A estiagem na Região Metropolitana de Belo Horizonte e o consumo de água dos moradores fizeram com que o nível do Sistema Paraopeba diminuir ainda mais. O percentual chegou, nesta quarta-feira, a 29,2%, o mais baixo da história. Os números estão 0,2 ponto percentual a menos do registrado nessa terça-feira, que era o posto de pior marca. Todos os três reservatórios que fazem parte do sistema tiveram queda nos últimos três dias. A Copasa afirma que a diminuição das represas deve acontecer gradativamente enquanto não houver chuva. A empresa garante que o volume é suficiente para garantir o abastecimento até janeiro de 2016.
A vazão do Rio das Velhas também diminuiu. No último domingo estava com 12,1 metros cúbicos por segundo. Na terça-feira estava com 11,6 metros cúbicos por segundo. Por causa da economia média da população entre fevereiro e julho, que atingiu 13,4%, além de 55% mais chuvas de janeiro a julho deste ano do que o acumulado no mesmo período de 2014, a Copasa descartou o racionamento na Grande BH.
Segundo a Copasa, o atual volume do sistema é suficiente para o abastecimento até janeiro de 2016, mesmo se não chover nenhuma gota até lá, de acordo com a empresa. A Copasa também informa que aumentou em 400 litros por segundo a capacidade de transferência da água produzida pelo Sistema Rio das Velhas para a área atendida pelo Sistema Paraopeba, o suficiente para abastecer uma população de 746 mil habitantes.
Para dezembro está prevista a conclusão das obras de captação adicional no Rio Paraopeba, que levarão 5 mil litros de água por segundo até a Estação de Tratamento de Água do Rio Manso, possibilitando a recarga dos reservatórios do Paraopeba e garantindo o abastecimento sem a necessidade de restrições nos próximos 20 anos.
A empresa ressalta, ainda, que durante o período chuvoso, que começa em outubro e segue até março, será possível a reversão de tendência de queda de volume armazenado nos reservatórios que terão condições adequadas para recuperação.