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Estado de Minas

Minas Gerais registra o primeiro caso de febre chikungunya

A paciente é moradora de Matozinhos, cidade na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e teria contraído a doença em Minas


postado em 13/10/2014 15:58 / atualizado em 13/10/2014 18:50

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou, nesta segunda-feira, o primeiro caso de febre chikungunya em Minas Gerais. A paciente é moradora de Matozinhos, cidade na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e teria contraído a doença dentro do estado. Outros cinco casos são investigados pelo órgão.

A mulher, de 48 anos, começou a sentir os primeiros sintomas da doença em agosto deste ano. Na última sexta-feira, equipes da secretaria estiveram na casa da paciente,  que relatou dores de baixa intensidade nas articulações dos ombros, quadril e joelhos. Mesmo com os sintomas, o estado de saúde dela é considerado bom.

Os exames da paciente foram encaminhados para a Fundação Ezequiel Dias (Funed), que confirmou o caso. Como a mulher não viajou para nenhum local onde o vírus circula, a suspeita é de que ela tenha contraído a doença no município onde mora. A coordenadora Estadual do Programa de Controle Permanente da Dengue da dengue da SES-MG, Geane Andrade, alerta sobre os cuidados com a Chikungunya. “A doença é nova no nosso Estado e temos um fator de risco por ser transmitida por mosquitos que já são presentes em Minas, o que favorece a transmissão. Os sintomas são muito parecidos com os da dengue, como dores no corpo, nas articulações, febre acima dos 38,5°. Mas o que a torna mais perigosa são as fases em que ela pode se apresentar: aguda, que é fase mais simples; a subaguda que pode durar por três meses e a fase crônica, que pode se manifestar por meio de fortes dores articulares mesmo depois do tratamento”, explicou.

Ao ser informada sobre o possível caso da doença, a Superintendência Regional de Saúde fez uma investigação no município para detectar se outras pessoas apresentavam os sintomas. Foram feitas buscas nas fichas de atendimento no Centro de Especialidades, no Pronto Atendimento e nas unidades básicas de saúde. Nenhum outro caso suspeito foi encontrado. “A partir da notificação do caso, as ações de controle vetorial foram realizadas imediatamente em todo o município. Foi realizado, também, uma busca ativa de prontuários médicos e não foram encontrados nenhum caso com a ficha clínica semelhante ao caso confirmado”, afirma a coordenadora de Zoonozes de Matozinhos, Fabiane Piekbrenner.

Até esta segunda-feira, dez  pacientes com sintomas da febre chikungunya foram submetidos a exames. Ainda são aguardados os resultados pacientes moradores de Belo Horizonte, Contagem, Montes Claros, Viçosa, e Coronel Fabriciano. Foram descartados os casos em Mato Verde, Itaúna, Alfenas e Santo Antônio do Monte.

Outros estados brasileiros já confirmaram casos de Febre Chikungunya. Até 4 de outubro, o Ministério da Saúde registrou 211 casos da doença. Do total, são 38 casos importados de pessoas que viajaram para países com transmissão, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa. O restante foi diagnosticado em pessoas sem registro de viagem internacional. Dessas, 17 foram no município de Oiapoque (AP) e 156 em Feira de Santana (BA).

Transmissão

A doença é transmitida pelo aedes aegypti, mesmo mosquito da dengue, e os sintomas são semelhantes, apesar de ser menos letal. A doença provoca dores fortes nas articulações, além de febre, mal-estar e dor de cabeça. Os sintomas podem se prolongar por semanas. O combate à doença é feito da mesma forma que o combate à dengue, controlando a proliferação dos mosquitos.

Assim como a dengue, o vírus não possui vacina. O tratamento da chikungunya consiste no alívio dos sintomas, que costumam durar de três a 10 dias. Pessoas com a doença, sentem febre abrupta, dor de cabeça, manchas avermelhadas no corpo, dor intensa nas articulações, principalmente, nas menores, com as das mãos e dos pés.

Os sintomas começam a se manifestar de dois a 12 dias depois de ser picada, que é o período de incubação. Para evitar a transmissão do vírus, é preciso combater o mosquito Aedes aegypti. Os moradores devem evitar água parada, verificar se a caixa d´água está bem fechada, não acumular vasilhames no quintal, verificar se as calhas não estão entupidas, eliminar pratos dos vasos de planta, entre outras medidas.

Enfrentamento

Para enfrentar a doença, o Estado vai intensificar as atividades de vigilância, divulgação de medidas às secretarias municipais de Saúde e preparação de laboratórios para diagnósticos da doença. Na divulgação de controle do aedes aegypti para a dengue, agora serrão incluídas informações sobre a febre Chikungunya.

Em Matozinhos, cidade onde foi constatado o primeiro caso, um caminhão fumacê começa a percorrer as ruas e avenidas já nesta terça-feira. A intenção é eliminar o mosquito.

Uma equipe médica será treinada para atuar em todo o estado. Outra ação é a capacitação dos profissionais de Saúde. Nos dias 20 e 21 de outubro, 300 profissionais da saúde serão treinados. Também serão contratados 22 médicos que serão referência para esses e outros agravos infecciosos. “Atualmente, a Secretaria conta com uma equipe de 180 Agentes da Força Tarefa Estadual que realizam ações de intensificação de controle vetorial juntamente com os municípios; 122 carros de UBV (Fumacê) que são utilizados para em ações de bloqueio de transmissão da doença para a população; disponibiliza aos municípios apoio na realização do Levantamento de Índice Rápido por Aedes Aegypti (LIRa) 2014, metodologia utilizada para identificação das áreas de riscos”, complementou Geane Andrade


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