
Segundo o diretor do Planejamento e Coordenação da ALMG, Alaôr Messias Marques, a estimativa inicial do processo licitatório é de que cada um dos tablets custa em torno de R$ 2.600. “Espera-se que, com a disputa dos licitantes, esse valor seja reduzido para R$ 2.200”, completa. A compra incluirá iPads de 64 GB, capa protetora e garantia de três anos. Além dos 77 equipamentos para os deputados, outros 13 serão adquiridos para a área de Tecnologia de Informação da Casa. Segundo Alaôr Marques, o uso dos tablets não será restrito às dependência da Assembleia. “Não faz sentido nenhum que o iPad fique aqui, até porque ele é portátil. Vai ajudar no trabalho dos parlamentares em qualquer lugar, a qualquer momento, em viagens no fim de semana ou em audiências externas”, destaca.
De acordo com o 1º-secretário da Mesa, a ideia foi inspirada também nas Assembleias Legislativas de outros estados do país. "No Rio de Janeiro e em São Paulo já tem iPads e tem até estados com um potemcial de nada, muito menores que Minas, que já usam", observa o deputado.
Sem jogos
A Mesa da Casa alega que “pensou nos eleitores” ao decidir substituir os laptops a que cada parlamentar tem direito pelos novos tablets. “Talvez nem todos entendam. Mas se a gente não souber nada de informática, isso pode trazer prejuízo no andamento dos trabalhos. O iPad vai eliminar os custos adicionais”, diz. A previsão do setor de Planejamento da Casa é de economizar até R$ 180 mil com a suspensão, por exmplo, da impressão de clippings diários produzidos pela ALMG para cada um dos gabinetes. “Vamos poupar a impressão de mais ou menos cem páginas que compõem o clipping, economizando papel e racionalizando recursos naturais”, destaca Alaôr Marques.
A previsão é que os novos equipamentos cheguem até setembro para os parlamentares. A partir daí, o vencedor do pregão eletrônico terá até 60 dias para entregar os iPads, que vão passar ainda por uma preparação por parte da área de tecnologia da Assembleia. A Casa já está criando um aplicativo para o tablet, com uma espécie de menu para reunir textos constitucionais, agenda de contatos dos parlamentares nas bases eleitorais, programação de eventos internos e tramitação de projetos de lei. “Optamos por não renovar os laptops porque eles já estão defasados e ficaria mais caro fazer isso. O iPad vai ser simplesmente para notícias e informações”, explica Dilzon Melo. “Com o laptop, os deputados poderiam brincar, porque têm jogos”, acrescenta.
Com a colaboração de Juliana Cipriani
