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Estado de Minas

Clima está tenso entre aliados do governo Fernando Pimentel

Demora do governo petista em liberar as nomeações para cargos em secretarias e diretorias de empresas tem deixado os partidos da base, como o PMDB, insatisfeitos


postado em 24/02/2015 06:00 / atualizado em 24/02/2015 07:33

Odair Cunha se reúne nesta terça-feira com a bancada governista para tratar dos cargos do segundo escalão(foto: Crisitina Horta/EM/D.A Press)
Odair Cunha se reúne nesta terça-feira com a bancada governista para tratar dos cargos do segundo escalão (foto: Crisitina Horta/EM/D.A Press)

A bancada governista se reúne nesta terça-feira com o secretário de Governo Odair Cunha (PT). Na pauta, os cargos do segundo escalão que aguardam autorização do Executivo para serem preenchidos e a nova reforma administrativa que será enviada pelo governo à Assembleia nos próximos dias. Partidos aliados já estão em rota de colisão com o governo por causa da demora na nomeação para cargos de confiança e também por conta dos rumores de que as mudanças que o governador Fernando Pimentel pretende fazer na estrutura administrativa vão esvaziar as pastas que não são comandadas pelo PT. De acordo com integrantes do PMDB – segundo partido com o maior número de secretarias no governo, seis ao todo, atrás apenas do PT –, rumores dão conta de que a Secretaria de Agricultura e Abastecimento vai perder a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e também a Fundação Rural Mineira (Ruralminas). Essas duas instituições podem passar a ser vinculadas à Secretaria de Reforma Agrária, cujo titular será o petista Glênio Rocha, ligado ao deputado federal Reginaldo Lopes (PT), ou então ficar diretamente vinculadas à Casa Civil. Isso explicaria o fato de até hoje as duas pastas estarem sob o comando de gestores nomeados pelo governo passado.

O presidente da Emater, José Ricardo Roseno, por exemplo, já foi anunciado oficialmente pelo governo do Espírito Santo como o novo subsecretário de Estado de Desenvolvimento Agropecuário, na Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, mas continua presidindo a empresa enquanto seu sucessor não é escolhido. De acordo com a Emater, ele ainda não assumiu o cargo no Espírito Santo, apesar de sua nomeação já ter sido anunciada pelo governo capixaba em sua página de notícias. A empresa é ligada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, comandada pelo peemedebista João Cruz Reis Filho. No caso da Ruralminas, a fundação permanece sob o comando de Luiz Afonso Vaz de Oliveira, nomeado pelo governo passado.

Também permanecem vagas as agências de Desenvolvimento das Regiões Metropolitanas de Belo Horizonte e do Vale do Rio Doce, subordinadas à Secretaria de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana, nas mãos do PMDB. No caso da agência que responde pela RMBH, o comando está com o atual secretário, Tadeu Leite Filho (PMDB). A outra está vaga, juntamente com outros cinco cargos de diretoria. De acordo com um integrante da base aliada, o governo resiste em aceitar as nomeações para essas agências, pois a secretaria vai passar por uma reformulação e também deve perder força. A intenção do governo seria dar autonomia a elas.

A pasta de Tadeu Leite já perdeu a indicação da Companhia de Habitação de Minas Gerais e pode ficar sem a empresa, que deve ganhar autonomia da Secretaria e passar a ser subordinada a outra pasta. O presidente da Cohab, Claudio Vinicius Leite Pereira – um técnico oriundo da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), ligado ao secretário de Transporte e Obras Públicas, Murilo aladares (PT) –, já foi nomeado antes mesmo da posse de Tadeu Leite. Mas até mesmo em pastas comandadas pelo PT continuam gestores da administração passada. Caso do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene), ligado a Secretaria de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Sedinor), que permanece sob o comando de Samyr Carvalho de Moyses, nomeado em maio passado para exercer um mandato tampão. Também permanece sem novo comando o Instituto Estadual de Florestas e a Fundação Estadual do Meio Ambiente. “Não adianta ter secretaria e não ter poder”, reclama um deputado da base.


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