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Estado de Minas MERCADO S/A

Empresas pressionam por reabertura, mas vão faltar clientes

Executivos do setor privado, como shopping centers, parecem ignorar a realidade, ao pedir a volta à atividade enquanto a população vê sua capacidade de consumo prejudicada por redução de empregos e corte de salários


postado em 04/05/2020 04:00 / atualizado em 05/06/2020 11:33

Outra dificuldade que as empresas terão para vender seus produtos deve ser o temor dos brasileiros de provocar aglomerações mesmo passado o isolamento social para conter a disseminação do novo coronavírus(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press 16/1/18 )
Outra dificuldade que as empresas terão para vender seus produtos deve ser o temor dos brasileiros de provocar aglomerações mesmo passado o isolamento social para conter a disseminação do novo coronavírus (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press 16/1/18 )
Empresários de diversos setores têm pressionado as autoridades para que reabram o comércio. Em São Paulo, os donos de shoppings direcionam as críticas ao governador João Doria, que defende o isolamento social e as restrições de funcionamento das lojas até que a curva de contaminação diminua. Na semana passada, os executivos procuraram o secretário da Fazenda paulista, Henrique Meirelles, na esperança que ele possa convencer Doria a mudar de ideia. Até agora, não convenceu. Nessa disputa, os empresários parecem ignorar a realidade. Mesmo se os shoppings reabrirem, faltarão clientes. E por duas razões principais. A primeira: com medo do coronavírus, as pessoas talvez evitem aglomerações. A segunda: como muitas empresas demitiram e cortaram salários, a renda média do brasileiro despencou na crise – o que significa, portanto, menos compras. Os empresários deveriam perguntar a amigos e familiares se eles estão sedentos para ir ao shopping. Provavelmente a resposta será não.

Kopenhagen bate meta na Páscoa

As empresas estão se virando na crise do coronavírus. Dono de marcas como Kopenhagen (foto) e Chocolates Brasil Cacau, o Grupo CRM transformou suas lojas fechadas em centrais de delivery. Deu certo. Segundo a presidente Renata Moraes Vichi, a meta era girar na Páscoa algo como 40% do portfólio. Com a ajuda dos franqueados e dos canais digitais, o número foi muito além. “Giramos 91,8%, o que foi excepcional”, diz Renata. O objetivo agora é repetir a operação de guerra no Dia das Mães.
 

''A pandemia não pode servir de motivo para o Brasil deixar de abrir a economia. Se nós nos isolarmos e acharmos que isso vai salvar a indústria nacional, será um erro''

Zeina Latif, economista

 

“O mundo que conhecíamos acabou”

O presidente da C&A, Paulo Correa, fez um duro diagnóstico sobre os impactos da quarentena no comportamento do consumidor. Em videoconferência, ele disse que “aquele mundo do dia 18 de março, quando começamos a fechar nossas lojas, não existe mais.” O executivo prosseguiu. “A sociedade está sendo submetida a um trauma muito grande, que é ficar trancada em casa. Isso vai trazer implicações profundas nos hábitos do consumidor. Vai surgir um novo mundo, com novas empresas, produtos e serviços.”


“Escritórios deverão ser mais acolhedores”

Não vai ser fácil abandonar o home office quando a pandemia acabar. É isso o que diz o presidente do Grupo Boticário, Artur Grynbaum. Segundo o executivo, os ambientes profissionais precisam mudar. “As pessoas descobriram que trabalhar em casa funciona”, afirmou o executivo em videoconferência. “Isso vai alterar a relação dos funcionários com o local de trabalho. Os escritórios deverão ser mais acolhedores e inspiradores.” Grymbaum revelou que pretende reconfigurar os escritórios do Boticário.

US$ 137 bilhões

é quanto a Berkshire Hathaway, empresa de investimentos do bilionário americano Warren Buffett, tem em caixa. É um recorde na história da companhia. Buffett diz que não comprou ações na queda das bolsas porque não encontrou papéis com preços atrativos.

RAPIDINHAS

• O mercado de seguros avançava em ritmo forte no início do ano. Em fevereiro, o crescimento anualizado da arrecadação foi de 12,7%. Segundo Marcio Coriolano, presidente da CNseg, os números vão continuar positivos no primeiro semestre porque o mercado será beneficiado pelos contratos firmados antes da pandemia.

• No pós-coronavírus, os seguros de vida e de saúde tendem a ser os mais afetados em função dos óbitos e afastamentos por internações. Na quarta-feira, Marcio Coriolano e os CEO das líderes do setor (Edson Franco, da Zurich; José Ferrara, da Tokio Marine, e Luiz Gutierrez, da Mapfre) debatem, em videoconferência, esses e outros assuntos no endereço eventos.cnseg.org.br.

• A digitalização dos bancos acelera na crise. Em abril, o aplicativo do Itaú Exemplo quebrou recorde de downloads. No mês, a média diária de usuários Android que baixaram o app foi 43% mais alta do que no primeiro trimestre do ano. No dia de maior pico, o número de downloads foi 128% acima do usual.

• A Escola de Engenharia da Universidade de Oklahoma (EUA) utiliza um software de simulação da empresa ESSS, de Florianópolis, para modelar inaladores usados em tratamentos de doenças respiratórias. Há 25 anos no mercado, a ESSS nasceu no laboratório de pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

 

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