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Estado de Minas

Juiz que tomou depoimento de Costa é especialista no combate à corrupção e sonegação


postado em 14/10/2014 00:12 / atualizado em 14/10/2014 11:00

Juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Fernando Moro tomou o depoimento revelador do ex-diretor da Petrobras(foto: Sérgio Lima/FolhaPress)
Juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Fernando Moro tomou o depoimento revelador do ex-diretor da Petrobras (foto: Sérgio Lima/FolhaPress)

O depoimento revelador do ex-diretor Paulo Roberto Costa foi tomado pelo juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Fernando Moro, de 42 anos, em meio a um processo criminal público. A audiência foi marcada em 19 de setembro, antes da conclusão da sigilosa delação premiada que o réu prestava para

o Ministério Público.

Moro é um dos maiores especialistas do país em lavagem de dinheiro e colaboração premiada. Ele já sofreu ameaças de morte e andou escoltado por policiais. Cuidou do caso Banestado, que prendeu uma série de doleiros, entre eles Alberto Youssef, um dos pivôs da Operação Lava a Jato. Nos últimos meses, os advogados dos réus têm tentado tirar o caso dele, por considerá-lo intransigente e incompreensivo. O magistrado responde a dois procedimentos sigilosos no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Moro é discreto na vida pessoal e evita expor a si e à família. Formou-se em direito pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), onde impera o sotaque forte do noroeste paranaense, como o utilizado pelo magistrado até hoje. Seu pai, Dalton Moro, já falecido, ministrava aulas no Departamento de Geografia da instituição. Na Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde é professor desde 2007, Moro fez mestrado e doutorado em direito do Estado. Em 2012, foi juiz instrutor da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber. Saiu de lá por não conseguir adequar sua atuação com os horários da universidade.

Sérgio Moro defende que o Judiciário seja mais rigoroso com os crimes de corrupção em medida semelhante ao que faz ao tráfico de drogas. “Imprescindível também são mudanças de percepção dos juízes quanto aos males da corrupção”, escreveu ele em agosto, em artigo na Folha de S.Paulo no qual defendeu que não fossem liberados da cadeia os suspeitos de desvio de dinheiro.


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