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Estado de Minas

Helicóptero que caiu em Capitólio não tinha autorização para voos panorâmicos, diz Anac

A informação de que a aeronave fazia esse tipo de procedimento foi passada pelo Corpo de Bombeiros. Porém, somente a investigação do Cenipa pode confirmar as circunstâncias do acidente


23/01/2017 18:29 - atualizado 23/01/2017 21:26

Aeronave caiu no último domingo no Sul de Minas Gerais
Aeronave caiu no último domingo no Sul de Minas Gerais (foto: Divulgação)

Apurações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), do Comando da Aeronáutica, vão comprovar se o helicóptero que caiu em Capitólio, na Região Sul de Minas, fazia voos panorâmicos. Caso isso seja confirmado, os responsáveis pela empresa podem sofrer sanções, pois, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave não tinha autorização para realizar esse tipo de procedimento. O acidente deixou quatro pessoas feridas nesse domingo.

Por meio de nota, a Anac informou que a aeronave com matrícula PP-MAM estava registrada como privada, “logo não poderia ofertar serviço de voos panorâmicos”. Para voos comerciais, ela teria que estar registrada como táxi aéreo e o piloto ser habilitado como piloto comercial. “Sobre o piloto, informamos que ele estava devidamente habilitado para operar a aeronave. É importante ressaltar que a Anac não confirma o tipo de voo realizado no momento do acidente. A informação só será confirmada após conclusão do relatório de acidente aéreo expedida pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), do Comando da Aeronáutica”, afirmou o órgão. De acordo com a Anac, os documentos da aeronave estão em conformidade com o Registro Brasileiro Aeronáutico (RAB).

A informação de que a aeronave estava sendo usada para voos panorâmicos foi repassada pelo Corpo de Bombeiros depois do acidente nesse domingo. Segundo os militares, o helicóptero pertence à empresa Wsfly. A companhia não foi encontrada pela reportagem para comentar o caso.



Feridos

Seguem internadas na Santa Casa de Passos, na Região Sul de Minas Gerais, três vítimas da queda de helicóptero. O acidente foi filmado por banhistas que estavam às margens do Rio do Turvo. Técnicos do Seripa III foram para o o local nesta segunda-feira para começar as análises que podem levar às causas da ocorrência.

De acordo com a Santa Casa de Passos, dos três pacientes que estão na unidade de saúde, apenas um autorizou a passar o estado de saúde. Tiago Rosa Travasos, de 31 anos, seguem em estado estável. Ele deve passar por tomografia na tarde desta segunda-feira.

O acidente ocorreu na tarde de domingo. Banhistas que estavam às margens do Rio Turvo filmaram o momento da queda. Nas imagens, é possível observar que algumas pessoas reclamaram da baixa altitude do helicóptero. Alguns segundos depois de sobrevoar o espelho d'água, a aeronave começou a perder altitude e caiu a poucos metros da margem do rio. Banhistas correram para socorrer o piloto e passageiros. A Aeronáutica investigará a causa do acidente, mas, segundo testemunhas, o chamado "vento de cauda" pode ter contribuído para a queda.

Por meio de nota, o Seripa III afirmou que uma equipe segue para a cidade onde vai fazer a primeira análise do acidente. “A Ação Inicial é o começo do processo de investigação e tem o objetivo de fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, ouvir relatos de testemunhas e reunir documentos. A investigação realizada pelo Cenipa tem o objetivo de prevenir que novos acidentes com as mesmas características ocorram”, concluiu no documento.

De acordo com a Polícia Civil, a ocorrência da queda foi recebida pela corporação. Como não é responsável pela investigação de acidentes aéreos, informou que aguarda o posicionamento das vítimas, caso elas façam uma representação por lesão corporal. Caso isso seja feito, uma apuração pode ser realizada pela corporação.


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