Cinco meses depois das eleições municipais, eleitores de três cidades mineiras retornam às urnas em 12 de março para escolher o novo prefeito. As eleições suplementares vão ser realizadas em Alvorada de Minas, Ervália e São Bento Abade, onde os prefeitos – eleitos em outubro passado – foram cassados por problemas no registro das chapas e com as contas de gestões passadas.
O pleito acontece nos mesmos moldes das eleições de 2016, com votação das 8h às 17h, mas com período de campanha mais estreito: começou no dia 11 e segue até 10 de março. Podem votar nas eleições somente os eleitores aptos para o pleito anterior. Quem se alistou na cidade depois desse prazo está impedido de votar. A diplomação está prevista para ocorrer em 31 de março e a posse logo em seguida.
Em todo o Brasil, já estão marcadas eleições suplementares em 23 cidades nos meses de março e abril. Em outros 18 municípios mineiros a posse dos eleitos em outubro ainda está sob análise. Todos foram cassados pela Justiça Eleitoral local, mas recorreram da sentença. Se ela for confirmada pelas instâncias superiores, novas eleições serão marcadas ainda para este ano.
Em Alvorada de Minas, cidade com 4.267 eleitores, são três candidatos. Com chapa pura concorrem Carlos Frederico Caldeira de Abreu e o vice Vandeir Pimenta Moreira, pelo PMDB. Pela Coligação Unidos por Alvorada, disputam Cleber Bosco Padilha (PTdoB) e o vice João Pedro de Oliveira Lima (PHS). Vitor Hugo Ferreira dos Santos (SD) e Cristiano José de Aguiar (DEM) concorrem pela Coligação Unidos com a Força do Povo. Dos seis candidatos concorrentes, apenas Cristiano José de Aguiar participou das eleições de 2016, sendo eleito vereador. O candidato a prefeito mais votado, Danilio Cléssio Ferreira (PTB), teve seu registro indeferido porque, apesar de ter se desincompatibilizado do cargo de secretário municipal, não se afastou de fato das funções, o que o tornou inelegível.
Em Ervália, na Zona da Mata, são dois candidatos disputando 16.472 votos. Pela Coligação Unidos por Ervália, Alex Ruela de Almeida (PSDB) e seu vice, Luciano Caetano de Andrade (PSDB). A disputa será contra Eloisio Antonio de Castro (DEM) e o vice José Mauro Godinho (PT), candidatos pela Coligação Rumo aos novos Tempos. O candidato Eloisio concorreu nas eleições de outubro de 2016 como vice na chapa que venceu nas urnas. Porém, o então candidato a prefeito Edson Rezende foi declarado inelegível por ter tido contas de uma gestão passada à frente da prefeitura rejeitadas pela Câmara Municipal.
Em São Bento Abade, no Sul de Minas, são três chapas registradas. O PDT concorre isoladamente com os candidatos José Roberto Furtado e seu vice Lauro Izidoro da Silva. Jane Rezende Silva Elizei (PT) e Adélio Brasileiro de Castro, pela Coligação Renovar para Crescer. Os candidatos Eneias Machado de Souza (PTB) e o vice Luiz Alberto Rosa (PR) são da coligação Renovar. A candidata Jane Silva é irmã da candidata que venceu nas urnas em 2016, Janete Silva, considerada inelegível pelo TSE por ter tido também contas de sua gestão passada rejeitadas. Adélio Castro foi candidato a vice na chapa de Janete. José Roberto e Eneias Souza – e seus respectivos vices – concorreram também nas eleições de 2016 para o cargo de prefeito. São Bento Abade tem 3.894 eleitores.