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Estado de Minas

Vazão de Três Marias será diminuída após volume subir quase cinco vezes em 2016

A diminuição da vazão vai passar de 150 metros cúbicos por segundo, para 100 metros cúbicos por segundo. Cemig mostra preocupação em relação ao fim do período chuvoso


postado em 16/03/2016 11:32 / atualizado em 16/03/2016 12:10

As chuvas que atingem Minas Gerais dão um alívio para os reservatórios. A represa de Três Marias, uma das principais usinas hidrelétricas do estado, localizada no Rio São Francisco, segue em constante crescimento em 2016. Desde o dia 1º de janeiro até esta quarta-feira, o volume de água quase quintuplicou, saindo de 6,9% para 33,7%. Mesmo assim, a situação ainda requer atenção, já que não estão previstas precipitações significativas para região nos próximos meses. Por isso, a Cemig vai diminuir a vazão de 150 metros cúbicos por segundo, para 100 metros cúbicos por segundo. A intenção é armazenar água na represa.

“O que é importante considerar é que estamos em um momento crucial em termos de analise de cenário já que é o final da estação chuvosa e não se espera muita chuva na bacia do São Francisco. Então, continuamos com a política de armazenar água dos reservatórios de Sobradinho e Três Marias, e usar a água quando necessário. A intenção é guardar esse montante que está chegando (na represa) em torno de 570 metros cúbicos por segundo”, explica Ivan Sérgio Carneiro, engenheiro de planejamento Hidroenergético da Cemig.

A represa de Três Marias enfrentou períodos críticos nos últimos dois anos, principalmente por causa do pequeno volume de chuva em Minas Gerais. Em 2014, o volume total da represa chegou a 2,57%. No ano passado, continuou com níveis bem abaixo do ideal. Em dezembro do ano passado, atingiu 6,7%. Desde o início deste ano, o volume do reservatório subiu 26,8%.

Mesmo com o aumento, a Cemig ainda trabalha com a política de economizar a água, para depois liberar o recurso para ser usado em outras áreas, como a irrigação. “O que está chovendo na bacia e o que os rios estão drenando de água está sendo suficiente para garantir todos os usos. A medida que houver a recessão (com a estiagem), teremos que complementar com a água de Três Marias. Como hoje não precisa, nos sentimos a vontade para reduzir a quantidade de água liberada”, comentou Ivan Carneiro.

De acordo com a Cemig, as estratégias adotadas estão sendo discutidas em reuniões promovidas pela Agência Nacional de Águas (ANA) com a Cemig, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), comitês das bacias hidrográficas e secretarias dos estados banhados pelo Rio São Francisco. A diminuição da vazão da água foi decidida nessa terça-feira.

Sistema Paraopeba

O volume de chuva também ajuda na recuperação do Sistema Paraopeba, que abastece a Região Metropolitana de Belo Horizonte. O conjunto de represas está hoje com 54,2% de sua capacidade. Se continuar a média de crescimento diário de 0,3%, em sete dias vai atingir a marca de 56,3%, volume que não é atingido desde julho de 2014.

A alta no sistema, que é composto por três represas, foi impulsionada principalmente por Rio Manso, o maior do conjunto. Nos últimos 30 dias, o reservatório aumentou 11,7% de sua capacidade. Em 15 de fevereiro, estava com 56,,% e nesta quarta-feira atingiu 67,9%. É a maior marca desde setembro de 2014, quando registrou 64% da sua capacidade.

Já a represa de Serra Azul teve um aumento de 6,2 pontos percentuais no período. No dia 15 de fevereiro, estava com 26% da sua capacidade total. Hoje, apresenta 32,2%. Vargem das Flores também segue em recuperação, saiu de 50,9% e, no mesmo período, apresentou quedas. Mas, voltou a subir e nesta quarta-feira está com 51,1%.


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