Fossa da fazenda São João tem oito metros de profundidade -  (crédito: CBMMG)

Fossa da fazenda São João tem oito metros de profundidade

crédito: CBMMG

A Superintendência Regional do Trabalho em Minas (SRT-MG) apura as causas de um acidente que vitimou três trabalhadores em Varjão de Minas, município próximo a Patos de Minas, no Noroeste de Minas Gerais. Eles foram vítimas de sufocamento por gás tóxico em um fosso de chorume na Fazenda São João, de propriedade da DB Agropecuária, situada no KM 351 da BR-365, na zona rural da cidade. Os homens, de 34, 36 e 37 anos, foram sepultados, na tarde deste sábado (4/5), no Cemitério Municipal de Varjão de Minas.

 

O resgate foi realizado pelo Corpo de Bombeiros, mas, segundo a SRT-MG, ainda não se tem informações sobre o uso de equipamentos de segurança apropriados para atividades em espaço confinado, como ficou caracterizado no lugar do incidente. A superintendência enviou auditores fiscais para verificar as condições do local e as circunstâncias das mortes. Novas informações serão divulgadas após o trabalho dos auditores.

 

Conforme o boletim de ocorrência, o primeiro trabalhador a entrar na fossa estaria fazendo o desentupimento dos dejetos de criação de suínos. Um colega de trabalho tentou resgatá-lo, mas também perdeu a consciência. Com isso, um terceiro trabalhador, para socorrer os demais, também entrou no fosso e desmaiou. O socorro foi solicitado por outros trabalhadores, que não deixaram mais ninguém entrar no fosso.

 

Usando equipamento adequado (roupas de proteção e aparelho respiratório), os bombeiros acessaram as vítimas em segurança e fizeram amarrações para a retirada delas. O guincho da empresa foi utilizado em apoio para o içamento dos trabalhadores.

 

Na sequência, foram realizadas manobras de ressuscitação cardiopulmonar, mas os trabalhadores tiveram a morte atestada pelo médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) ainda no local. A perícia da Polícia Civil também foi acionada. A DB Agropecuária lamentou, em nota, as mortes.

 

*Com informações de Ivan Drummond e Bruno Luis Barros