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Estado de Minas

Fora do governo, ex-ministros são alvo de investigação


postado em 27/11/2011 08:08 / atualizado em 27/11/2011 08:13

A faxina promovida pela presidente Dilma Rousseff, com a queda de cinco ministros acusados de envolvimento em denúncias de corrupção, tem tirado o sono dos titulares das pastas na Esplanada. O julgamento político feito pelo Palácio do Planalto afastou Antonio Palocci (Casa Civil), Orlando Silva (Esporte), Wagner Rossi (Agricultura), Alfredo Nascimento (Transporte) e Pedro Novais (Turismo). Desses, apenas Novais está livre de investigações posteriores. Todos os outros quatro estão sob análise da Polícia Federal, do Ministério Público ou do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Toda vez que um ministro deixa o cargo, o Código de Ética Pública exige um período de quarentena de quatro meses para que eles possam voltar a exercer alguma outra função. No caso dos afastados por Dilma, a discrição é ainda maior. O ex-todo- poderoso Antonio Palocci, por exemplo, depois de deixar a Casa Civil por não conseguir explicar como aumentou em 20 vezes o próprio patrimônio em apenas quatro anos, disse a interlocutores que não pretende mais candidatar-se a cargos eletivos.

Mas deverá ser procurado por petistas em 2012 em busca de contatos com empresários e financiadores de campanha. Palocci, que foi inocentado pelo Supremo Tribunal de Federal em 2010 da acusação de ter sido o mandante da quebra do sigilo do caseiro Francenildo Santos Costa, agora está sendo investigado por improbidade administrativa.

Ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento deixou a pasta sob suspeitas de irregularidades. Reassumiu o cargo de senador pelo Amazonas. Também voltou a ser presidente do PR, cargo que era exercido interinamente pelo deputado Valdemar Costa Neto (SP). Quando saiu do ministério, fez um discurso duro no Senado, dizendo não aceitar que o partido fosse "varrido para debaixo do tapete". Agora, aguarda a Superintendência da Polícia Federal em Brasília concluir investigação sobre superfaturamento e aditivos irregulares na pasta.

O peemedebista Wagner Rossi resistia bem às denúncias de irregularidades na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) até o Estado de Minas mostrar que ele utilizara um jatinho da empresa Ourofino, dona de contratos com o Ministério da Agricultura. Alegou à presidente Dilma que sua família estava sofrendo com os ataques e preferiu deixar o cargo.

Retornou a Ribeirão Preto (SP) e voltou a dedicar-se ao agronegócio. A tranquilidade que ele esperava, contudo, está longe de ter virado realidade: agora, terá que se explicar à Polícia Federal, que o apontou "como líder de uma organização criminosa", e à sindicância interna aberta pelo próprio ministério que comandou no fim do governo Lula e início da gestão Dilma.

Orlando Silva esteve à frente do Ministério do Esporte por sete anos. Sonhou comandar as Olimpíadas e a Copa do Mundo. Mas irregularidades nos convênios firmados com organizações não governamentais ligadas ao Programa Segundo Tempo e a possibilidade de abertura de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) abortaram seus planos. Ainda pretende ser candidato a vereador pelo PCdoB paulista, mas terá de se entender com o Superior Tribunal de Justiça (STJ), que pediu a quebra dos seus sigilos bancário, fiscal e telefônico.

Os derrubados na atualidade

Antonio Palocci (Casa Civil)

Data da demissão: 7 de junho
Situação: O procurador da República no Distrito Federal Paulo José Rocha Júnior investiga o ex-ministro por improbidade administrativa. Outra apuração, desta vez criminal, está em estudo pela Procuradoria da República. O caso é acompanhado pelo procurador Gustavo Pessanha Velloso

Alfredo Nascimento (Transportes)

Data da demissão: 6 de julho

Situação: A Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal investiga as denúncias de superfaturamento em contratos
de construção e manutenção de rodovias

Wagner Rossi (Agricultura)

Data da demissão: 17 de agosto

Situação: O ex-ministro foi indiciado pela Polícia Federal, apontado como "líder da organização criminosa" que teria arquitetado fraude no Programa Anual de Educação Continuada (Paec) — capacitação de servidores — para desvio de R$ 2,72 milhões. Também terá de responder a uma sindicância interna da pasta.

Orlando Silva (Esporte)

Data da demissão: 26 de outubro

Situação: O Superior Tribunal de Justiça pediu a quebra de sigilo do ex-ministro para apurar denúncias de irregularidades no Programa Segundo Tempo.


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