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Estado de Minas

Ex-namorada de delegado baleada na cabeça terá escolta policial no Hospital João XXIII

Justiça acatou o pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) que alegou ameaças sofridas pela família da vítima para justificar a necessidade de proteção


postado em 22/05/2013 19:13 / atualizado em 22/05/2013 19:46

Adolescente está internada desde 14 de abril deste ano(foto: Reprodução/Facebook)
Adolescente está internada desde 14 de abril deste ano (foto: Reprodução/Facebook)

As ameaças sofridas pela família da adolescente A.L, que está internada no Hospital João XXIII depois de levar um tiro na cabeça, motivou o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) a pedir uma escolta policial para a vítima. Nesta quarta-feira, a Justiça acatou a solicitaçãoe determinou a proteção. O principal suspeito do crime é o ex-namorado da jovem, o delegado Geraldo Toledo, que segue preso na Casa de Custódia da Polícia Civil.

A família da adolescente procurou o MP depois de receber uma série de ameaças. O órgão fez o pedido para garantir proteção à jovem. Um ofício será encaminhado para a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) que vai providenciar a escolta. O órgão informou que ainda não foi notificado judicialmente.

A adolescente foi baleada em 14 de abril. O delegado foi buscar a jovem em Conselheiro Lafaiete, na Região Central de Minas e depois seguiram juntos para Ouro Preto. Por volta das 19h50, a PM recebeu a denúncia da briga de um casal na estrada entre o município e o distrito de Lavras Novas. Vinte minutos depois, a corporação recebeu novo chamado, de que A. deu entrada numa unidade de pronto atendimento (UPA) com um tiro na cabeça.

Funcionários da unidade de saúde informaram a PM que um homem deixou a adolescente no hospital e informou que ela teria tentado suicídio. Porém, não quis se identificar e saiu sem deixar telefones de contato em um Peugeot preto. O veículo foi apreendido e passou por perícia.

Toledo afirma que a garota tentou suicidar, porém, exames residuográficos feitos nas mãos da adolescente não encontraram nenhum vestígio de pólvora.

Carta do suspeito

Em carta enviada a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) , Toledo manteve a versão de que A.L tentou suicídio e disse ser alvo de perseguições de desafetos na polícia. No documento ele conta como conheceu a garota.

Em entrevista ao Estado de Minas, a mãe da jovem criticou a carta divulgada pelo delegado e disse que ele tinha um relacionamento conturbado com a filha dela. Ela acusou o policial de “ter manipulado e iludido” a adolescente e diz que vai processá-lo por ter mentido em vários trechos do documento.

Em 13 de maio, a Justiça prorrogou por mais 30 dias a prisão temporária do policial. A magistrada atendeu o pedido da Corregedoria Geral da Polícia Civil e também deu mais tempo para a conclusão das investigações.

Passado o incrimina

A Polícia Civil informou que Toledo pode ser expulso da corporação. Ele responde a nove sindicâncias, 10 inquéritos e dois processos administrativos. Em um deles, é acusado de tortura contra um homem em Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.


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