário da Fundação CDL, braço social da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). O evento será na sede da CDL/BH, na Avenida João Pinheiro, 495, Bairro Boa Viagem. O bazar é aberto ao público, com entrada gratuita, e funcionará das 12h às 19h nesta quarta (11), e das 9h às 19h, na quinta (12) e sexta (13). O bazar facilitará a compra de peças de grife e marcas renomadas que já confirmaram presença. Todos os itens serão vendidos por preços acessíveis. O público poderá adquirir desde roupas e calçados – femininos e masculinos – até acessórios como chapéus, lenços e bijuterias. Toda a arrecadação será destinada ao programa Brincadeira é Coisa Séria, que constrói brinquedotecas em instituições de acolhimento de Belo Horizonte, organizações não-governamentais (ONG’s), creches e hospitais com atendimento infantil.

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