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Estado de Minas

Defensores dos animais fazem protesto contra a retirada dos gatos do Parque Municipal


postado em 30/04/2011 18:16 / atualizado em 30/04/2011 18:30

Os manifestantes usaram máscaras e levaram cartazes com imagens de animais(foto: LILIANE PELEGRINI/EM/D.A PRESS )
Os manifestantes usaram máscaras e levaram cartazes com imagens de animais (foto: LILIANE PELEGRINI/EM/D.A PRESS )
 

Voluntários que cuidam e alimentam os cerca de 150 felinos que vivem no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no Centro de Belo Horizonte, fizeram um protesto no espaço verde contra o plano da administração municipal de construir um gatil fora do parque para abrigar os animais. A iniciativa, conforme a prefeitura, atende às medidas para tornar o parque mais seguro, adotadas em janeiro, quando um jatobá infestado de cupins caiu e matou uma mulher que passeava no local. A alegação para retirada dos felinos baseia-se na afirmação do município de que os gatos são predadores de aves responsáveis pelo equilíbrio da população de cupins no parque.

"O gatil será um espaço aberto, amplo e adequado, com trepadeiras, brinquedos e vegetação, com parte coberta para proteção da chuva e aberta para a entrada do sol. Nesse local, os animais terão atendimento veterinário e serão encaminhados para adoção", explica a bióloga Tatiane Cordeiro, da Fundação de Parques Municipais.

Durante o evento, a bióloga cobrou uma postura mais comprometida das pessoas que abandonam gatos no parque e fez uma alerta: "Elas precisam se conscientizar quanto à importância da guarda responsável. Jogar os animais no parque só aumenta o problema, principalmente porque a maioria dos que chegam não são castrados e, mais tarde, se reproduzem", disse.

A transferência dos gatos para o novo espaço é vista como um equívoco por representantes de organizações não governamentais (ONGs) ligadas à proteção dos animais. "A colônia de gatos no parque hoje está estabilizada, estéril (castrada) e em declínio. Não é preciso retirá-los daqui. Se isso acontecer, eles correm risco de morrer, pois são territorialistas e podem não se adaptar em outro lugar", defende a bióloga Fabiane Niemeyer, que é co-fundadora da ONG Gato Negro, integrante do movimento.

Para a coordenadora do Grupo de Controle de Zoonoses da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Miriam Chrystus, a prefeitura deve estreitar os laços com os voluntários, oferecendo apoio a eles para cuidar dos animais sem retirá-los do parque. "Além disso, a administração precisa desenvolver campanhas educativas maciças, no jornal, no rádio, na TV, mostrando para a população a responsabilidade de cada cidadão com seu animal."


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