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Estado de Minas

Justiça só vai se manifestar sobre ilegalidade da greve dos rodoviários pela manhã

Sindicato das empresas pediu ao TRT que avalia irregularidade na paralisação dos trabalhadores


postado em 12/03/2012 23:38 / atualizado em 12/03/2012 23:55

Diversos ônibus não chegaram sequer a sair das garagens nesta segunda-feira(foto: Sidney Lopes/EM/D.A Press)
Diversos ônibus não chegaram sequer a sair das garagens nesta segunda-feira (foto: Sidney Lopes/EM/D.A Press)

 

A Justiça só vai se manifestar sobre a greve dos rodoviários de Belo Horizonte e Região Metropolitana na manhã desta terça-feira. Na tarde desta segunda-feira, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) entrou com um dissídio de greve no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) solicitando avaliação sobre a possível irregularidade da paralisação. O pedido é analisado pelo vice-presidente do TRT, desembargador Marcus Moura Ferreira.

O Setra-BH alega que os rodoviários não comunicaram oficialmente o ínicio da greve com o prazo de 72 horas de antecedência, conforme prevê a legislação. Além disso, a entidade afirma que o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de BH (STTRBH) não procurou as empresas para negociar a escala mínima de veículos em circulação. Em algumas Estações BHBus, a paralisação atingiu mais de 95% da frota.

Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 49%, 30 folhas de tíquete-alimentação de R$ 15, a instalação de banheiros femininos nos pontos finais, participação nos lucros e resultados (PLR) e uma jornada de trabalho de seis horas diárias. Os sindicatos das empresas de ônibus propõem reajustar em 13% o salário dos motoristas e trocadores - condicionado ao aumento de 20 minutos na jornada de trabalho diária - e de 9% para a manutenção e administração. As empresas também oferecem um aumento de 6% no ticket-alimentação, R$ 150 na participação dos lucros (para quem ganha até R$ 1.000), e R$ 300 para quem recebe acima desse valor. Outra proposta aos motoristas e trocadores é o aumento de 6%, sem mudança na carga horária.

Embora não tenha surpreendido a maior parte da população, que foi comunicada por meio da imprensa desde a sexta-feira sobre a paralisação no transporte, a greve provocou caos na capital mineira nesta segunda-feira. Quem possui veículo próprio não hesitou em retirá-lo da garagem pela manhã, para se prevenir da escassez de ônibus em circulação, o que deixou ruas e avenidas congestionadas devido ao grande fluxo. A volta para casa foi ainda mais caótica, já que uma forte chuva atingiu a cidade, tumultuando ainda mais o tráfego. Por meio do Twitter os internautas relataram a dificuldade de locomação. Em algumas vias o tráfego ficou completamente parado.

O anúncio da greve indicava que o movimento seria por tempo indeterminado. Nesta segunda-feira os dirigentes do STTRBH se esquivaram da imprensa. A reportagem do em.com tentou contato inúmeras vezes com a entidade, mas ninguém foi encontrado para comentar a situação e esclarecer se o movimento grevista será mantido nesta terça-feira.

BHTrans prevê punição

Ainda pela manhã desta segunda-feira, a empresa que gerencia o trânsito em Belo Horizonte notificou as empresas de transporte coletivo sobre as responsabilidades diante da greve dos rodoviários. Caso a persistência da paralisação resulte em descumprimento das obrigações contratuais com relação à prestação do serviço, a BHTrans poderá punir as empresas. Cada concessionária é obrigada a manter reserva técnica suficiente para atender os níveis de serviço do transporte público, considerado de primeira necessidade, além de elaborar e implementar esquemas de atendimento emergencial à população.


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