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Estado de Minas

Cidade Administrativa não cumpre promessa de gerar economia e reunir secretarias


postado em 16/03/2011 06:29 / atualizado em 16/03/2011 07:35

Um ano depois de concluída, a Cidade Administrativa, sede do governo mineiro, erguida na Região Norte de Belo Horizonte, não conseguiu ainda cumprir integralmente duas das principais funções para as quais foi criada: concentrar em um só local secretarias, autarquias e fundações e gerar economia para os cofres públicos com a venda de imóveis e o fim do pagamento de aluguéis. Conforme cronograma estabelecido pela Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), a transferência dos servidores deveria ter sido concluída em junho do ano passado, junto ao estudo que apontaria o valor dos imóveis para venda. O levantamento, conforme a assessoria da secretaria, ainda está em andamento, deixando indefinido o destino dos prédios que, em alguns casos, já tomaram feições de construções-fantasma. Segundo cálculos do governo, a economia com o pagamento de aluguéis, quando a mudança estiver concluída, será de R$ 19,7 milhões por ano.

Entre os imóveis do estado que poderiam ser vendidos, um que geraria receita ainda maior é o edifício do extinto Bemge, na Praça Sete, Região Central de Belo Horizonte, construído na década de 1950. Com 25 andares, o prédio já abrigou as secretarias de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas, de Defesa Social e setores da Secretaria da Fazenda, além da Ruralminas e o Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi). Hoje, apenas oito andares funcionam, para uso de setores da Polícia Civil. Conforme corretores ouvidos pela reportagem, o preço de um andar na região é de, no mínimo, R$ 1 milhão. Na portaria do prédio, as informações são no sentido de que áreas do Corpo de Bombeiros serão transferidos para o edifício.

Segundo o governo, “o prédio pertence à Fundação João Pinheiro (que é do estado), que detectou a necessidade de reforma com revisão das instalações hidráulica e elétrica, pois é imóvel antigo” (foi construído na década de 50). O estado disse ainda que “a intenção é dar início às obras nos andares vazios para, ao término, transferir as unidades que ocupam os demais andares, como a Corregedoria do Sistema de Defesa Social e a Escola de Formação e Aperfeiçoamento do Sistema Prisional e Socioeducativo, dando prosseguimento à reforma”.

Completamente ocioso desde outubro, o prédio de quatro andares onde funcionava o Instituto de Geociências Aplicadas (IGA), na Rua Itambé 49, Floresta, já chegou a ser visitado por representantes da prefeitura e do próprio governo, conta o porteiro do edifício. Porém, segue inutilizado. O estado afirma estar em andamento negociação com o objetivo de levar para o prédio o Centro Estadual de Educação Continuada, que atende 4 mil alunos e, ainda segundo o governo, paga hoje aluguel de R$ 24.256.

Na Avenida dos Andradas 723, outro prédio do estado em situação semelhante, o do Departamento Estadual de Telecomunicações (Detel). Dos três andares, apenas um funciona, utilizado para almoxarifado. “Dizem que o edifício poderá ser utilizado pela TV Minas ou ser transformado em um hospital da Polícia Civil”, relata um dos funcionários que restaram na construção.

Na região da Cidade Nova, na Avenida José Cândido da Silveira 2000, o prédio onde funcionava a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior está completamente inutilizado. O movimento no local ocorre por causa do Centro de Tecnologia (Cetec), ligado à secretaria, que foi mantido em edifício anexo. A Seplag afirma que todo o prédio pertence ao Cetec e que a parte ociosa será utilizada pelo Centro de Estudos em Aeronáutica e pela área de análises químicas da instituição.


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