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Estado de Minas

Pedestres ignoram perigo de desabamento e cruzam ponte sobre Rio das Velhas


postado em 22/04/2011 07:24 / atualizado em 22/04/2011 07:36

Os pedestres e até autoridades do Dnit ignoraram aviso sobre o risco(foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS)
Os pedestres e até autoridades do Dnit ignoraram aviso sobre o risco (foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS)

 

A faixa escrita com letras garrafais afixada na cabeceira da ponte no Rio das Velhas, chamada de Ponte dos Borges, no km 454 da BR-381, em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, dá o alerta: Proibido passagem de pedestres – risco de desabamento. A ameaça foi confirmada nessa quinta-feira pelo superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Minas, Sebastião Donizete de Souza, após vistoria no pilar abalado da estrutura. “Não está descartada a possibilidade de a ponte cair a qualquer momento”, afirmou.

A determinação, no entanto, não está sendo fiscalizada nem respeitada. Na manhã dessa quinta, não havia homens da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ou agentes do Dnit onde a faixa de pano foi colocada. Com isso, moradores da região continuam passando a pé sobre a estrutura de 177 metros de comprimento, que se transformou em uma onda de concreto. Curiosas, crianças percorrem toda a extensão, brincando e andando de bicicleta.

Montes de terra e pedra despejados nas cabeceiras não impedem que alguns motoqueiros passem pela ponte, evitando a longa volta por Santa Luzia. Morador do Bairro Borges, em Sabará, o soldador Antônio Bonifácio, de 60 anos, teme acidentes. “O ônibus para do outro lado e não tenho outra opção. O jeito é passar pela ponte condenada. Mas não dá para ficar arriscando. Ficarei no alojamento da empresa onde trabalho, em Contagem (também na Grande BH), até construírem outra”, disse, antes de seguir caminhando apressado pelo ponto interditado.

Pouco depois de pedir aos moradores para não passarem pela ponte e prometer a eles que uma passarela para pedestres será construída “o mais rápido possível” no km 454 da BR-381, Sebastião Donizete deu mau exemplo. Acompanhado do chefe do setor de engenharia do Dnit em Minas, Álvaro Campos, ele cruzou toda a extensão da estrutura condenada, observado pelas pessoas que estavam no local.

Transporte escolar

A principal preocupação da cabeleireira Denise de Castro Moreira Machado, de 48, outra moradora do Borges, é com a circulação do transporte escolar para as crianças do bairro. “São alunos pequenos, com 6 anos, que saem às 5h30 de casa para estudar em BH. Se os ônibus escolares forem passar por Santa Luzia, que horas que essas crianças terão de acordar?”, questionou.

Ela afirma que estudantes de bairros vizinhos também dependem da ponte para chegar à escola que fica no Borges. “O mesmo ocorre com os universitários que moram aqui e estudam na PUC do Bairro São Gabriel (Nordeste de BH). Sebastião Donizete disse que o Dnit, ainda sem solução, analisa, junto com prefeituras e o governo do estado, qual a melhor alternativa.


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