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Estado de Minas

CNBB se posiciona contra anistia para desmatadores


postado em 18/06/2011 06:00 / atualizado em 18/06/2011 07:05


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se posicionou nessa sexta-feira sobre os principais temas em discussão nos seis primeiros meses do governo Dilma Rousseff. Entre os pontos abordados durante o Conselho Permanente, que esteve reunido entre quarta e sexta-feira, a entidade discutiu as modificações aprovadas na Câmara dos Deputados no Código Florestal – a proposta agora está em discussão no Senado – e as recentes mortes de ativistas no Amazonas. As modificações no alto escalão do governo federal – troca de comando da Casa Civil e Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República – também foram alvo de comentários dos bispos.

Na mesma linha do governo, as críticas da CNBB ao novo Código Florestal se fixam em dois pontos da proposta: a mudança nas regras para as áreas de preservação permanente (APPs), cuja atribuição de legislar acerca da produção fica, segundo a proposta, na mão dos estados, e a chamada anistia aos desmatamentos antigos.

"Anistiar é um problema. Não é possível que todo esse desmatamento seja esquecido", afirmou dom Leonardo Steiner, secretário-geral da CNBB e bispo prelado de São Félix do Araguaia (MT).

A CNBB pretende adotar uma postura semelhante à da campanha da Ficha Limpa, sancionada em 2010. Resultado de uma iniciativa popular que reuniu 1,6 milhão de assinaturas, a lei veta a candidatura de políticos condenados.

Segundo o secretário-geral, a Igreja Católica vai passar um abaixo-assinado contra o atual texto do Código Florestal. "Se não fosse a Igreja, a Ficha Limpa não teria tantas assinaturas. Gostaríamos de fazer um pouco de pressão agora", disse dom Steiner.

Casa Civil

O presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno, comentou a demissão de Antonio Palocci da Casa Civil. Segundo ele, o crescimento do patrimônio do ex-ministro causou "estranheza" na sociedade. Ele ponderou, entretanto, que não cabe à entidade fazer um "julgamento prévio". "Estranha-se, evidentemente, como o ministro chegou a esse ganho tão alto", disse, após sair do encerramento do novo conselho permanente da CNBB, em Brasília. A análise dos seis meses de governo da presidente Dilma Rousseff não fez parte da agenda do conselho, segundo o cardeal. "Ainda é muito recente para fazer uma avaliação", afirmou Damasceno.


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