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Estado de Minas

Sindicato dos caminhoneiros nega que tenha orientado fechamento de rodovias

Diante do risco à população, principalmente para hipertensos, hemofílicos, idosos e gestantes parados nas rodovias, o sindicato afirma que não deu aos motoristas uma ordem de interdição


postado em 27/07/2012 09:22 / atualizado em 27/07/2012 12:14

Imagem da BR-040 na manhã desta sexta-feira de trânsito caótico(foto: Paulo Filgueira/EM DA Press)
Imagem da BR-040 na manhã desta sexta-feira de trânsito caótico (foto: Paulo Filgueira/EM DA Press)

O risco para a população por causa dos protestos de caminhoneiros é grande, conforme informou o assessor de imprensa da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Minas Gerais, Adilson de Souza. Há hipertensos, hemofílicos, idosos e gestantes parados nas rodovias ligando desesperadamente para a polícia preocupados com os problemas para a saúde que a paralisação pode causar. O sindicato dos caminhoneiros pode ser responsabilizado pelos prejuízos à população. No entanto, o presidente do regional do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), José Acácio Carneiro, afirma que não há orientação para fechamento de rodovias.

A PRF está recebendo mais de 100 ligações por minuto de pessoas que estão paradas dentro de veículos. Algumas pessoas relataram que estão há mais de 12 horas presos na BR-381 precisando de cuidados médicos especiais. Segundo José Acácio, o sindicato orientou os caminhoneiros a ficarem parados em casa, para compor o protesto por melhores condições de trabalho. Ele afirma que a decisão de fechar as estradas é dos próprios motoristas e não do MUBC.

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“O sindicato está aderindo ao movimento nacional. Estamos orientando para não fechar rodovias, porque sabemos do risco. Estou alertando a nossa polícia que desinterdite as estradas. Não aceitamos isso, o sindicato não quer isso. O fechamento está me deixando revoltado, não está valendo a pena”, desabafa o presidente do MUBC.

A categoria reivindica a regulamentação efetiva da profissão, critica a lei que possibilita a entrada de qualquer pessoa no mercado e a inexistência de acostamentos e pontos de apoio nas margens das estradas, que colocam em risco a vida dos usuários e impede a parada obrigatória do motorista a cada quatro horas de viagem. “Vou chamar o pessoal, porque não é assim que vamos chegar no objetivo”, diz José Acácio. O presidente afirma que não pode dar uma previsão para encerramento da paralisação, pois não tem controle da situação.

A pressão dos caminhoneiros gerou transtornos no trânsito, principalmente na BR-381 (Rodovia Fernão Dias), em direção a São Paulo. O tráfego ficou totalmente fechado na altura das cidades de Igarapé e em Itatiaiuçu, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Nem carros pequenos são autorizados a passar e o congestionamento em Igarapé passa de seis quilômetros. Em Itatiaiuçu, são cerca de 13 quilômetros nos dois sentidos. A rodovia também ficou fechada em Carmópolis de Minas, na Região Centro-Oeste, no sentido BH/São Paulo. A BR-040, na altura do Parque do Rola Moça, no sentido BH/Rio de Janeiro também parou assim como a MG-050, em Itaúna, no Centro-Oeste de Minas Gerais.



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