Vitor Lucas Batista da Silva foi condenado a 13 anos de prisão, em regime fechado, por homicídio qualificado e ocultação de cadáver -  (crédito: Reprodução/TJMG)

Vitor Lucas Batista da Silva foi condenado a 13 anos de prisão, em regime fechado, por homicídio qualificado e ocultação de cadáver

crédito: Reprodução/TJMG

O homem acusado de matar a companheira e jogar o corpo num córrego, em Belo Horizonte, foi condenado, nesta terça-feira (7/5), a 13 anos de prisão em regime fechado. O crime, ocorrido em janeiro de 2023, teria sido motivado por desavenças envolvendo tráfico de drogas. O acusado confessou o crime.

 

Vitor Lucas Batista da Silva, conhecido como "Vitim", matou a sua companheira, Fabíola Barbosa Magalhães, conhecida como 'Lora', a mando do líder do tráfico da Ocupação Fidel Castro, no bairro Novo das Indústrias, na regional Barreiro, onde o casal morava.

 


A motivação

 

Fabíola, que traficava drogas na ocupação, foi acusada pelos criminosos da região de "dar derrame", gíria para quando o traficante consume a droga que deveria vender.

 

Além disso, ela teria comprado drogas em outras bairros, adulterado e vendido na ocupação. Essas atitudes teriam irritado o líder do tráfico na região, Wilian Mendes Barbosa, conhecido com 'Madruga'. De dentro da penitenciária, ele ordenou o assassinato de Fabíola.

 

O crime

 

No dia 3 de janeiro de 2023, Wilian e Yvenayder Marseille, conhecido como 'haitiano', abordaram Fabíola perto da casa onde morava, a espancaram e esfaquearam. Depois de morta, a vítima foi arrastada para o Córrego Bonsucesso, próximo dali.

 

No dia seguinte, o corpo, levado pela correnteza do córrego, foi encontrado às margens da BR-040, no bairro Betânia. Os próprios policiais militares, acionados por funcionários da concessionária da rodovia, reconheceram o corpo da Fabíola - ela já era conhecida pelo tráfico de drogas na Ocupação Fidel Castro.

 

Horas depois, no dia 5 de janeiro, Wilian foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas. Na ocasião, ele confessou aos militares que matou a sua companheira usando uma faca e uma pedra.

 

O julgamento

 

Vitor e Wilian, executor e mandante, foram denunciados por homicídio qualificado, por motivo torpe, com emprego de meio cruel e utilizando recurso que dificultou a defesa da vítima, e ocultação de cadáver. Yvenayder, que participou da execução, morreu no mês do crime e, portanto, não chegou a ser denunciado.

 

O processo de Vitor foi desmembrado e, na manhã desta terça-feira, o Conselho de Sentença do 2º Tribunal do Júri de BH o sentenciou a 13 anos de prisão em regime fechado. Conforme decisão da juíza Marcela Decat, ele não poderá recorrer em liberdade.

 

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