
Conhecido pela polícia por crimes como estelionato, falsificação de documentos públicos e suspeita de homicídio, Gilmar França, também chamado de "Grilo", agia há mais de 20 anos em Divinópolis, Pará de Minas, São Gonçalo do Pará, Itaúna, Pimenta e Cláudio. Com ele, a polícia encontrou mais de 19 documentos de veículos (alguns deles falsos) com diversos nomes.
A Polícia Civil desconfiou do golpista há cerca de um mês, quando a Justiça enviou um pedido para que fosse dado baixa na documentação pessoal de Gilmar. O atestado de óbito confirmava a morte no dia 17 de julho, por “causas desconhecidas”. Segundo o delegado responsável pelo caso, Gildeilson Almeida, o documento foi expedido na comarca de Buritis, Zona Rural de Divinópolis. “A desconfiança começou aí. Sabíamos que o golpista era da cidade, e não morava na zona rural e nem tinha vínculos por lá”, explica.
Gilmar foi encontrado na sexta-feira, quando dirigia um caminhão, no Bairro Bom Pastor. Ao ser abordado, ele apresentou documentos do irmão, Vasco de Campos França, e negou ser o golpista que a polícia procurava. De acordo com o delegado, existe a possibilidade de o irmão estar envolvido no esquema, já que foi ele quem apresentou o laudo médico falso para conseguir o atestado de óbito. “Estamos agora colhendo mais informações para identificar outras pessoas que possam estar envolvidas no golpe”, diz.
Além das acusações de estelionato e falsificação de documentos públicos, Gilmar estaria tentado se livrar também de algumas dívidas. Entre elas o financiamento de um veículo, no valor de aproximadamente R$ 10 mil. A Polícia Civil pediu a prisão preventiva do suspeito, que está detido no Presídio Floramar.
