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Estado de Minas

Partidos desafiam a crise nas eleições de 2016

Apesar do descrédito dos políticos, legendas esperam ampliar número de vereadores na Câmara de BH na eleição de outubro. Pulverização partidária dificulta formação de bancada grande


postado em 04/07/2016 06:00 / atualizado em 04/07/2016 08:47

Plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte: as 41 cadeiras de vereadores estão distribuídas entre 21 legendas(foto: Divulgação/CMBH - Câmara BH)
Plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte: as 41 cadeiras de vereadores estão distribuídas entre 21 legendas (foto: Divulgação/CMBH - Câmara BH)

Apesar da grave crise política, os partidos com maior representação na Câmara Municipal de Belo Horizonte pretendem aumentar as suas bancadas. A três meses da eleição – marcada para 2 de outubro –, a expectativa da maioria deles é de eleger pelo menos um parlamentar a mais em relação ao pleito de 2012. Embora as metas sejam otimistas, dirigentes admitem o desgaste das legendas e reconhecem que não será uma missão fácil, ainda mais numa Câmara em que as 41 cadeiras estão dispersas entre 21 legendas.

Partidos estão adotando as mais variadas estratégias para alcançar essa meta. Entre elas, estão o investimento em cursos de formação política para os aspirantes a vereador, além da formação de chapas com candidatos considerados mais competitivos. O lançamento de candidatura própria na disputa para prefeito também tem sido tido como ponto forte para aumentar a presença na Câmara de BH. No alvo de uma série de investigações e com a presidente Dilma Rousseff (PT) afastada, o PT aposta na história de militância que construiu em BH, que sempre garantiu ao partido uma das maiores bancadas no Legislativo da capital mineira. “O problema de rejeição do PT não é diferente dos demais partidos. É o momento de  assumir eventuais problemas, mas a qualidade dos candidatos do PT e as propostas colocam o partido em grande vantagem”, afirma o presidente do diretório municipal, o deputado federal Gabriel Guimarães.

No último pleito, o partido conquistou seis vagas na Câmara, tornando-se a maior bancada, ao lado do PSB do prefeito Marcio Lacerda. Recentemente, a legenda perdeu Tarcísio Caixeta e Silvinho Rezende, que migraram para o PCdoB e o PSB, respectivamente, ficando com quatro cadeiras.“Temos centenas de interessados em ser candidatos pelo PT. Nossa chapa será de uma qualidade muito grande. Nas eleições passadas, fizemos seis vereadores e não tínhamos o governo do estado. Hoje, já temos e podemos falar de resultados”, afirma.

Os planos do PSDB são ousados frente aos resultados das eleições passadas, quando o partido conquistou apenas uma cadeira na CMBH. Ao longo da legislatura, os tucanos conseguiram cooptar nomes e hoje são cinco vereadores representando a legenda. “Queremos ter seis ou sete vereadores”, afirma o presidente municipal do PSDB, Reinaldo Alves Costa, reconhecendo que o momento de desgaste exige “refundação” de todos os partidos.

Segundo ele, a candidatura própria, com o nome do deputado estadual João Leite como pré-candidato, vai impulsionar o bom desempenho. “O partido entendeu que não poderia deixar de ter candidato depois de duas eleições sem nem sequer um vice. Nas eleições passadas, não termos candidato a prefeito foi um desastre. O candidato aumenta o apelo do número 45 durante a campanha”, diz.

O PSB de Lacerda está com pés no chão e acredita que as eleições podem surpreender. “Se olhar BH, somente o nível de abstenção foi maior que 30%. Se, no mínimo, se repete nessa eleição, podemos ter surpresas quanto à quantidade de votos necessários para fazer um vereador”, afirma. O presidente do diretório municipal, Pier Giorgio Senesi Filho, aposta numa matemática para emplacar pelo menos seis nomes. “O PSB fez seis vereadores em 2012. Hoje temos oito, mas serão provavelmente sete deles que vão se candidatar. Esperamos repetir a dose de 2012”, reforça.

PULVERIZAÇÃO
Um dos desafios para os partidos é a fragmentação partidária na Câmara de Belo Horizonte. As 41 cadeiras são divididas entre 21 legendas, sendo que apenas oito delas contam com mais de um parlamentar. Atualmente, existem 35 partidos no Brasil, cinco criados depois de 2012. “É muito difícil fazer uma bancada grande, pois são muitos partidos competindo. A Câmara fica muito pulverizada”, afirma o veterano na CMBH, o vereador Ronaldo Gontijo (PPS), que depois de seis mandatos se despede do cargo. Apesar de não concorrer, Gontijo, presidente municipal da legenda, está envolvido na campanha, com o foco em aumentar a bancada de dois para três vereadores. “PPS preparou um ano atrás um curso de formação política. Estamos com representantes de conselhos, médicos, pessoas que geralmente têm votação razoável”, diz.


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