Nesta quarta-feira, dia 12 de dezembro é lançado o Boletim PAD 2011 – Hábitos de vida saudável, pelo Centro de Estatística e Informações da Fundação João Pinheiro. A publicação é baseada nos resultados da segunda edição da Pesquisa por Amostra de Domicílios de Minas Gerais (PAD-MG).
De forma inédita o estudo mapeou as doenças crônicas que acometem a população mineira, analisando os comportamento de risco das pessoas (como os consumos de bebidas alcoólicas e tabaco), além da frequência de atividades físicas das mesmas.
O intuito do trabalho é subsidiar os órgãos estaduais, principalmente ligados ao planejamento de ações e políticas em prol da saúde da população. Para isso, o levantamento foi realizado em 18 mil domicílios em 428 municípios em todas as mesorregiões do estado.
“Assim como no Brasil, Minas Gerais vem passando por profundas transformações demográficas, epidemiológicas, econômicas e culturais. A proporção de idosos na população tem aumentado e as pessoas mudaram seus estilos de vida. Cada vez mais as doenças crônicas aumentam sua participação na mortalidade e morbidade da população. Por isso, é muito importante conhecê-las”, explicou a pesquisadora do Centro de Estatística e Informações da Fundação João Pinheiro, Mirela Camargos.
Alimentação
Em relação aos hábitos alimentares, dois terços da população maior de 14 anos consumia de maneira regular frutas, legumes e verduras. O consumo de carne vermelha e leite atingiu 96% e 82% dos entrevistados, respectivamente. Frutas, legumes e verduras estão na mesa regularmente de 68% dos mineiros.
Doenças crônicas
A PAD-MG revelou que 66% dos mineiros acima de 14 anos estavam livres de várias patologias investigadas. Entre os que sofriam de algum problema de saúde, a hipertensão arterial é a mais comum, seguida de doenças da coluna, doenças cardíacas, depressão, reumatismo, bronquite ou asma e insuficiência renal.
Comportamentos de risco
Em 2011 o tabaco era consumido por 13,5% da população acima de 14 anos. Destes, cerca de 53% eram fumantes leves (1 a 10 cigarros/dia), 35% moderados (11 a 20 cigarros/dia) e 10% eram fumantes severos (21 ou mais cigarros/dia).
“A idade média do consumo do primeiro cigarro é de 16 anos. Observamos com isso que, além de criarmos políticas públicas para os adultos, é necessária a criação de campanhas voltadas para que os jovens não se iniciem, ou larguem o hábito”, afirmou a pesquisadora do CEI/FJP, Juliana Riani.
A pesquisa revela que a cada quatro mineiros acima de 14 anos, um consome bebida alcoólica regularmente, mesmo que seja ocasional. Já 7,5% bebem diariamente.
Comportamento preventivo
Um quarto dos mineiros com mais de 14 anos praticava atividades físicas em 2011. Dentro deste número, em torno de 25% se exercitava diariamente. Já 33%, entre três e cinco vezes por semana. E 31% entre uma e duas vezes a cada sete dias.
Em relação ao hábito de realizar exames preventivos, cerca de 77% das pessoas com mais de 14 anos de idade aferiram a pressão arterial no ano passado. O percentual da população submetida a exames de colesterol e glicose foi de 56%.
A PAD-MG é realizada a cada dois anos e desenvolvida em parceria com o Escritório de Prioridades Estratégicas (do Governo de Minas Gerais) com apoio do Banco Mundial e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).