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Estado de Minas

Método de emagrecimento adotado por Dilma vira febre entre os políticos

Muitos aderem a método elaborado por argentino que prega a reeducação alimentar com acompanhamento de quatro especilistas


postado em 15/01/2015 07:41 / atualizado em 15/01/2015 16:48

Dilma, um mês antes do período de campanha e na posse em janeiro: 6kg perdidos em apenas 10 dias(foto: Ueslei Marcelino/Reuters -Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Dilma, um mês antes do período de campanha e na posse em janeiro: 6kg perdidos em apenas 10 dias (foto: Ueslei Marcelino/Reuters -Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Um cardápio diferenciado tomou conta da Esplanada dos Ministérios para afinar a silhueta de ministros, parlamentares e até mesmo da presidente Dilma Rousseff. Desde o fim do ano passado, o método criado pelo médico e psicanalista argentino Máximo Ravenna vem modificando a maneira de comer de poderosos. No prato, nada de arroz, pães ou açúcares, mesmo que integrais. A alimentação diária deve seguir à risca a limitação de 800 a 1,2 mil calorias para que os pacientes consigam perder de 5% a 7% do peso por mês, no caso de mulheres, e de 7% a 10% para homens.

O sacrifício permitiu a Dilma desfilar, na cerimônia de posse, 6kg mais magra apenas 10 dias depois de ter começado a seguir a restrição alimentar. A presidente aprendeu o segredo para perder peso com a ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Eleonora Menicucci, que já afinou 17kg adotando o método do argentino. Também já adaptaram o menu a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, a ex-ministra do Planejamento Mirian Belchior e o ministro de Justiça, José Eduardo Cardozo, que já “enxugou” 5kg, mas ainda está distante da meta de 22kg a perder.

Baseado no tripé corte-medida-distância — que consiste no acompanhamento interdisciplinar com o apoio de médico, nutricionista, psicólogo e educador físico —, o tratamento também atraiu interessados no Congresso Nacional. Registrando 100kg na balança, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) decidiu voltar a seguir o método Ravenna. Na primeira vez que fez a dieta, perdeu 16kg em 30 dias. Porém, deixou de fazer a manutenção e recuperou o peso. O tratamento consiste em mostrar ao paciente uma nova relação com a comida e a importância da eliminação do peso com saúde.

Para obter o resultado, é essencial que o paciente mantenha o acompanhamento clínico. Depois de atingir o peso desejado, é hora de iniciar a manutenção, quando é necessário trabalhar o reconhecimento da nova imagem corporal adquirida. Essa é também a etapa em que o paciente volta a ter uma alimentação com carboidratos — e mais calorias —, porém, de forma equilibrada. Nessa fase, o deputado federal afirma ter escorregado na dieta e ganhado peso. Agora, conta ter emagrecido 7kg em 30 dias. “Só comendo potinhos”, brincou Vieira Lima.

Intervalo


Adotado por 14 mil brasileiros nas três clínicas no Brasil (Salvador, São Paulo e Brasília), o método Ravenna tem atraído a atenção de especialistas. “A dieta não prega essa coisa de comer de três em três horas e permite que o intervalo ser maior (de até cinco horas). O mais bacana no método, porém, é que as pessoas vêm sendo acompanhadas por uma equipe disciplinar que não é só a nutricionista. Tem um médico, um psicólogo e a atividade física”, comentou a nutricionista funcional Thaianna Velasco.

A diretora do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Rosana Radominski, observa a rapidez com que o método favorece a perda de peso. “Com a mudança na alimentação, a pessoa começa a queimar gordura e a desinchar. Essa perda rápida e imediata geralmente não é gordura, mas líquido e desinchaço”, explicou.

Rosana também chama a atenção para a manutenção do tratamento se o paciente não quiser recuperar o peso. “Ao se deixar de seguir qualquer dieta, o peso volta. É importante manter uma quantidade menor de alimentos para evitar o efeito sanfona”, ressaltou.

Diretora executiva responsável pelo método Ravenna no Brasil, Moema Soares acrescenta a importância da manutenção para pacientes que já perderam peso. “Só reduzir o peso não sustenta o tratamento de ninguém”, complementou, reforçando ser fundamental passar pela fase de transição. “Nela, o paciente aprende que não existem alimentos proibidos. Existe medida certa.” Moema observa também que pacientes complementam a alimentação com complexos vitamínicos e muita água.


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