Exame de balística será fundamental para confirmar as suspeitas de que os autores dos dois homicídios são os mesmos. Há duas linhas de apurações: crime de mando por rixa, motivado pelas denúncias feitas por Luiz nas duas emissoras de rádio em que trabalhava, em Ubá e Visconde do Rio Branco, ou passional.
O radialista, que morava em Visconde do Rio Branco, foi assassinado na tarde da segunda-feira, em Ubá, no Bairro Palmeiras. Ele estava num veículo Jetta e foi perseguido por três homens, que estavam numa caminhonete Montana. Luiz Manoel teve seu carro fechado e tentou escapar dando ré. Mas os criminosos atiraram contra a lataria e o pneu de seu Jetta, que acabou furado. Desesperado, o radialista correu em direção a um matagal, mas foi executado com três tiros. Um outro veículo, um Citroen, teria sido usado no crime. Há possibilidade de outros envolvidos na ação.
O delegado de Homicídios de Ubá, Rafael Gomes de Oliveira, suspeita da ligação entre os assassinatos de Luiz e o jovem Fausto Teixeira da Silva Júnior, ocorrido no sábado, na zona rural de Visconde do Rio Branco. O corpo do rapaz foi encontrado com quatro perfurações de tiros.
No domingo, o radialista Luiz Manoel postou em sua página no Facebook uma foto ao lado de Fausto, em que fazia uma homenagem: “Não me importa o que pensam, o que falem ou até mesmo o que imaginem. No meu coração serás eterno. Peço perdão por não ter tido mais condições de abrir outras portas, que as poucas que vc conheceu. A gente vai se encontrar um dia”.
Em postagens em sua página, Luiz também demonstrava que vinha sendo pressionado pelo trabalho que fazia nos microfones das rádios. Entre as denúncias que o radialista apresentava, muitas eram relacionadas às questões de desrespeito à legislação ambiental.
Além de radialista, Luiz Manoel era locutor em festas na região, o que causou grande comoção. Centenas de pessoas estiveram em seu enterro na tarde desta terça-feira em Visconde do Rio Branco.